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A mente - Homeos.pt

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aprendizagem do significado do perdão. Perdoar é não valorizar. É não dar realidade<br />

aquilo que, por mais real que nos pareça, nunca aconteceu. É um sonho do qual ainda<br />

não despertámos. Então, se é um sonho, quem poderemos então culpar dos nossos<br />

problemas?<br />

Imagine, por exemplo, que inadvertida<strong>mente</strong> entra numa sala para si desconhecida, e que<br />

depara com um homem que, com uma serra na mão, está a serrar uma mulher numa<br />

aparente tentativa de homicídio brutal. Imagine agora que a sua reacção perante tal cena<br />

foi a de atirar-se violenta<strong>mente</strong> ao presumível homicida tentando assim evitar o seu acto<br />

demoníaco. Imagine também que, depois de agarrar o pescoço do seu opositor e de o<br />

começar a apertar furiosa<strong>mente</strong>, se dá conta das gargalhadas de um grupo de pessoas<br />

que assistiam a um número de ilusionismo nessa mesma sala onde você terá entrado<br />

sem se dar conta. Então agora o tal homem que empunhava a serra ainda lhe parece<br />

culpado de tentativa de homicídio? Não nos esqueçamos que este é um mundo de<br />

aparências. De ilusões.<br />

Neste mundo de ilusões também culpamos os outros por aquilo que nos parece<br />

acontecer.<br />

Através do perdão, ou seja do reconhecimento da ilusão, chegaremos ao conhecimento<br />

do Amor. Só eliminando a culpa em nós e libertando os outros dela poderemos atingir um<br />

estado mental que nos fará conhecer uma realidade diferente ainda neste mundo. A<br />

realidade de um mundo mais feliz.<br />

O perdão é a chave para percepcionar essa nova realidade.<br />

A nossa proximidade ao écran onde é projectado o nosso filme, não nos permite abranger<br />

essa outra realidade onde poderíamos reconhecer facil<strong>mente</strong> as ilusões. Não<br />

conseguimos ter consciência da globalidade. A nossa identificação com o actor principal é<br />

tão grande que não nos permite questionar a realidade do mundo que percepcionamos<br />

com os nossos sentidos. Não questionamos esta realidade porque estamos demasiado<br />

ocupados em defendermo-nos dela. Corremos para os empregos, tratamos dos filhos,<br />

tratamos dos pais doentes, fazemos contas ao dinheiro que às vezes não chega e<br />

fazemos férias desgastantes. Haverá melhor maneira de evitarmos a reflexão e o<br />

questionamento desta realidade?<br />

A nossa atenção é desviada intencional<strong>mente</strong> pelo nosso inconsciente para tarefas de<br />

sobrevivência com o objectivo de que o nosso auto-conceito não seja posto em causa.<br />

Inconsciente<strong>mente</strong> tememos a nossa espiritualidade. Pensamos ser auto-criados.<br />

Preferimos acreditar que somos meros esqueletos andantes num mundo desolador de<br />

sofrimento e morte. Um mundo sem esperança. Um mundo limitado ao que os nossos<br />

sentidos percepcionam.<br />

Procuramos a imortalidade desde os tempos mais remotos. Somos capazes de matar por<br />

ela. As experiências laboratoriais secretas em seres humanos atingem já limites que<br />

desafiam a ética. E no entanto, a nossa amnésia colectiva faz-nos esquecer que já somos<br />

aquilo que tanto procuramos, mas do qual ainda não temos consciência. Que já somos e<br />

sempre fomos imortais ao sermos criados pela própria Imortalidade.<br />

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