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oportunidades para aprender, despertar e curar. Oferece uma variedade de conceitos<br />
pelos quais os relacionamentos baseados em medo e na carência podem ser<br />
corrigidos. O perdão de nós próprios e dos outros (uma vez que somos os fazedores<br />
do sonho e portanto não há que culpar ninguém) dá-nos os meios pelos quais<br />
podemos usar os relacionamentos para libertar-nos do passado com o seu peso da<br />
culpa e ofensas. No contexto deste sistema de pensamento, “perdoar” significa<br />
reconhecer que o que pensamos que alguém nos fez, não ocorreu (somos nós os<br />
fazedores dos sonhos e dos seus intervenientes e situações). O perdão, neste sistema<br />
de pensamento, não perdoa pecados para os tornar verdadeiros, pois se há alguma<br />
coisa a perdoar é porque fui atingido real<strong>mente</strong>. Mas como se trata de um sonho nada<br />
há para perdoar mas sim reconhecer que apenas se tratou de uma ilusão.<br />
O perdão compreende que não houve pecado mas sim um erro de percepção. O<br />
perdão mostra-nos apenas as extensões do amor ou os pedidos de amor, não o<br />
ataque ou o ódio. Mudando desta maneira a percepção, podemos remover as barreiras<br />
para a consciência da presença do amor, a que é a nossa herança natural. O objectivo<br />
é ensinar a escutar o nosso mestre interior em vez de procurarmos ajuda fora de nós<br />
próprios.<br />
Procurar ajuda fora de nós próprios é a forma ideal para não a termos. É esse o truque<br />
do ego. Procura mas não encontres. A ajuda tem de ser procurada na causa, não no<br />
efeito. Se um filme estiver a ser observado por nós e se a meio da projecção as<br />
imagens aparecem subita<strong>mente</strong> desfocadas, nós não iremos tentar corrigi-las no écran<br />
mas sim no próprio projector que é onde se originou o problema.<br />
O nosso sistema de pensamento predominante (do ego) procura feroz<strong>mente</strong> ignorar<br />
essa perspectiva pois ela representa uma séria ameaça aos seus alicerces.<br />
A experiência traz a convicção. Somos convictos da doença e da morte porque as<br />
vemos e sentimos diaria<strong>mente</strong>. São convicções que não questionamos porque<br />
pensamos serem factos. Mas somos nós quem fabrica os nossos sonhos. O nosso Ser<br />
está para além da forma e é eterno. Está vivo num mundo não físico. Quando<br />
dormimos e é um terço da nossa vida, deixamos o mundo da forma, deixamos tranquilo<br />
o nosso corpo e entramos no mundo da não forma, ou seja sonhamos.<br />
Quando adormecemos e começamos a sonhar, acreditamos que estamos num corpo<br />
criado para o sonho. No sonho convencemo-nos que o nosso corpo do sonho é<br />
verdadeiro. Nos sonhos o tempo não existe. Podemos avançar ou recuar de acordo<br />
com a nossa vontade. Podemos rever uma pessoa que já morreu à vários anos, e ela<br />
parece estar ali à nossa frente, viva e real. Podemos voltar a ser crianças. E tudo é real<br />
no mundo do sonho. Não temos consciência de que estamos a sonhar.<br />
No entanto, nos acontecimentos dum sonho criamos todos os personagens que nos<br />
irão agredir ou dar prazer, ou seja que necessitamos de criar alguém com quem nos<br />
relacionarmos e os respectivos episódios desse relacionamento. Qualquer<br />
complemento para esses acontecimentos, como prédios, carros, barcos, etc.. é criado<br />
por nós (sonhadores). Senão por quem seria?<br />
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