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Os sintomas<br />
A medicina, como ciência que é, ado<strong>pt</strong>ou uma concepção do corpo como se de uma<br />
máquina se tratasse. Assim, passou a ser normal considerar o corpo físico como uma<br />
máquina em funcionamento. Todas as peças e componentes dessa máquina eram<br />
susce<strong>pt</strong>íveis de sofrer deterioração e acidentes que impedissem o seu bom<br />
funcionamento. Quando alguma coisa se avariava ou falhava no mecanismo, produziase<br />
um sinal externo, um sintoma.<br />
Por isso, a nossa medicina oficial baseia-se no tratamento dos sintomas que aparecem<br />
no corpo físico, confundindo talvez ocasional<strong>mente</strong> sintoma com doença. Infeliz<strong>mente</strong>,<br />
considera-se o sintoma como algo casual que aparece como consequência de um mau<br />
funcionamento orgânico e ao qual há que eliminar, posto que, nos impede de realizar<br />
as nossas actividades quotidianas. Não se procura a causa que produziu esse sintoma,<br />
não se aceita, em muitos meios profissionais médicos, a possibilidade de que esse<br />
sintoma seja uma manifestação, no plano físico, de conflitos psíquicos latentes, do<br />
mesmo modo que um icebergue deixa ver sobre a superfície da água, uma pequena<br />
parte, mantendo oculta, a maior parte da sua estrutura.<br />
O conhecimento do mundo físico e da ciência médica em todas as suas especialidades<br />
subdividiu-se tanto, em partes tão pequenas, que se perdeu de vista a visão global do<br />
indivíduo. A concentração em análises super-especializadas, fez esquecer o ser<br />
humano na sua totalidade. Aplicam-se assim tratamentos que geral<strong>mente</strong> provocam<br />
efeitos secundários e produzem mutações nos agentes patogénicos os quais obrigam<br />
a mudanças constantes dos remédios, lutando contra a doença que sempre parece<br />
vencer.<br />
Partindo desta ó<strong>pt</strong>ica, o doente deveria aprender a interpretar os seus sintomas, a<br />
dialogar com eles, a tratar de averiguar o que lhe está a querer dizer o seu corpo, o<br />
que lhe está a reclamar e assim estar na disposição de procurar essa alteração. Uma<br />
vez descoberta a origem do desequilibro (alimentação, tipo de vida, atitudes, processos<br />
mentais, estados psicológicos e anímicos, etc.) seria necessário dar mais um passo e<br />
encontrar os porquês.<br />
“Nem os bacilos, nem as radiações provocam a doença, mas sim o ser humano que<br />
os utiliza como meios para criar a sua doença. Tal como nem as cores nem a tela<br />
fazem o quadro, mas sim o artista que os utiliza para criar a sua pintura”.<br />
Poderíamos utilizar um método sugerido há alguns anos por um grupo de médicos,<br />
método esse que foi chamado “O método de interrogação” e que é baseado em quatro<br />
regras fáceis de aplicar:<br />
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