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Então, se temos uma <strong>mente</strong> e um corpo afinal qual é o nosso verdadeiro eu ? Quem é<br />
esse “eu” que neste momento faz esta pergunta ? Esse é o verdadeiro “eu”. O nosso<br />
verdadeiro "eu" é a nossa capacidade de pensar e sentir as emoções. Então esse “eu”<br />
não poderá ser o corpo, uma vez que o próprio corpo não faria esta pergunta a si<br />
próprio. Por isso devemos intuir de que o “eu” que não é físico não pode estar sujeito<br />
às leis da física e portanto não é mortal. Não só não é mortal como não se degrada. O<br />
nosso verdadeiro “eu” é eterno. Então porquê esta necessidade de nos identificarmos<br />
com um corpo limitado, sujeito a doenças, decepcionante, imperfeito e mortal? Poderá<br />
ser para sustentar a falsa realidade do mundo do ego?<br />
Se o Filho de Deus fosse um corpo e portanto mortal então quereria dizer que se o<br />
efeito de Deus morre então a Causa, Deus, também teria sido morto e portanto o ego<br />
teria feito o impossível. Matar Deus. E é isso que ele tentará provar, sem qualquer<br />
êxito, durante todas as vidas que iremos vivenciar.<br />
Na realidade o que se passa é que cada um de nós cria um ego ou um ser que está<br />
sujeito a uma enorme variação por causa da sua instabilidade. Fazemos também um<br />
ego para cada pessoa que percepcionamos e que é igual<strong>mente</strong> variável. A sua<br />
interacção é um processo que altera ambos, porque não foram feitos pelo Inalterável<br />
ou com Ele. É importante reconhecer que essa alteração pode ocorrer e de facto<br />
ocorre tão pronta<strong>mente</strong> quanto a interacção tem lugar na <strong>mente</strong> como quando envolve<br />
proximidade física.<br />
Pensar sobre um outro ego é tão eficaz para mudar uma percepção relativa quanto a<br />
interacção física. Muitas vezes observamos alguém, numa sala, desconhecida, e que<br />
nos causa um profundo antagonismo, mesmo sem que tenhamos trocado uma só<br />
palavra com essa pessoa. É uma prova da interacção das nossas <strong>mente</strong>s, com<br />
distância física e com personalidade individual. Poderia haver melhor exemplo de que<br />
o ego é só uma ideia e não um facto? Como poderia então a nossa realidade ser<br />
apenas essa?<br />
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