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Pesquisa em Ensino de Ciências e de Biologia - UFPB Virtual ...

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101<br />

<strong>Pesquisa</strong> <strong>em</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> e <strong>de</strong> <strong>Biologia</strong><br />

4. Ao insistir no estudo <strong>de</strong> fatos ou dados isolados, esquece a relação que existe entre os<br />

el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> um fenômeno, e entre fenômenos;<br />

5. Não se preocupa com os processos <strong>de</strong> conhecimento, interessam-lhe os resultados.<br />

2.2 ESTRUTURALISMO<br />

O estruturalismo é uma corrente <strong>de</strong> pensamento nas ciências humanas que se originou do<br />

mo<strong>de</strong>lo da lingüística, compreen<strong>de</strong>ndo a realida<strong>de</strong> social como um conjunto formal <strong>de</strong> relações. O<br />

termo estruturalismo t<strong>em</strong> orig<strong>em</strong> no Cours <strong>de</strong> linguistique générale, <strong>de</strong> Ferdinand <strong>de</strong> Saussure<br />

(1916), que se propunha a tratar qualquer língua como um sist<strong>em</strong>a no qual cada um dos<br />

el<strong>em</strong>entos só po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido pelas relações <strong>de</strong> equivalência ou <strong>de</strong> oposição que mantém com<br />

os d<strong>em</strong>ais el<strong>em</strong>entos. Esse conjunto <strong>de</strong> relações forma a estrutura.<br />

O estruturalismo é uma abordag<strong>em</strong> que veio a se tornar um dos métodos mais<br />

extensamente utilizados para analisar a língua, a cultura, a filosofia da mat<strong>em</strong>ática e a socieda<strong>de</strong><br />

na segunda meta<strong>de</strong> do século XX. Entretanto, estruturalismo não se refere a uma "escola"<br />

claramente <strong>de</strong>finida <strong>de</strong> autores, <strong>em</strong>bora o trabalho <strong>de</strong> Ferdinand <strong>de</strong> Saussure seja geralmente<br />

consi<strong>de</strong>rado um ponto <strong>de</strong> partida. O estruturalismo é mais b<strong>em</strong> visto como uma abordag<strong>em</strong> geral<br />

com muitas variações diferentes. Como <strong>em</strong> qualquer movimento cultural, as influências e os<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos são complexos.<br />

De um modo geral, o estruturalismo procura explorar as inter-relações (as estruturas) por<br />

meio das quais o significado é produzido <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma cultura. Um uso secundário do<br />

estruturalismo t<strong>em</strong> sido visto recent<strong>em</strong>ente na filosofia da mat<strong>em</strong>ática. De acordo com a teoria<br />

estrutural, os significados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma cultura são produzidos e reproduzidos através <strong>de</strong> várias<br />

práticas, fenômenos e ativida<strong>de</strong>s que serv<strong>em</strong> como sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> significação. Um estruturalista<br />

estuda ativida<strong>de</strong>s tão diversas como rituais <strong>de</strong> preparação e do servir <strong>de</strong> alimentos, rituais<br />

religiosos, jogos, textos literários e não-literários e outras formas <strong>de</strong> entretenimento para <strong>de</strong>scobrir<br />

as profundas estruturas pelas quais o significado é produzido e reproduzido <strong>em</strong> uma cultura. Por<br />

ex<strong>em</strong>plo, um antigo e pro<strong>em</strong>inente praticante do estruturalismo, o antropólogo e etnógrafo Clau<strong>de</strong><br />

Lévi-Strauss, analisou fenômenos culturais incluindo mitologia, relações <strong>de</strong> família e preparação<br />

<strong>de</strong> alimentos.<br />

Segundo Richardson (1999, p. 42), as características e exigências científicas do mo<strong>de</strong>lo<br />

estrutural <strong>de</strong>v<strong>em</strong> satisfazer as seguintes condições:<br />

1. Deve oferecer caracterísitcas <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a. Isto é constituir <strong>em</strong> el<strong>em</strong>entos tais que uma<br />

modificação <strong>de</strong> um dos el<strong>em</strong>entos produza modificações nos outros;<br />

2. Todo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ve pertencer a um grupo <strong>de</strong> transformações. Em outras palavras, como<br />

os el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo estão ligados <strong>de</strong> maneira sist<strong>em</strong>ática, a modificação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>les<br />

arrasta consigo uma variação combinada dos outros, e, como conseqüência, uma transformação<br />

do mo<strong>de</strong>lo. Um mo<strong>de</strong>lo dado, porém, apenas po<strong>de</strong> sofrer as transformações que provêm <strong>de</strong> uma<br />

mesma matriz;<br />

3. As condições anteriores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> permitir prever as reações do mo<strong>de</strong>lo a modificações <strong>em</strong><br />

algum <strong>de</strong> seus el<strong>em</strong>entos;<br />

4. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ve dar conta <strong>de</strong> todos os el<strong>em</strong>entos. Seu funcionamento <strong>de</strong>ve explicar<br />

todos os casos observados.

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