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Pesquisa em Ensino de Ciências e de Biologia - UFPB Virtual ...

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<strong>Pesquisa</strong> <strong>em</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> e <strong>de</strong> <strong>Biologia</strong><br />

Consi<strong>de</strong>rando tais concepções epist<strong>em</strong>ológicas, se pensarmos <strong>em</strong> uma escola tradicional,<br />

ensinar seria a melhor opção para se trabalhar com projetos, contudo se pensarmos <strong>em</strong> uma<br />

escola que adota uma concepção construtivista, fundamentada nas interações, a aprendizag<strong>em</strong><br />

será a ênfase do professor (SILVA, 2003).<br />

De acordo com Fagun<strong>de</strong>s (1999), t<strong>em</strong>-se que, no ensino, o professor possui todo o<br />

controle sobre as <strong>de</strong>cisões. É como se o professor fosse a único a dispor do conhecimento que<br />

<strong>de</strong>ve ser transmitido ao aprendiz. Assim, apenas ele <strong>de</strong>cidirá o que, como, e com que qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>verá ser aprendido. O aluno não t<strong>em</strong> escolha, pois não está nas mãos <strong>de</strong>le o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> tomar<br />

<strong>de</strong>cisões, mas, sim, <strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer às regras impostas.<br />

Contudo, a “aprendizag<strong>em</strong> por projetos”, consi<strong>de</strong>ra a construção <strong>de</strong> questões pelo autor do<br />

projeto, pelo sujeito que elaborará conhecimento. Nesta perspectiva, o aluno não é uma tábula<br />

rasa, pois se consi<strong>de</strong>ra o seu conhecimento prévio, formulados no <strong>de</strong>correr da sua vida até o<br />

momento atual. Tendo como base as suas concepções espontâneas, o aluno vai interagir e<br />

constituir relações com o novo, aperfeiçoando-se do conhecimento específico.<br />

Um projeto para apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ve surgir <strong>de</strong> inquietações no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> significações do<br />

aluno, isto é, o projeto <strong>de</strong>ve vir do interesse do aluno, mas po<strong>de</strong> ser auxiliado pelo professor. O<br />

próprio estudante <strong>de</strong>ve apresentar suas questões <strong>de</strong> pesquisa, que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> surgir <strong>de</strong> seus<br />

interesses, na sua história <strong>de</strong> vida, <strong>em</strong> seu ambiente, <strong>em</strong> seu sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> valores, nas suas<br />

condições pessoais ou numa situação provocadora. (MORESCO e BEHAR, 2010).<br />

:: FIQUE POR DENTRO!! ::<br />

3. DIVERSIDADE DE PROJETOS: DE ENSINO, PEDAGÓGICO, DE TRABALHO, DE<br />

APRENDIZAGEM E INTERDISCIPLINAR<br />

3.1 PROJETOS DE ENSINO<br />

Com freqüência, os docentes perguntam se tudo se po<strong>de</strong> ensinar por meio<br />

<strong>de</strong> projetos. Isso não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma questão com algo <strong>de</strong> armadilha, porque<br />

nunca a Escola ensina “tudo” (entre outras razões porque o docente não po<strong>de</strong> ou<br />

não sabe “tudo”, e por trás <strong>de</strong>ssa crítica continua latente a visão enciclopédica do<br />

currículo). Ninguém põe <strong>em</strong> dúvida que os alunos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> apren<strong>de</strong>r a ler e escrever,<br />

calcular e resolver probl<strong>em</strong>as, i<strong>de</strong>ntificar fatos históricos e artísticos, aci<strong>de</strong>ntes<br />

geográficos e compreen<strong>de</strong>r conceitos científicos. Mas também <strong>de</strong>v<strong>em</strong> apren<strong>de</strong>r a<br />

utilizar um índice, um dicionário, uma enciclopédia (<strong>em</strong> papel ou multimídia) e um<br />

computador. Deverão saber interpretar dados, apresentar argumentos a favor e<br />

contra e apren<strong>de</strong>r sobre a natureza do conhecimento do qual se aproximam. O<br />

dil<strong>em</strong>a não está só <strong>em</strong> o que vão apren<strong>de</strong>r, mas também <strong>em</strong> como o aprend<strong>em</strong> e<br />

contextualizam. Por isso, só estabelecer que não é necessário que tudo o que é<br />

necessário apren<strong>de</strong>r na Escola possa ser organizado como um projeto, mas sim<br />

possa ser ensinado como um projeto <strong>de</strong> trabalho. (HERNÁNDEZ, 1998, p. 88).<br />

Quando se tratam <strong>de</strong> “projetos <strong>de</strong> ensino”, po<strong>de</strong>-se estar se referindo ao plano da escola,<br />

do projeto da escola ou aos projetos dos professores. Mas, na verda<strong>de</strong>, refere-se ao tipo <strong>de</strong><br />

projeto on<strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>cisões part<strong>em</strong> do professor. O professor t<strong>em</strong> o domínio absoluto do

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