Pesquisa em Ensino de Ciências e de Biologia - UFPB Virtual ...
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- Ler s<strong>em</strong>pre sobre o assunto;<br />
- Explicar <strong>de</strong>talhadamente cada ativida<strong>de</strong>;<br />
- Se colocar s<strong>em</strong>pre a disposição para eventuais dúvidas;<br />
- Acompanhar sist<strong>em</strong>aticamente o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto.<br />
Fonte: http://www.pedagogia.com.br/projetos/como.php<br />
3.3 PROJETOS DE TRABALHO<br />
125<br />
<strong>Pesquisa</strong> <strong>em</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> e <strong>de</strong> <strong>Biologia</strong><br />
Os Projetos <strong>de</strong> Trabalho não são, simplesmente, uma readaptação <strong>de</strong> uma proposta<br />
educacional do passado. No enfoque atual, eles surg<strong>em</strong> como uma tentativa <strong>de</strong> repensar e<br />
refazer a escola. Por meio <strong>de</strong>les, procuramos reorganizar a gestão do espaço, do t<strong>em</strong>po e da<br />
relação entre professores e alunos. Mas, acima <strong>de</strong> tudo, o trabalho por projetos nos permite<br />
re<strong>de</strong>finir o discurso sobre o saber escolar, regularizando o que <strong>de</strong>ve ser ensinado e <strong>de</strong> que forma<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os fazê-lo (HERNÁNDEZ, 2000).<br />
Respaldado, ainda, <strong>em</strong> Hernán<strong>de</strong>z, é importante <strong>de</strong>ixar claro as concepções adotadas <strong>em</strong><br />
relação à educação, ao conhecimento, à aprendizag<strong>em</strong>, ao ensino e ao currículo, que norteiam o<br />
trabalho por projetos, para que possamos conhecer e compreen<strong>de</strong>r a postura adotada.<br />
Em primeiro lugar, uma prática educativa, baseada <strong>em</strong> Projetos <strong>de</strong> Trabalho, consi<strong>de</strong>ra<br />
que a aprendizag<strong>em</strong> seja caracterizada como uma produção ativa <strong>de</strong> significados <strong>em</strong> relação aos<br />
conhecimentos sociais e às concepções espontâneas do aprendiz. Desta forma, o resultado da<br />
aprendizag<strong>em</strong> não po<strong>de</strong> ser avaliado como o entrelaçamento entre informações e experiências<br />
“recebidas”. Determinados critérios <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>finidos sobre como o que foi “recebido” <strong>de</strong>ve<br />
“sair” do aprendiz. No momento <strong>em</strong> que a aprendizag<strong>em</strong> é proposta como uma produção ativa <strong>de</strong><br />
significados, transforma-se numa manifestação das possibilida<strong>de</strong>s dos seres humanos. Assim, o<br />
sujeito po<strong>de</strong> sintetizar uma informação complexa e processá-la <strong>de</strong> maneira coerente, po<strong>de</strong><br />
também analisar situações a partir <strong>de</strong> diferentes pontos <strong>de</strong> vista ou <strong>de</strong> estar consciente dos<br />
preconceitos <strong>de</strong>terminados diante <strong>de</strong> fatos e fenômenos. Nesta perspectiva, a função da<br />
aprendizag<strong>em</strong> está relacionada ao <strong>de</strong>senvolvimento da compreensão que se constrói como a<br />
extensão das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso pelos aprendizes frente aos probl<strong>em</strong>as importantes da sua<br />
vida. É importante salientar que as manifestações <strong>de</strong>ssas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão pod<strong>em</strong><br />
ser <strong>de</strong>scritas e valorizadas, contudo não pod<strong>em</strong> ser medidas e padronizadas (MORESCO e<br />
BEHAR, 2010).<br />
Em relação à noção <strong>de</strong> “ensino”, que norteia os Projetos <strong>de</strong> Trabalho, é a <strong>de</strong> “não”<br />
representá-lo como uma ativida<strong>de</strong> dirigida ao controle ou à <strong>de</strong>terminação, <strong>de</strong> um modo causal,<br />
dos resultados da aprendizag<strong>em</strong>. O “ensino” se apresenta como uma ativida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que os<br />
objetivos têm como meta facilitar um processo dialético, que geralmente se estabelece, entre as<br />
estruturas públicas <strong>de</strong> conhecimento e as subjetivas e individuais. O foco <strong>de</strong> interesse do “ensino”<br />
está mais no processo do que no resultado da aprendizag<strong>em</strong>, por isso ele procura através <strong>de</strong> uma<br />
série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, ex<strong>em</strong>plificar e facilitar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão e interpretação da<br />
realida<strong>de</strong> dos indivíduos.<br />
No que se refere à or<strong>de</strong>nação dos conteúdos, estes não são articulados como um sist<strong>em</strong>a<br />
previamente <strong>de</strong>terminado e experimentado, on<strong>de</strong> o professor <strong>de</strong>va prever todas as <strong>de</strong>cisões antes<br />
da realização da aprendizag<strong>em</strong>. O trabalho é feito, primeiramente, <strong>de</strong>finindo-se alguns roteiros<br />
prévios <strong>de</strong> ação, que, <strong>de</strong> acordo com o andamento do processo, vão sendo modificados, <strong>de</strong> uma