Pesquisa em Ensino de Ciências e de Biologia - UFPB Virtual ...
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<strong>Pesquisa</strong> <strong>em</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> e <strong>de</strong> <strong>Biologia</strong><br />
O que importa no mo<strong>de</strong>lo estruturalista é o estudo das relações entre os el<strong>em</strong>entos,<br />
conforme pod<strong>em</strong>os observar na figura 2. Portanto, o objetivo das ciências sociais é compreen<strong>de</strong>r<br />
o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> relações entre os el<strong>em</strong>entos constitutivos da socieda<strong>de</strong>. A socieda<strong>de</strong> é interpretada<br />
<strong>em</strong> função da comunicação entre os el<strong>em</strong>entos. Assim, o estudo da cultura ocupa um lugar<br />
fundamental, como conjunto <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as simbólicos que permit<strong>em</strong> a comunicação entre os atores<br />
sociais.<br />
Não consi<strong>de</strong>ra<br />
história<br />
2.3 MATERIALISMO DIALÉTICO<br />
Figura 2: Ex<strong>em</strong>plo prático do Estruturalismo<br />
Fonte: Richardson et al (1999).<br />
O materialismo é uma abordag<strong>em</strong> metodológica ao estudo da socieda<strong>de</strong>, da economia e<br />
da história, a qual foi pela primeira vez produzida por Karl Marx e Friedrich Engels (1818-1883),<br />
apesar <strong>de</strong> ele próprio nunca ter <strong>em</strong>pregado essa expressão. O materialismo dialético na qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a explanatório foi expandido e refinado por milhares <strong>de</strong> estudos acadêmicos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
morte <strong>de</strong> Marx.<br />
De acordo com a tese do materialismo dialético, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-se a evolução histórica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />
socieda<strong>de</strong>s mais r<strong>em</strong>otas até a atual, dando-se pelos confrontos entre diferentes classes sociais<br />
<strong>de</strong>correntes da "exploração do hom<strong>em</strong> pelo hom<strong>em</strong>". A teoria serve também como forma<br />
essencial para explicar as relações entre sujeitos. Assim t<strong>em</strong>os, durante o feudalismo, os servos<br />
que teriam sido oprimidos pelos senhores, enquanto no capitalismo seria a classe operária pela<br />
burguesia.<br />
O que se po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r por dialética? De orig<strong>em</strong> grega (dialektiké = discursar, <strong>de</strong>bater), a<br />
dialética está vinculada ao processo dialógico <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate entre posições contrárias, e baseada no<br />
uso <strong>de</strong> refutações ao argumento por redução ao absurdo ou falso. Antigamente, era consi<strong>de</strong>rada<br />
a arte <strong>de</strong> chegar à verda<strong>de</strong>, mostrando as contradições dos argumentos do oponente e superando<br />
essas contradições.<br />
Em termos gerais, a dialética obe<strong>de</strong>ce a princípios diferentes dos silogismos formais. Os<br />
argumentos da dialética divid<strong>em</strong>-se <strong>em</strong> três partes: a tese, a antítese e a síntese. A tese refere-se<br />
a um argumento que se expõe para ser impugnado ou questionado; a antítese é o argumento<br />
oposto à proposição apresentada na tese; e a síntese é uma fusão das duas proposições