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Pesquisa em Ensino de Ciências e de Biologia - UFPB Virtual ...

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:: PERGUNTAS?? ::<br />

137<br />

<strong>Pesquisa</strong> <strong>em</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> e <strong>de</strong> <strong>Biologia</strong><br />

Este momento se configura como o espaço para apresentar as dúvidas a<br />

respeito do assunto.<br />

O que estou compreen<strong>de</strong>ndo a respeito <strong>de</strong> projetos? Eu preciso <strong>de</strong>finir um<br />

tipo <strong>de</strong> projeto para utilizar nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa disciplina ou nos meus trabalhos na<br />

escola?<br />

Para tanto, esta disciplina compreen<strong>de</strong>, simbolicamente, um projeto como um “espaço” que<br />

aproxima o processo <strong>de</strong> ensino e aprendizag<strong>em</strong> da vida real do aluno. Desse modo, renega-se a<br />

visão da concepção <strong>de</strong> ensino tradicional e adota-se uma atitu<strong>de</strong> que dá ênfase ao processo <strong>de</strong><br />

aprendizag<strong>em</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um plano a ser posto <strong>em</strong> prática, uma i<strong>de</strong>ia formada para realizar algo,<br />

através <strong>de</strong> um esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ação previamente <strong>de</strong>terminado.<br />

São consi<strong>de</strong>rados, no trabalho <strong>de</strong> análise, os diferentes tipos <strong>de</strong> projetos e suas distintas<br />

estruturas, <strong>de</strong> acordo com o probl<strong>em</strong>a, objetivos, concepções pedagógicas e possibilida<strong>de</strong>s reais<br />

dos alunos, b<strong>em</strong> como do sist<strong>em</strong>a educacional.<br />

A ênfase dada ao processo <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> reflete a prática pedagógica do professor,<br />

sua concepção <strong>de</strong> projeto e <strong>de</strong> pesquisa. Quando o professor enfatiza o ensino são evocados<br />

conceitos como a instrução, orientação, comunicação e transmissão <strong>de</strong> informações. Contudo, se<br />

ele da ênfase a aprendizag<strong>em</strong>, adota-se conceitos como a apreensão, apropriação, <strong>de</strong>scoberta,<br />

modificação <strong>de</strong> comportamento e construção <strong>de</strong> conhecimentos.<br />

O papel do professor também se diferencia <strong>de</strong> acordo com a ênfase dada ao ensino e a<br />

aprendizag<strong>em</strong>. No <strong>de</strong>staque dado ao ensino, o professor é o <strong>de</strong>tentor absoluto do saber e<br />

transmissor <strong>de</strong> informação, enquanto que na ênfase dada à aprendizag<strong>em</strong> o professor é um<br />

orientador – probl<strong>em</strong>atizador, durante todo o processo.<br />

Consi<strong>de</strong>rando os diferentes tipos <strong>de</strong> projetos analisados e as distintas concepções<br />

pedagógicas que os alicerçam, po<strong>de</strong>-se concluir que os projetos pedagógicos, <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong><br />

aprendizag<strong>em</strong> e os interdisciplinares apresentam as mesmas características <strong>em</strong> relação ao<br />

objetivo, concepção <strong>de</strong> ensino, concepção <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, papel do professor, papel do aluno,<br />

avaliação, modo <strong>de</strong> execução, organização, estrutura, grupos <strong>de</strong> trabalho e conteúdo. Conclui-se,<br />

ainda, que estes n<strong>em</strong> tão distintos tipos <strong>de</strong> projetos apresentam as mesmas características<br />

porque <strong>de</strong>rivam da mesma concepção epist<strong>em</strong>ológica. Constatou-se, através do entrelaçamento<br />

<strong>de</strong>stes diferentes tipos <strong>de</strong> projetos, que todos eles abordam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r a<br />

aprendizag<strong>em</strong> como algo <strong>em</strong> constante processo <strong>de</strong> construção, on<strong>de</strong> todos faz<strong>em</strong> parte <strong>de</strong> um<br />

movimento inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e indissociável, fornecendo el<strong>em</strong>entos para que no ambiente escolar,<br />

seja <strong>em</strong>preendida uma ação pedagógica que conceba o conhecimento <strong>em</strong> sua não linearida<strong>de</strong>,<br />

como todo um processo e não apenas como um produto final.<br />

Possivelmente pod<strong>em</strong> surgir dúvidas quando são apresentados ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

trabalho. Assim, quando se leva adiante a organização <strong>de</strong> uma experiência escolar e se preten<strong>de</strong><br />

torná-la pública, pod<strong>em</strong> surgir as seguintes perguntas que reflet<strong>em</strong>, <strong>em</strong> boa parte, uma concepção<br />

dos materiais curriculares distanciada da norma. Essas perguntas se propõ<strong>em</strong> como um convite a<br />

dialogar com esses ex<strong>em</strong>plos, como um “lugar” a partir do qual olhá-los:<br />

1) Como apresentar um material curricular para que seja aberto? E, por sua vez, o que<br />

quer dizer elaborar um material <strong>de</strong> maneira aberta?

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