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CAPTAÇÃO DE RECURSOS Da teoria à prática - SOS Mata Atlântica

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MOBILIZAÇÃO<br />

<strong>DE</strong> <strong>RECUR<strong>SOS</strong></strong><br />

Nos últimos anos, vem ganhando<br />

força a expressão “mobilização de<br />

recursos”, que tem um sentido mais<br />

amplo do que “captação de recursos”.“Mobilizar<br />

recursos” não diz<br />

respeito apenas a assegurar recursos<br />

novos ou adicionais, mas também<br />

<strong>à</strong> otimização (como fazer melhor<br />

uso) dos recursos existentes<br />

(aumento da eficácia e eficiência<br />

dos planos); <strong>à</strong> conquista de novas<br />

parcerias e <strong>à</strong> obtenção de fontes alternativas<br />

de recursos financeiros. É<br />

importante lembrar que o termo<br />

“recursos” refere-se a recursos financeiros<br />

ou “fundos” mas também<br />

a pessoas (recursos humanos),<br />

materiais e serviços.<br />

TERCEIRO SETOR<br />

Nesta publicação, quando se utiliza<br />

a expressão “Terceiro Setor” buscase<br />

englobar as organizações sem<br />

fins lucrativos que têm atuação ou<br />

finalidade pública de caráter social<br />

irrestrito, amplo e universal.<br />

14 <strong>CAPTAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RECUR<strong>SOS</strong></strong>. DA TEORIA À PRÁTICA<br />

1.1 O que é, o que não é<br />

A expressão “captar recursos” tornou-se moda nos últimos anos, no<br />

Brasil, especialmente no universo das organizações sem fins lucrativos<br />

dedicadas <strong>à</strong> uma atividade com finalidades sociais. No final da década<br />

de 1990, no Brasil, explodiram os cursos e consultorias dedicados a<br />

ensinar <strong>à</strong>s organizações sem fins lucrativos com finalidades sociais como<br />

elaborar planos e projetos para obtenção de recursos para financiar<br />

o trabalho desenvolvido.<br />

Se no início o trabalho dessas organizações é feito voluntariamente,<br />

apenas de acordo com o tempo disponível pelos seus iniciadores, com o<br />

aumento da visibilidade e o conseqüente aumento do volume de trabalho,<br />

muitas organizações se vêem limitadas em sua capacidade de atuação<br />

devido <strong>à</strong> falta de recursos, não apenas físicos como também humanos.<br />

Captar recursos, seja dinheiro, doações de produtos ou trabalho voluntário,<br />

de uma maneira mais ativa, torna-se então uma necessidade.<br />

Captação ou mobilização de recursos ! é um termo utilizado para<br />

descrever um leque de atividades de geração de recursos realizadas<br />

por organizações sem fins lucrativos em apoio <strong>à</strong> sua finalidade principal,<br />

independente da fonte ou do método utilizado para gerá-los.<br />

Sabe-se que no Canadá, entre 1996 e 1997, o setor não-lucrativo movimentou<br />

um total estimado de $4,44 bilhões de dólares. Já no Brasil, é<br />

complicado comparar os dados para estimar o volume de recursos movimentado<br />

pelo dito “Terceiro Setor” !, uma vez que as pesquisas<br />

existentes se referem a um campo muito amplo de organizações: todas<br />

aquelas sem fins lucrativos. Dentro desse universo estão englobados<br />

clubes de futebol, hospitais privados, sindicatos, movimentos sociais,<br />

universidades privadas, cooperativas, entidades ecumênicas, entidades<br />

assistencialistas e filantrópicas, fundações e institutos empresariais, associações<br />

civis de benefício mútuo, ONGs, que têm perfis, objetivos e<br />

perspectivas de atuação social bastante distintos, <strong>à</strong>s vezes até opostos.<br />

Entre as três principais fontes de renda identificadas pela maioria<br />

das organizações sem fins lucrativos podem ser citadas:<br />

a. Recursos governamentais;<br />

b. Renda gerada pela venda de serviços (por exemplo, consultorias)<br />

ou produtos (camisetas, chaveiros, agendas etc.); e,<br />

c. Recursos captados através de doações (de indivíduos ou instituições).<br />

Um sem-número de fatores influencia quais destas fontes se sobressaem.<br />

Entre estes fatores estão a natureza do apoio governamental para<br />

com o Terceiro Setor; a vontade política dos governos de verem as organizações<br />

como parceiras para a execução de determinados programas;<br />

se a organização presta serviços ou produtos que podem ser comercializados;<br />

o espírito empreendedor existente dentro da organização; a sofisticação<br />

dos programas de captação de recursos da mesma e, principalmente,<br />

a natureza dos programas oferecidos pela organização.<br />

Nesta publicação, a captação de recursos tem como foco principal<br />

o contexto do terceiro tipo de fonte de recursos mencionadas anteriormente,<br />

ou seja, atividades realizadas por organizações sem fins lucrati-

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