A SÍNTESE DO PROCESSO <strong>DE</strong> <strong>CAPTAÇÃO</strong> “Em Santos, na Associação Comunidade de Mãos <strong>Da</strong>das, começamos a utilizar o ciclo para organizar nosso processo de captação de recursos no início de 2001. Ou seja: fizemos a análise da organização (ambiente interno e externo), o planejamento das ações, a pesquisa dos financiadores, o cultivo e a educação, a apresentação de propostas e o agradecimento. Em cada ação foi utilizada um estratégia específica, de acordo com a necessidade e o financiador. Acredito que o ciclo é a principal ferramenta trazida pelo curso, já que sintetiza todo o processo de captação”. Emílio Carlos Morais Martos Associação Comunidade de Mãos <strong>Da</strong>das, Santos-SP ■ Para saber mais sobre a análise FOFA, ver página 52. ■ Para saber mais sobre planejamento e avaliação, ver página 60. ■ Para saber mais sobre a identificação de doadores em potencial, ver página 77. ■ Para saber mais sobre o pedido, leia página 89. ■ Para saber mais sobre valorização e agradecimento, leia na página 91. 32 <strong>CAPTAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RECUR<strong>SOS</strong></strong>. DA TEORIA À PRÁTICA impacto sobre as atividades de captação de recursos da organização, como foi identificado no capítulo anterior. Já os “Fs” tratam das Fortalezas e as Fragilidades internas. 2. Planejamento Um plano de captação de recursos precisa ser inspirado por uma visão daquilo que os recursos permitirão uma vez captados. Contudo, o plano também precisa ir além da visão e da meta da campanha. Devem ser acertados os detalhes quanto a quem, quando, onde e como cada iniciativa será realizada. Prazos, orçamentos, listagens de funcionários: tudo isso tem de constar do plano. A partir do plano montado, passa-se a executá-lo. O plano é útil na fase de seu desenvolvimento porque obriga as pessoas a pensarem e discutirem, constrói os três “C” (clareza, consenso e compromisso) e abre o caminho para um trabalho mais centrado. Mas o valor do plano fica maior quando ele é comparado periodicamente com o progresso feito na execução, mudando-o de vez em quando. A maioria das grandes organizações que captam recursos faz uma avaliação formal de seu plano anual a cada trimestre. ! 3. Pesquisa Pesquisar doadores é essencial para o sucesso da captação de recursos. Separar as prováveis doadoras com pouco vínculo/interesse/capacidade daquelas com muito; determinar a melhor forma de abordar as pessoas; descobrir quais são seus interesses etc. Isso faz a diferença. ! 4. Cultivo e educação Não basta simplesmente pedir dinheiro de doadores atuais ou de doadores em potencial. É preciso desenvolver o interesse deles, e esta é a finalidade do cultivo e da educação. Informativos, panfletos, cartas ao editor do jornal local, discursos em público, estandes em eventos comunitários: as oportunidades são inúmeras e a maioria não custa muito. O objetivo é fazer com que as pessoas sintam que seu envolvimento pode fazer uma diferença útil ao trabalho de uma organização essencial para a sociedade. 5. O pedido Um programa de captação de recursos somente pode ser efetivo quando inclui um pedido efetivo. Deve-se pedir para cada um dos doadores do ano anterior renovarem e talvez aumentarem seu apoio. É preciso encontrar doadores novos e também incentivar o envolvimento de doadores que pararam de doar no ano anterior. ! 6. Valorização e agradecimentos A partir do momento que uma pessoa faz uma doação, é de suma importância agradecer e valorizá-la de acordo com o tamanho e a natureza da doação. Deixar de fazer isso não necessariamente prejudica o sucesso do ano atual, mas tornará mais difícil novos pedidos no ano seguinte. !
capítulo três fontes de financiamento