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CAPTAÇÃO DE RECURSOS Da teoria à prática - SOS Mata Atlântica

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administração cotidiana. Por outro lado, há aquelas, especialmente no<br />

caso de organizações pequenas, que se envolvem muito em questões cotidianas;<br />

e também existem muitas combinações dessas duas realidades.<br />

Pode-se considerar sortudo o captador de recursos de uma organização<br />

cuja diretoria conhece as atividades desenvolvidas na área e dá<br />

seu apoio. Esse tipo de diretoria compreende a necessidade de se investir<br />

em captação de recursos visando um retorno futuro e está disposta<br />

a ajudar de todas as maneiras possíveis, desde colando selos até<br />

pedindo doações grandes durante visitas frente-a-frente. De igual importância<br />

é que 100% dos membros desta diretoria façam doações <strong>à</strong><br />

própria ONG. Essa situação, entretanto, é uma raridade. São poucas as<br />

diretorias que se envolvem tanto na captação de recursos. !<br />

■ A diretoria como obstáculo<br />

Algumas diretorias são obstáculos para a captação de recursos.<br />

Muitas não entendem do assunto; algumas se opõem ativamente ao<br />

investimento de dinheiro ou recursos humanos significativos nessa<br />

área. Muitos mitos sobre a captação de recursos são falados em<br />

reuniões de diretorias: ‘eventos especiais são a melhor maneira de<br />

captar recursos’, ‘malas-diretas não funcionam’, ‘telemarketing é<br />

pior ainda’, ‘é fácil captar recursos’, ‘é só contratar um captador de<br />

recursos e deixar que ele faça’.<br />

■ A diretoria desinteressada<br />

Esta diretoria fica entre os dois tipos de diretoria mencionados<br />

acima. Pode compartilhar algumas das opiniões negativas expressas<br />

por diretorias que se opõem, mas de modo geral sua atitude é de<br />

que deve deixar o funcionário fazer a captação de recursos. Isso pode<br />

funcionar mais ou menos bem, desde que o diretor executivo tenha<br />

conhecimento e dê seu apoio, especialmente quando o programa<br />

de captação de recursos destina-se <strong>à</strong> obtenção de financiamentos<br />

de fundações e empresas privadas, e quando se deixa na mão<br />

de especialistas atividades de alta tecnologia como malas-diretas.<br />

Entretanto, <strong>à</strong> medida que o programa de captação de recursos<br />

amadurecer e as atividades de captação passarem as ser aquelas<br />

nas partes superiores da pirâmide, a diretoria desinteressada pode<br />

também se tornar um obstáculo grave. O estabelecimento da confiança<br />

de grandes doadores em potencial implica na necessidade<br />

de uma interação individual com doadores importantes, por carta,<br />

telefone e visitas frente-a-frente. Significa diálogo, no qual o doador<br />

se aproxima da organização, conhece pessoas que atuam nela,<br />

faz perguntas e espera receber respostas honestas. Tudo isso ajuda<br />

o doador em potencial a decidir se realmente quer fazer um investimento<br />

grande na organização e na causa que a mesma apóia. Em<br />

determinado momento, o doador em potencial vai querer saber<br />

mais sobre a diretoria – quem são os diretores e se eles estão investindo<br />

pessoalmente na organização. Se a resposta for que poucos<br />

ou nenhum dos diretores fazem doações, o doador em potencial<br />

não terá uma boa impressão e as chances de conseguir aquela<br />

doação importante ficarão prejudicadas.<br />

ENTEN<strong>DE</strong>NDO A NATUREZA<br />

DA DIRETORIA <strong>DE</strong> SUA<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

■ O que você sabe sobre<br />

a diretoria da sua organização?<br />

■ Que tipo de pessoas são?<br />

■ Como funciona a diretoria?<br />

■ Como chegam a ocupar<br />

seus cargos?<br />

■ O cargo tem mandato fixo?<br />

■ Você já participou de uma<br />

reunião da diretoria?<br />

Sobre doações grandes e visitas<br />

frente-a-frente, veja a partir da<br />

página 83.<br />

<strong>CAPTAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RECUR<strong>SOS</strong></strong>. DA TEORIA À PRÁTICA 41

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