CAPTAÇÃO DE RECURSOS Da teoria à prática - SOS Mata Atlântica
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60 <strong>CAPTAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RECUR<strong>SOS</strong></strong>. DA TEORIA À PRÁTICA<br />
4.5 Avaliação do plano<br />
A boa análise é essencial para melhorar a qualidade da captação de<br />
recursos. Uma avaliação crítica anual de tudo o que funcionou bem<br />
ou não ajuda as pessoas responsáveis a fazerem escolhas informadas.<br />
A partir desse processo, podem decidir onde investir mais dinheiro,<br />
onde investir menos e o que pode ser cortado. Todo método de captação<br />
de recursos tem custo. Analisar bem os dados pode revelar muitas<br />
informações importantes.<br />
As despesas podem ser diretas ou indiretas (ocultas). Exemplos<br />
de despesas diretas são impressão e correio no caso de uma campanha<br />
de mala-direta. Os custos dos salários dos funcionários envolvidos<br />
nessa atividade são despesas indiretas e são mais difíceis de<br />
identificar.<br />
Uma consideração importante para o responsável pela captação de<br />
recursos é o custo da aquisição de doadores, ou seja, o custo líquido<br />
de uma mala-direta enviada para doadores em potencial dividido pelo<br />
número de doadores. Qual é uma doação razoável para uma organização?<br />
$10 por doador? $20? $30? Não há uma resposta certa. Depende<br />
do orçamento para aquisição de doadores, do plano estratégico e da<br />
disposição da organização de investir em captação de recursos. Também<br />
depende da situação da captação de recursos na região em que a<br />
organização atua. Se outras entidades têm um retorno positivo sobre<br />
malas diretas enviadas a doadores em potencial, a probabilidade de<br />
sucesso é maior. Se a organização consegue cobrir o custo desse tipo<br />
de mala-direta, deve-se investir o máximo possível na aquisição de<br />
doadores novos (contanto que se consiga listas de mala direta e se tenha<br />
recursos humanos o suficiente para lidar com o volume de trabalho<br />
que isso vai gerar).<br />
Quanto se deve investir?<br />
Se malas-diretas para doadores em potencial estão dando prejuízo<br />
(isto é normal no Canadá), o gerente de captação de recursos terá de<br />
decidir qual é o custo máximo tolerável por doador (ou “convencer” o<br />
diretor executivo). A questão é: as receitas vão cobrir os custos? O captador<br />
deve calcular o ponto de equilíbrio. Se esse ponto vai ser atingido<br />
logo no início do segundo ano, no contexto canadense, por exemplo,<br />
essa seria uma meta bastante ousada; mas se o ponto de equilíbrio<br />
só vai ser atingido em meados do terceiro ano, é aconselhável uma<br />
cautela maior.<br />
Os pontos levantados acima pressupõem que já está havendo um<br />
rígido acompanhamento e avaliação do desempenho da captação de<br />
recursos. <strong>Da</strong>dos completos e precisos são o ponto de partida essencial<br />
para a obtenção de análise bem fundamentada, que por sua vez<br />
permite o planejamento correto. É importante que as pessoas envolvidas<br />
na captação de recursos priorizem a qualidade dos dados<br />
coletados.