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ADIAFA<br />
ADIAFA<br />
SEGUE-ME À CAPELA<br />
A completar 11 anos de carreira, e três álbuns depois, os Adiafa fazem<br />
revisão da carreira<br />
“O NOSSO LADO HUMORÍSTICO CONTAGIA AS PESSOAS”<br />
Quem não se lembra de ouvir o refrão de As Meninas da Ribeira <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>? O tema que<br />
tirou os Adiafa de Vidigueira (Beja) e os deu a conhecer ao mun<strong>do</strong>? Sete anos depois o<br />
grupo de cante alentejano está de volta aos grandes palcos com a sua viola campaniça<br />
(típica da região <strong>do</strong> Alentejo e muito utilizada para acompanhar “modas” e<br />
“despiques”), adufes e outros instrumentos tradicionais.<br />
Na bagagem, José Emídio, Tói “Marreco” Santos, Luís Espinho e João Paulo Sousa<br />
trazem uma revisão de 11 anos de carreira, antecipan<strong>do</strong> o best of com edição prevista<br />
para o final de 20<strong>09</strong>. Um alinhamento composto pelos melhores e mais populares<br />
temas de Adiafa (2002), Tá o Balho Arma<strong>do</strong> (2004) e Não há Vagar (2007), onde o<br />
grupo recupera os clássicos da música tradicional assim como os originais que têm<br />
assina<strong>do</strong> neste perío<strong>do</strong>.<br />
Ao cante alentejano, os Adiafa foram acrescenta<strong>do</strong> outros géneros musicais como o<br />
fa<strong>do</strong>, blues, bolero e baião, assim como novos instrumentos. Em conversa com João<br />
Paulo Sousa, o músico explica: “Não nos podemos manter sempre iguais. Com a<br />
introdução de novos instrumentos pretendemos evoluir musicalmente. É como as<br />
televisões, se não tivessem evoluí<strong>do</strong> ainda eram a preto e branco. Claro que é<br />
importante não fugir à sonoridade que nos identifica, mas creio que é enriquece<strong>do</strong>r.<br />
No entanto, a viola campaniça continua a ser o instrumento principal”.<br />
O momento mais aguarda<strong>do</strong> <strong>do</strong> espectáculo que vão apresentar, na estreia no palco da<br />
Casa da Música, será, com certeza, a interpretação de As Meninas da Ribeira <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>,<br />
tema que trouxe grande popularidade ao grupo e os levou à Suíça e ao Canadá. Foram<br />
nomea<strong>do</strong>s para os Globos de Ouro da SIC em 2003 nas categorias de Melhor Grupo e<br />
Melhor Canção <strong>do</strong> Ano (As Meninas da Ribeira <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>) e ganharam o prémio Mais<br />
Música da revista Mais Alentejo. Em mea<strong>do</strong>s de 2004, a Câmara Municipal de Beja<br />
atribuiu-lhes a Medalha de Mérito da Cidade – Grau Prata.<br />
Críticos e bem-humora<strong>do</strong>s, os Adiafa prometem trazer à Casa da Música a animação<br />
que os caracteriza ten<strong>do</strong> por base a música tradicional portuguesa.<br />
3 PERGUNTAS AOS ADIAFA:<br />
Sete anos depois de terem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s grupos mais fala<strong>do</strong>s em Portugal,<br />
com o tema As Meninas da Ribeira <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>, estreiam-se agora na Casa da<br />
Música. Que espectáculo têm prepara<strong>do</strong>?<br />
João Paulo Sousa: Vamos apresentar o nosso disco que acabámos de gravar com os<br />
nossos melhores temas, tipo best of, para comemorar os 11 anos <strong>do</strong>s Adiafa. A maior<br />
parte <strong>do</strong>s grupos festeja os 10 anos, mas nós optámos por celebrar os 11. Embora o<br />
disco só vá ser edita<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> ano, a digressão que andamos a fazer agora já é uma<br />
antecipação desse trabalho, onde recuperamos os temas mais populares <strong>do</strong>s nossos<br />
três álbuns.<br />
E o que aconteceu aos Adiafa nestes últimos sete anos? Esperavam ter<br />
tanto sucesso?<br />
Em 2002, com As Meninas da Ribeira <strong>do</strong> Sa<strong>do</strong>, houve um boom e, desde então, temos<br />
vivi<strong>do</strong> a ressaca dessa explosão. Foi um perío<strong>do</strong> com muitos concertos, mas felizmente<br />
temos consegui<strong>do</strong> manter um número razoável de espectáculos e as pessoas gostam<br />
cada vez mais. Não, não esperávamos ter tanto sucesso, nem nós nem ninguém. Nem<br />
6/6/<strong>09</strong> 32