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ultrapassavam as portas das instituições) não podia parar no plano pedagógico e deu<br />
origem ao grupo.<br />
Que momento destaca na vida <strong>do</strong> agrupamento?<br />
Vários; Concerto no Rivoli em 1999. Concerto com estreia e gravações em La Pedrera<br />
de Barcelona (Fundação Caixa Catalunya), a nossa residência artística na <strong>Porto</strong> 2001 e<br />
as nossas residências em Faro - Um Mun<strong>do</strong> de Percussões - e Tarragona em 2003,<br />
2005 e 2008, os nossos vários projectos com o TNSJ, sobretu<strong>do</strong> o Pas de Cinq e o<br />
Caixa da Música. O projecto com músicas de John Cage com o extinto Ballet<br />
Gulbenkian. Também, os apoios que recebemos <strong>do</strong> Ministério da Cultura português e<br />
<strong>do</strong> Ministério da Cultura espanhol com uma quantia atribuída maior <strong>do</strong> que a vários<br />
grupos <strong>do</strong> nosso país vizinho e com um historial superior ao nosso. São detalhes que<br />
nos indicam que não vamos pelo caminho erra<strong>do</strong>.<br />
Qual foi o maior sucesso perante o público?<br />
Também destaco vários; Plêiades, no Auditório Nacional de Espanha (em Madrid) e a<br />
nossa interpretação de Drumming Plays Drumming no Teatro Albéniz de Madrid<br />
(Ciclo Opera de Hoy), algumas actuações em Barcelona e Campinas (Brasil). Também<br />
destaco as actuações nos concertos Promenade <strong>do</strong> Coliseu <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> entre 2006 e<br />
2008.<br />
Qual foi o momento mais difícil?<br />
Os momentos difíceis também não foram poucos; acontecem quan<strong>do</strong> algum concerto<br />
não está a correr como gostava, quan<strong>do</strong> não conseguimos condições de trabalho e<br />
ainda não as temos (sobretu<strong>do</strong> a nível de espaços). Quan<strong>do</strong> não posso assegurar os<br />
nossos músicos, porque eles têm outros compromissos (mais bem pagos por estarem<br />
institucionaliza<strong>do</strong>s).<br />
Já teve vontade de desistir?<br />
Sim, mas sou muito persistente, por isso <strong>do</strong>u sempre mais uma, duas ou três<br />
oportunidades àquilo que levo em mãos e dessa forma tenho da<strong>do</strong> a volta aos<br />
problemas e desânimos.<br />
O que gostava de fazer que ainda não fez com o Drumming?<br />
Tenho mais de 25 projectos em stand-by, à espera de condições ou apoios que<br />
garantam a sua concretização. Isso é o que gostava fazer. A outra coisa é começar a<br />
gravar (em CD, DVD, etc,) os nossos projectos, os melhores, e editar em partitura (ou<br />
via Internet) todas as peças que já temos encomenda<strong>do</strong> e que não têm publicidade<br />
nem forma de chegar a outras partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> (a não ser com contacto directo com o<br />
compositor ou connosco). Por último, e como dizia antes, é estabilizar o Drumming<br />
em condições de espaço, continuidade e qualidade.<br />
E a nível pessoal?<br />
Na minha vida artística própria, é terminar um CD com peças de percussão e<br />
electrónica e editar a recompilação de estu<strong>do</strong>s para marimba. Depois queria ter<br />
capacidade para separar a parte burocrática (que o grupo exige) da parte artística e<br />
privada, para poder ter maior e melhor rendimento. E finalmente construir um refúgio<br />
de descanso, um lugar tranquilo e sossega<strong>do</strong> para descansar das cidades, da vida tão<br />
intensa e rápida que levo e da exposição a tanta poluição, sobretu<strong>do</strong> da que não se vê:<br />
o ruí<strong>do</strong>!<br />
HIP-HOP SINFÓNICO<br />
ORQUESTRA <strong>NA</strong>CIO<strong>NA</strong>L DO PORTO<br />
6/6/<strong>09</strong> 63