You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
“necessidade de marketing”: não é à toa que o último espectáculo <strong>do</strong> grupo se chama<br />
Crassh playin’like STOMP. Mas atenção, a rapaziada de Aveiro “tem uma identidade<br />
própria”.<br />
Vassouras, revistas, latas, caixas de fósforos ou baldes, além <strong>do</strong> corpo, ganham<br />
outra vida em performances com uma forte componente cénica e teatral.<br />
GUITARRAS E BAIXOS ELÉCTRICOS<br />
NUMA ORQUESTRA INÉDITA<br />
“A Casa vai tremer…” – Peixe (ou Pedro Car<strong>do</strong>so) ri-se ao vaticinar uma boa descarga<br />
de decibéis no Sonópolis, por obra da Orquestra de Guitarras e Baixos Eléctricos,<br />
formação inédita a investir agora na sua autonomia. E escrevemos agora porque o<br />
grupo nasceu na Casa da Música, no Curso de Formação de Anima<strong>do</strong>res Musicais<br />
2007-08. Ou seja, na sua curta carreira, a Sonópolis segue-se Sonópolis, mas muda o<br />
estatuto e a visibilidade.<br />
Com 25 elementos (dezoito guitarras, seis baixos e uma bateria), a Orquestra<br />
apresenta um conceito novo para instrumentos íntimos <strong>do</strong> rock. O projecto tem<br />
direcção artística de Peixe, que na organização <strong>do</strong> grupo conta com Maria Mónica,<br />
uma baixista a salvar a honra feminina da formação que, de resto, dedilha no<br />
masculino. “Calhou assim”, dizem ambos, e não é algo que implique com os objectivos<br />
de to<strong>do</strong>s: “Apresentar um som bastante envolvente, experimental a to<strong>do</strong>s os níveis, e<br />
realizar espectáculos sempre diferentes. A propriedade sónica e a performance<br />
improvisada são as características principais”.<br />
Na primeira parte <strong>do</strong> Sonópolis vão tocar em movimento, o que implicará alguns<br />
ajustes na sua concepção de concerto: os amplifica<strong>do</strong>res, portáteis, são a pilhas<br />
(decibéis ligeiramente mais fracos, nada que depois não se compense no palco) e Peixe<br />
vai ter de arranjar formas alternativas de tocar e dirigir os músicos enquanto andam,<br />
já que o méto<strong>do</strong> a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> um léxico de sinais gestuais, comunica<strong>do</strong>s<br />
enquanto corre a música e não os seus intérpretes... Mas é só mais uma prova à<br />
capacidade de improviso, levada com um sorriso.<br />
“Apresentar um som bastante envolvente, experimental a to<strong>do</strong>s os níveis, e realizar<br />
espectáculos sempre diferentes. A propriedade sónica e a performance improvisada<br />
são as características principais”.<br />
A TUBA FAZ-SE<br />
A NOVOS TERRITÓRIOS<br />
Se os instrumentos fossem fala<strong>do</strong>s pela personalidade, dir-se-ia que a da tuba é forte e<br />
aventureira. Distante <strong>do</strong> retrato a sépia em que surgia confinada à banda filarmónica,<br />
nos últimos anos fez-se a novos territórios musicais e tomou o gosto pela<br />
experimentação. É o prazer da incursão por repertórios imprevisíveis que está na<br />
origem <strong>do</strong> Tuba Ensemble, especialmente constituí<strong>do</strong> para o Sonópolis.<br />
Forma<strong>do</strong> por cerca de 20 elementos, a maioria jovens estudantes de música,<br />
portugueses e ingleses, o ensemble é dirigi<strong>do</strong> por Sérgio Carolino e Oren Marshall,<br />
<strong>do</strong>is <strong>do</strong>s responsáveis pela modernização <strong>do</strong> repertório para tuba. Com o público cada<br />
vez mais prepara<strong>do</strong> para ouvir o instrumento e um crescente número de interessa<strong>do</strong>s<br />
em aprender a <strong>do</strong>miná-lo, foi muito fácil reunir este grupo.<br />
Apresentan<strong>do</strong>-se no Sonópolis com “a sua própria música”, o Tuba Ensemble revela a<br />
intenção, desde o início, de “fugir aos padrões tradicionais” para tuba a que músicos e<br />
6/6/<strong>09</strong> 9