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SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

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Agosto <strong>de</strong> 17Õ8, ao mesmo tempo que or<strong>de</strong>nava o estudo do Rio<br />

Miarim dizia:<br />

« Eátre todos os empregos a que os Vassallos <strong>de</strong> hum Estado se<br />

po<strong>de</strong>m applicar, o mais infeliz, e,miserável, foi sempre e ha<strong>de</strong> ser o<br />

dos mineiros.<br />

« Principião pela crassa ignorancia <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>re que ha ouro <strong>de</strong><br />

beta, ou Minas perennes <strong>de</strong> ouro, e histo he engano porque o q. e<br />

constitue as Minas são os mesmos Mineiros, ou o seu gran<strong>de</strong> nu¬<br />

mero, sendo este <strong>de</strong> cem-mil homens, como he nas Minas Geraes,<br />

son dous ou três mil <strong>de</strong>stes achão algíia cousa, <strong>de</strong> fazerem oito,<br />

<strong>de</strong>z e mais annos excessivos e custosissimos trabalhos. » Ε por<br />

estas e outras razões que apontava, entendia o Secretário <strong>de</strong> Estado<br />

não haver « cousa mais importante para o serviço <strong>de</strong> Deus, e do<br />

mesmo Senhor, <strong>de</strong> que formar dos elementos <strong>de</strong> corrupção das Mi¬<br />

nas, hum novo Mundo na vastidão <strong>de</strong> Lavoura <strong>de</strong>sse Estado, porque<br />

hum Lavrador sempre valle para o mesmo Estado mais do que vinte<br />

mineiros. >><br />

Detivemomos na transcrição <strong>de</strong>stes documentos porque a sua<br />

doutrina <strong>de</strong>stroe por completo muitas afirmações feitas sobre a orien¬<br />

tação dos portugueses no Brasil.<br />

Era i<strong>de</strong>a dominante <strong>de</strong> todos os portugueses que a agricultura e<br />

que constituiria a riquêsa do Brasil e assim não admira que fossem<br />

eles não só os iniciadores da cultura das plantas indígenas <strong>de</strong> valor,<br />

mas também os introdutores <strong>de</strong> importantes plantas exóticas. Não<br />

faziam <strong>de</strong> resto mais do que seguir as pisadas do gran<strong>de</strong> iniciador<br />

das nossas conquistas, o genial Infante D. Henrique.<br />

Uma planta a Ayapana, que o médico Bento Yieira Gomes veri¬<br />

ficou ser antídoto po<strong>de</strong>roso contra o veneno das cobras, foi levado<br />

do sertão do Negro para o Pará e ali largamente cultivado.<br />

O café foi. introduzido no Estado em 1730 pelo Capitão Diogo<br />

Pinto <strong>de</strong> Gaya que trouxe as sementes <strong>de</strong> Cayena. Tinha ido<br />

o oficial em diligência a Cayena levar uns prisioneiros franceses<br />

refugiados no Pará. No regresso escon<strong>de</strong>u as sementes do café<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um barril <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> trigo para assim escaparem à<br />

inspecção feita à canoa que o transportava. Cultivou-as primeiro<br />

num quintal e dali se espalhou por tal forma que, cincoenta anos<br />

<strong>de</strong>pois, este café era um produto abundantíssimo.<br />

A história do arroz não é talvez menos interessante. O arroz<br />

vermelho era expontaneo no Estado do Pará e prosperava nas terras

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