13.07.2013 Views

SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

tanicos portugueses, mas que o verda<strong>de</strong>iro D. Planellae <strong>de</strong> Willkomm<br />

o supunha uma forma diversa, que incluía como varieda<strong>de</strong> no D. cin-<br />

tranus <strong>de</strong> Boissier e Beuter.<br />

Ora a primeira <strong>de</strong>stas afirmativas é rigorosamente exacta, como<br />

eu o pu<strong>de</strong> verificar comparando exemplares do nosso D. Planellae,<br />

colhidos por mim no Peso <strong>de</strong> Melgaço, com espécimens galegos,<br />

apanhados pelo falecido padre Merino, e com tipos autênticos do<br />

D. laricifolius Bois. & Reut. existentes no herbário <strong>de</strong> Willkomm.<br />

Quanto ao que seja o verda<strong>de</strong>iro D. Planellae, verifiquei pelo<br />

exemplar clássico colhido por Lange nas margens do rio Minho,<br />

junto <strong>de</strong> Tuy, e arquivado no herbário <strong>de</strong> Willkomm, que não se<br />

trata <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong> do D. cintranus, como imaginou o sr. Pau,<br />

mas sim-<strong>de</strong> uma mera e instável forma do D. caespitosifolius, forma<br />

que eu tenho colhido em Monsão e Melgaço, à margem do rio, pró¬<br />

pria dos lugares mais húmidos ou sombrios, e que se caracteriza<br />

pelos caules mais elevados, pelas folhas bastante mais longas e pelas<br />

bractéolas caliculares mais abruptamente contraídas em ponta com­<br />

prida e ervácea. Esta forma, à primeira vista muito distinta, nada<br />

tem no entanto <strong>de</strong> fixa e liga-se por formas intermédias ao tipo,<br />

como nas referidas localida<strong>de</strong>s constatei.<br />

28. Dianthus cintranus, Bois. & Reut. (1852). —Planta frequente<br />

nas montanhas e nos incidtos das Beiras.<br />

Em 1910 pu<strong>de</strong> examinar no herbário Boissier, em Genebra, o<br />

exemplar do Dianthus cintranus sobre o qual foram feitas a diagnose<br />

original <strong>de</strong>sta espécie e a estampa dada por Willkomm. Este exem¬<br />

plar, porém, não correspon<strong>de</strong> à forma com que aparece geralmente<br />

a espécie a que pertence, pois representa, antes, uma forma própria<br />

dos lugares frescos e assombreados, com folhas mais longas e mais<br />

flácidas e com os cálices maiores.<br />

Nos herbários portugueses encontra-se representada esta mesma<br />

forma por exemplares colhidos no Bussaco, on<strong>de</strong> não ó rara e on<strong>de</strong><br />

apresenta transições graduais para a forma dos sítios <strong>de</strong>scobertos<br />

— a qual ó frequente em muitos lugares da Beira e constitui a planta<br />

que o sr. P. Coutinho in<strong>de</strong>vidamente toma pelo D. laricifolius Bois.<br />

& Reut.<br />

O D. cintranus, cuja diagnose <strong>de</strong>ve ser alargada em harmonia<br />

com o seu polimorfismo, ó uma espécie sem dúvida alguma afim do<br />

Dianthus scaber Chaix, do qual difere, no entanto, pelos caules gla-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!