13.07.2013 Views

SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

levavam consigo o arsenal terapêutico necessário para tratar as en¬<br />

fermida<strong>de</strong>s dominantes: as febres pestilentas, que eles cbamam car-<br />

neiradas, a corrução ou mal do bicho, sezões, obstruções e hidropisias.<br />

Um, mais curioso, fazia a si próprio a paracêntese « com um<br />

prego <strong>de</strong> meia caverna, suficientemente aguçado. »<br />

Descreve minuciosamente o mal do bicho, no que já fora prece¬<br />

dido por outros portugueses <strong>de</strong> séculos anteriores.<br />

Ocupa-se enfim da mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> cobras venenosas — Surucucu,<br />

Oaninana, Jaraca, Jacarana, Arara encarnada, Cobra coral, etc, dis¬<br />

tinguindo pelo efeito do veneno as que produzem a dissolução do<br />

sangue (a hemolise como boje se diria) como a Jaraca, e as que pro¬<br />

duzem a coagulação.<br />

Como se vê seria bem interessante o capítulo <strong>de</strong> patologia da<br />

obra do Dr. Alexandre.<br />

Não damos aqui' senão alguns dos muitos factos que encerra o<br />

Diário da expedição do Rio Negro, os bastantes para mostrar o valor<br />

da obra confiada a Alexandre Ferreira.<br />

Não queremos terminar sem citar um facto que atesta o heroísmo<br />

dos raros portugueses a quem competia <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r da rebelião dos<br />

a s<br />

naturais e da cobiça d<br />

outras nações a nossa colónia americana.<br />

Tendo ido tomar conta da al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Marabitenas o sargento João<br />

Bernar<strong>de</strong>s Borralho, este, passados dias, recebia a visita do cabo<br />

espanhol Nicolau, comandante da fortaleza <strong>de</strong> S. Filipe. Durante<br />

a conversa o espanhol disse-lhe que em breve seria seu vizinho<br />

pois contava vir instalar-se na povoação da margem austral que lhe<br />

ficava fronteira e que era dirigida pelo chefe .Duhêma.<br />

Despedido o hespanhol o nosso sargento Bernar<strong>de</strong>s não tardou<br />

a ir falar com o chefe Duhêma e com êle combinou ir residir para o<br />

local que os hespanhoes pretendiam tirar a Portugal. Ao passo que<br />

<strong>de</strong>ixava 3 soldados na povoação da margem. setentrional, êle sar¬<br />

gento e outros 3 soldados passaram para a povoação do principal<br />

Duhêma. ·<br />

Apenas <strong>de</strong>ste facto teve conhecimento o sargento espanhol Fran¬<br />

cisco Fernan<strong>de</strong>z Bobadilha, comandante do forte <strong>de</strong> S. Carlos, diri-<br />

giu-se ao sargento Bernar<strong>de</strong>s a quem disse que o plenipotenciário<br />

espanhol D. José <strong>de</strong> Ituriaga lhe havia dado or<strong>de</strong>ns para se instalar<br />

naquele lugar e que se veria forçado a nos <strong>de</strong>salojar. A esta inti¬<br />

mação respon<strong>de</strong>u a valoroso sargento português : « Que ao seu ple¬<br />

nipotenciário extranhava o disputismo <strong>de</strong> mandar que daquellas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!