SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...
SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...
SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
vão e outras substancias o a esto hábito atribuo os gran<strong>de</strong>s ventres<br />
e as cores macilentas.<br />
Descreve várias doenças <strong>de</strong> pele com o nome <strong>de</strong> sarna. Atribue<br />
a sarna à supressão da transpiração mas admite além <strong>de</strong>sta, que êle<br />
chama interna, uma causa externa, a introdução na pele « <strong>de</strong> alguns<br />
insectos e vermes.»<br />
Pala <strong>de</strong> umas impingens, tão frequentes que poucos são os que<br />
as não têm e «tão pecimas » que são refractárias aos tratamentos<br />
médicos, (i Tratar-se hia <strong>de</strong> Leishmanioses ?<br />
Refere-se à « qualida<strong>de</strong> Céltica» atribuindo a sua menor virulên¬<br />
cia, em relação à Europa, a que pela transpiração se dissipa gran<strong>de</strong><br />
parte « daquelle virus. »<br />
Nas margens do Negro existem as quotidianas, nas do Gupurá<br />
e Uaupés as terçãs e quartas.<br />
As febres perniciosas tão frequentes nos outros rios não existem<br />
no Negro. São abundantes, assim como as terçãs e quartas em<br />
S. José <strong>de</strong> Macapá.<br />
Refere-se às hidropisias que abundam nos moradores <strong>de</strong> S,. José<br />
<strong>de</strong> Macapá, <strong>de</strong> Mazagão.<br />
Ε interessante ver Araújo Braga atribuir as febres palustres <strong>de</strong><br />
Macapá aos arrozais visto aquela povoação não ter paludismo antes<br />
<strong>de</strong> iniciada a orizicultura. «Isto não he increpar a cultura daquelle<br />
género, he sim recommendar aos Lavradores o cuidado que <strong>de</strong>vem<br />
ter em facilitar a escoanta das agoas encharcadas; ».<br />
O tétano não lhe era <strong>de</strong>sconhecido. « A respeito das feridas, e<br />
ulceras, toda a cautela he necessária, para prevenir o espasmo Basta<br />
muitas vezes expo-las ao ar, na acção do curativo; basta usar <strong>de</strong><br />
remédios que senão tenhão passado pelo àr do fogo; e basta final¬<br />
mente molharem na agoa a ferida, ou qualquer parte do corpo, para<br />
elle sobrevir com funestos symptomas convulsivos. » Refere-se ao<br />
perigo <strong>de</strong> empregar nas sangrias lancêtas enferrujadas que são ao<br />
mesmo tempo instrumentos contun<strong>de</strong>ntes.<br />
Insurge-se Araújo Braga contra a incúria que leva a autorizar o<br />
<strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> escravos vindos <strong>de</strong> vários pontos da África sem os<br />
submeter a quarentena. « Os Lavradores que os compram (os es¬<br />
cravos), não poucas vezes levão com elles para suas casas hum con¬<br />
tagio geral. »<br />
Conta como pela grave falta <strong>de</strong> médicos abundavam os curan¬<br />
<strong>de</strong>iros. Os cabos das canoas que navegavam para Mato Grosso,