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SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...

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pantanosas. -Or<strong>de</strong>nou então o Marquês <strong>de</strong> Pombal que se tratasse<br />

da sua cultura porque, ao menos, serviria <strong>de</strong> alimento aos pobres,<br />

mas recomendou que se promovesse a do arroz branco cuja semente<br />

havia sido remetida <strong>de</strong> Portugal para o Maranhão.<br />

Confiados porém no arroz que ia <strong>de</strong> Portugal não intensificaram<br />

os colonos a sua cultura.<br />

Em 1762, havendo a Companhia Geral <strong>de</strong> Comércio remetido na<br />

frota 80 arrobas <strong>de</strong> arroz para consumo do Estado, como dantes<br />

costumava fazer o seu administrador Bernardo Simões Pessoa, com<br />

aprovação do Governador, tomou a corajosa <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> as <strong>de</strong>volver<br />

para Lisboa não consentindo que o consumissem no Estado. Pen¬<br />

sava êle. assim reduzir o Estado à «necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radicar e perpe¬<br />

tuar em si a recente cultura daquele importante género » e com<br />

afeito assim suce<strong>de</strong>u pois que em 1763 já não havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

•comer arroz vermelho e, em 1773, já a produção era <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> a<br />

permitir a exportação do exce<strong>de</strong>nte para Portugal.<br />

O principal alimento do índio é a maniba e assim a sua cultura<br />

era intensa por toda a parte e em muitos lugares a única que existia.<br />

.Os indígenas do Pio Negro distinguiam em idioma Manoa as seguin¬<br />

tes manibas: Micabé, Aduahy, Maianabé, Liaboky, Ucarixibé, Uaihy,<br />

Cunablky, etc. Diferençaram estas varieda<strong>de</strong>s (mais <strong>de</strong> 19) pela<br />

grossura das raízes, pela sua duração sob a terra, pela facilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se esgalhar, pela farinha branca ou amarela que produzem,<br />

etc.<br />

O Dr. Alexandre durante a sua viagem nunca per<strong>de</strong>u ensejo <strong>de</strong><br />

ensinar aos agricultores como se <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r seleccionando varie¬<br />

da<strong>de</strong>s, plantando-as <strong>de</strong> forma conveniente e adoptando métodos pro¬<br />

gressivos <strong>de</strong> ralar a mandioca.<br />

Agricultores inteligentes e curiosos cultivavam Puxury, Casca<br />

preciosa, Iandirobeira, Tamarindus, Jambeiro., Limoeiro, Palmeiras<br />

várias, etc.<br />

Em horticultura muito tinham feito os portugueses até ao sé¬<br />

culo xvm. Os missionários haviam já introduzido na Capitania do<br />

Pará couve murciana, lombarda, tronchuda e galega. A princípio,<br />

por <strong>de</strong>masiado lenhosas, <strong>de</strong>las não se podia aproveitar senão as<br />

folhas mais jovens-e os repolhos eram imperfeitos e já se obtinham<br />

pepinos excelentes <strong>de</strong> sementes vindas <strong>de</strong> Mato-Grosso.<br />

- Ao primeiro que cultivou alface « appellidarão o alfacinha ».<br />

De Portugal foram as primeiras vi<strong>de</strong>iras que inicialmente se dis-

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