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Conforme VON SPERLING (1996), o processo de digestão anaeróbia apresenta-<br />

se como uma das melhores alternativas para o tratamento de produtos altamente<br />

poluidores como resíduos industriais, esgoto sanitário, lixo urbano, vinhoto e resíduos<br />

animais, convertendo-os em produtos úteis como o metano e biofertilizantes.<br />

Há muito conhecido, o processo de digestão anaeróbia beneficiou-se nas<br />

últimas décadas de importantes avanços no conhecimento de seus fundamentos,<br />

particularmente no que tange à microbiologia do processo e à concepção dos reatores.<br />

Tradicionalmente, o tratamento de efluentes industriais com alto teor de matéria<br />

orgânica é feito em reatores biológicos anaeróbios, devido às significativas vantagens<br />

técnicas e econômicas que podem ser alcançadas. Com isso foi demonstrado que o<br />

tratamento anaeróbio têm uma elevada eficiência para a remoção de material orgânico<br />

solúvel, porém, não é adequado para remoção de nutrientes (SPEECE, 1995).<br />

Para Lema, apud SANTANA (2002), a digestão anaeróbia transcorre em<br />

ausência de oxigênio e os compostos orgânicos são decompostos em uma série de<br />

compostos gasosos (CH4, CO2, H2S, H2 entre outros).<br />

VAZOLLER (1999), relatou que os sistemas de biodegradação anaeróbia foram<br />

inicialmente adotados na estabilização da fração sólida dos esgotos sanitários e de<br />

resíduos agrícolas. Esta escolha deveu-se ao baixo crescimento celular inerente ao<br />

metabolismo anaeróbio (fermentação e respiração anaeróbia). Por sua vez, os<br />

processos aeróbios sempre foram adequados para o tratamento de resíduos líquidos<br />

com concentrações baixas de matéria orgânica, devido à demanda artificial de oxigênio.<br />

Assim, surgiu a necessidade de sistemas que suportassem concentrações elevadas de<br />

matéria orgânica poluente, e boas velocidades na biodegradação.<br />

As técnicas de tratamento biológico de águas residuárias e resíduos sólidos<br />

procuram reproduzir em biodigestores, que são verdadeiros ecossistemas microbianos<br />

projetados pelo homem, os fenômenos que ocorrem espontaneamente na natureza,<br />

criando condições artificiais aos microorganismos para sua reprodução e atividade<br />

decompositora, resultando na estabilização dos compostos orgânicos poluentes<br />

(VAZOLLER, 1999).

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