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As águas residuárias provenientes do despolpamento de café são ricas em<br />
fenóis, o qual é um grande poluente orgânico também encontrado em efluentes de<br />
industrias de resinas, pesticidas, refinarias de petróleo e petroquímicas, (YOUNG &<br />
RIVERA, 1985). Concentrações de fenóis de 1 mg L -1 afetam severamente a vida<br />
aquática.<br />
O fenol é também um biocida e desinfetante (KIRK-OTHMER, 1978). Entretanto<br />
tem-se constatado que o fenol age como inibidor da atividade dos microrganismos. Em<br />
estudos realizados para investigar o efeito da inibição do fenol na conversão do acetato<br />
para metano (PATEL et. al., 1991; SIERRA-ALVAREZ & LETTINGA, 1991) e YOUNG &<br />
RIVERA (1985) observaram que o fenol pode ser estequiométricamente convertido a<br />
metano e dióxido de carbono por lodo anaeróbio de biodigestores tratando esgoto<br />
doméstico.<br />
KOBAYASHI et al. (1998), também constatou que o fenol foi biodegradado sob<br />
condições anaeróbias, mas necessitou de doses de peptona como co-substrato para as<br />
bactérias anaeróbias. O primeiro passo proposto para a degradação anaeróbia do fenol<br />
é sua conversão à benzoato (KOBAYASHI et al., 1989).<br />
O benzoato é então dearomatizado para formar ácido carboxílico ciclohexano, e<br />
em seguida a estrutura do anel é rompida formando heptanoato. O heptanoato é então<br />
fragmentado para formar acetato. A conversão do fenol à benzoato demonstra ser o<br />
fator limitante no processo de degradação do fenol (FANG et al., 2004).<br />
RINCÓN et al. (2002), operando reator UASB de 4 L, com TDH de 15 h e COV<br />
de 2 kg DQO (m 3 d) -1 tratando águas residuárias da produção de petróleo leve, com<br />
concentrações de fenóis totais variando de 14,6 a 28,4 mg L -1 , obteve eficiências de<br />
remoção de 60%.