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Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...

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Quando se analisa as ondas de criação das instituições de ciência e<br />

tecnologia no Brasil feita por Suzigan & Albuquerque (2008) e se faz a comparação<br />

com o Estado de Pernambuco, verifica-se um atraso temporal para Pernambuco a<br />

partir da terceira onda de criação das instituições. Um exemplo é a criação da USP<br />

em 1932, enquanto a <strong>UFPE</strong> – sob o formato da <strong>Universidade</strong> do Recife – só vai ser<br />

inaugurada 14 anos depois.<br />

A interação entre agentes componentes do sistema de inovação setorial de<br />

saúde de Pernambuco foi verificada na dissertação a partir da investigação da base<br />

de dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, cuja metodologia inspirouse<br />

no estudo de Rapini & Righi (2006), o qual forneceu algumas evidências da<br />

interação recente entre universidades e empresas no país. Após efetuado um<br />

agrupamento de grupos com pesquisa voltada para a área de saúde, do qual<br />

resultaram 39 grupos, observou-se que essas interações para o Estado são<br />

concentradas na RMR, mais especificamente em Recife, e que 15 dos 39 grupos<br />

mencionam interagir com empresas e instituições de outros estados.<br />

Especificamente sobre as interações com os hospitais, apontada pela<br />

literatura como um importante elemento do processo de inovação no setor, os 39<br />

grupos de pesquisa declararam interagir com apenas 2 hospitais, um na Paraíba<br />

(Hospital Universitário Lauro Wanderley) e outro em Pernambuco (IMIP). Essa<br />

situação mostra uma desarticulação bastante restrita entre a base científica e as<br />

principais unidades produtivas do setor. Então é no mínimo discutível o emblemático<br />

título que Pernambuco tem quando se refere ao segundo maior pólo médico do<br />

Brasil.<br />

Além desta baixa interação entre os grupos de pesquisa e os demais<br />

agentes componentes do setor, foi construída a partir da base de dados da RAIS<br />

(Relação Anual de Indicadores Sociais), uma tabela com todos os segmentos do<br />

setor de saúde classificados segundo a CNAE que deixa Pernambuco em último<br />

lugar quando comparado aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e<br />

Bahia, tanto no que concerne à quantidade de estabelecimentos, quanto à<br />

quantidade de empregados. Mais um aspecto que levanta questão quanto à titulação<br />

de segundo maior pólo médico do Brasil.<br />

Ainda foi feito um estudo de caso com o hospital IMIP, único hospital<br />

pernambucano a aparecer na relação dos que interagem com os grupos de pesquisa

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