Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...
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Esses longos ciclos, para Schumpeter 3 (1984), resultam da conjugação<br />
de diversos processos de inovações, que criam novos setores líderes na<br />
economia, surgindo com isso, novos mercados que vão impulsionar o<br />
crescimento rápido desses setores na economia.<br />
Todavia, quando as tecnologias introduzidas pelos setores líderes são<br />
incorporadas ao sistema de produção ou se difundem por quase todos os<br />
setores, o retorno dos investimentos tende a diminuir. A economia, com relação<br />
a essas tecnologias introduzidas nos setores, caminha para um processo de<br />
acomodação, que é seguido por uma depressão. Nesta última fase, são<br />
encorajados os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, fazendo<br />
ressurgir uma nova era de inovações caracterizando, com isso, os ciclos de<br />
Schumpeter (1984). Esses ciclos podem ser observados a partir da figura<br />
abaixo, que mostra como o processo de inovação vem crescendo e se<br />
tornando mais rápido durante o tempo.<br />
FIGURA 1 - As ondas de inovação<br />
Fonte: http://www.clementenobrega.com.br<br />
trabalha na perspectiva da globalização é Harvey (1995) que utiliza o conceito contração<br />
espaço-tempo para enfatizar que o espaço a cada dia que se passa possui pontos de<br />
continuidade. Esse efeito é ocasionado pela difusão da tecnologia nos diversos espaços do<br />
planeta. Porém, Santos (2000) coloca a idéia de espaços luminosos e espaços opacos para<br />
caracterizar esses pontos de continuidade enfatizados por Harvey (1995). O primeiro seria as<br />
localidades que estivessem inseridas na globalização, por isso existe a interação e os pontos<br />
que não se articulam são os opacos que não estão inseridos na globalização.<br />
3 “O Capitalismo, então, é, pela própria natureza, uma forma ou método de mudança<br />
econômica, e não apenas nunca está, mas nunca pode estar estacionário. E tal caráter<br />
evolutivo do processo capitalista não se deve meramente ao fato de a vida econômica<br />
acontecer num ambiente social que muda e, por sua mudança, altera os dados da ação<br />
econômica; isso é importante e tais mudanças (guerra, revoluções e assim por diante)<br />
freqüentemente condicionam a mudança industrial, mas não são seus motores principais.<br />
Tampouco se deve esse caráter evolutivo a um aumento quase automático da população e do<br />
capital ou dos caprichos dos sistemas monetários, para os quais são verdadeiras exatamente<br />
as mesmas coisas. O impulso fundamental que inicia e mantém o movimento da máquina<br />
capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte,<br />
dos novos mercados, das novas formas de organização industrial [...]”. (SCHUMPETER apud<br />
PIRES, 2000)