Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...
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O Nordeste, apresenta um verdadeiro vazio espacial no que se refere ao<br />
equipamento tomógrafo. Todos os Estados possuem grande deficiência no que se<br />
refere a este equipamento médico-hospitalar. E em Pernambuco, ele só aparece em<br />
9 municípios e somente 4 deles têm mais de 3 tomógrafos nos seus municípios<br />
(Recife, Olinda, Petrolina e Caruaru). Desta maneira a situação é semelhante à dos<br />
demais equipamentos mais complexos no se refere à distribuição espacial e<br />
quantidade desse equipamento para a população de Pernambuco.<br />
O que é observado no sistema de saúde com relação a tais equipamentos é<br />
que o Brasil apresenta grande concentração espacial, e essa dificuldade se agrava<br />
com a complexidade dos equipamentos. Desta forma, como já foi mencionado, para<br />
uma melhoria dessa situação é necessária uma político-espacial para esses<br />
utensílios, para que eles, a oferta dos serviços prestados por meio deles, sejam<br />
ofertados de forma mais adequada. Outro problema com relação a esses aparelhos<br />
e que a maioria deles deve estar no setor privado, principalmente os mais<br />
desenvolvidos, dificultando seu acesso à maioria da população.<br />
Sobre a análise geral de todos os mapas é possível chegar a algumas<br />
conclusões: a) o principal município do Brasil é São Paulo a referência superior em<br />
todas as variáveis, ou seja, São Paulo é o principal entre todos os estados<br />
brasileiros; b) as piores regiões na distribuição e com quantidade de<br />
estabelecimentos com serviços de emergência e equipamentos médico-hospitalares<br />
são: Norte, Nordeste e Centro-oeste; c) quanto mais complexa a especialidade<br />
médica e os equipamentos, maiores as descontinuidades espaciais (as áreas sem<br />
registro); d) os mapas dos equipamentos que apresentam melhor distribuição, em<br />
suma, são produtos obsoletos ou muitos simples; e) os equipamentos e<br />
especialidades com maior complexidade estão concentrados principalmente nas<br />
grandes cidades e metrópoles brasileiras.<br />
Neste sentido, de acordo com essa análise, o Brasil possui um grande<br />
déficit, tanto no que se refere à distribuição como também por conta da quantidade<br />
relacionada à população. Pois, como existe uma deficiência espacial com relação<br />
aos equipamentos e às especialidades médicas, muitas pessoas precisam deslocarse<br />
para outras cidades. Com isso ocorre um “superpovoamento” no que concerne<br />
aos equipamentos e às especialidades médicas.