15.10.2014 Views

Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...

Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...

Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

124<br />

Outra questão, apontada por Chaves & Albuquerque (2006), diz respeito ao<br />

perfil epidemiológico do Brasil que se distingue dos países avançados por<br />

apresentar problemas específicos que incluem doenças tropicais, como também a<br />

presença das "epidemias emergentes" que envolvem doenças não-transmissíveis.<br />

Neste sentido, o Brasil necessita de um sistema de saúde que atue nos dois tipos de<br />

epidemias, as doenças parasitárias e as doenças degenerativas. Essa situação<br />

aponta uma especificidade na construção do sistema de inovação em saúde, em<br />

países como o Brasil.<br />

Desta forma, confirma-se a hipótese da dissertação que é “Por ter uma baixa<br />

interação entre os grupos de pesquisa, as empresas e outros componentes, o<br />

sistema de inovação regional-setorial de saúde em Pernambuco é considerado<br />

imaturo, o que impacta negativamente sobre o desenvolvimento de toda a região”.<br />

Vistas as reflexões conceituais sobre inovação, sistema de inovação, maturidade ou<br />

imaturidade do sistema de inovação, relação universidade-empresa, o Estado de<br />

Pernambuco possui uma baixa interação entre os grupos de pesquisa e as<br />

empresas e outros componentes do setor médico-hospitalar do Estado.<br />

Com relação à pesquisa nos hospitais privados da cidade do Recife não<br />

houve nenhuma interação, pois não deram relevância às possibilidades que a<br />

pesquisa pode trazer ao setor médio-hospitalar no Estado de Pernambuco. É<br />

destacada ainda a baixa iniciativa inovativa dessas unidades, pois praticamente<br />

importam todos os produtos e procedimentos médicos, ou seja, não existe uma<br />

política empresarial de tentar produzir e criar localmente. Além disso, o que<br />

acontece de “novo” para o setor está muito concentrado na RMR (principalmente no<br />

Recife).<br />

Enfim, o sistema setorial de inovação para o Estado de Pernambuco é<br />

imaturo e bastante desarticulado, ao ponto de se questionar a pertinência do<br />

emprego do termo sistema neste caso. Para esta situação devem contribuir sua<br />

formação socioeconômica e sua cultura patrimonialista e pouco comprometida com o<br />

desenvolvimento de competências para inovação e elevação de competitividade por<br />

meio de introdução de novos produtos e processos. Apenas recentemente,<br />

começam a se esboçar preocupações com este cenário que, no entanto, ainda estão<br />

longe de se transformar em políticas de ciência, tecnologia e inovação, nas escalas<br />

estadual e municipal, capazes de enfrentar as fragilidades deste “sistema”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!