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Neto, José Geraldo Pimentel Neto - UFPE - Universidade Federal ...

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49<br />

com um fundo comum de conhecimento e (2) valores que aliados a uma<br />

educação formal elevam o nível técnico e cultural da mão-de-obra. Tendo que<br />

formar as redes sociais 23 , entre a educação, a pesquisa científica<br />

(universidades e institutos de pesquisa) e as empresas que poderão<br />

proporcionar desenvolvimentos importantes no processo inovativo, social e<br />

econômico para uma determinada localidade.<br />

Sobre o assunto Cassiolato & Lastres (2005) definem: “Essas redes<br />

nascem através da consolidação de vínculos sistemáticos entre firmas, os<br />

quais assumem diversas formas: aquisição de partes de capital, alianças<br />

estratégicas, externalização de funções da empresa, etc. Estas redes podem<br />

estar relacionadas a diferentes elos de uma determinada cadeia produtiva<br />

(conformando redes de fornecedor-produtor-usuário), bem como estarem<br />

vinculadas a diferentes dimensões espaciais (a partir das quais conformam-se<br />

redes locais, regionais, locais, nacionais ou supranacionais)”.<br />

Um dos maiores problemas nos países de sistemas imaturos é o fato<br />

de empresas não inovarem. Provavelmente, concorre: (a) a especialização em<br />

setores tradicionais que não necessitam de grandes investimentos em<br />

progresso técnico para sobreviver; (b) a complexidade do processo de<br />

inovação 24 é um processo complexo que envolve muitos agentes, fatores,<br />

riscos e incertezas para as firmas e nesses países o convencional é importar,<br />

como argumentam Suzigan & Albuquerque (2008).<br />

Para os autores um dos maiores problemas no Brasil para sua fraca<br />

relação entre universidade e empresa é o caráter tardio do surgimento das<br />

universidades (a primeira foi a USP, em 1934), e institutos de pesquisa, assim<br />

como o surgimento da indústria no país. Esta por sua vez, enfrenta sérios<br />

problemas no inicio de seu desenvolvimento, devido ao regime de trabalho<br />

escravo, que além de trazer um cenário discriminatório, também implicou no<br />

23 Granovetter apud Fernandes et al (2004) coloca essa unidade de análise – as redes<br />

interpessoais – como um elemento fundamental nessa ponte. Ele analisa os laços sociais<br />

existentes, classificando-os como fortes (definidos como aqueles nos quais os indivíduos<br />

despendem mais tempo, intensidade emocional e trocas; por exemplo, a amizade) e fracos<br />

(aqueles nos quais o investimento é menor ou nulo, como, por exemplo, os mantidos com<br />

pessoas conhecidas).<br />

24<br />

O caminho que leva a um novo produto – desde a concepção inicial até o lançamento bemsucedido<br />

no mercado – é um duro processo de seleção natural, que começa com milhares de<br />

idéias cruas (não-escritas) para desembocar em um único sucesso.

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