Livro 4 - SEaD da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
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Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />
Mercado turístico<br />
A <strong>de</strong>cisão do turista <strong>de</strong> viajar a um <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>stino turístico respon<strong>de</strong>,<br />
primeiramente, a uma pergunta básica: aon<strong>de</strong> ir?<br />
Nesse sentido, dois elementos-chave influenciam a <strong>de</strong>cisão dos turistas:<br />
o primeiro refere-se à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento ao <strong>de</strong>stino turístico<br />
com o intuito <strong>de</strong> consumir o produto – ao contrário do que ocorre em<br />
outros setores comerciais, em que o produto a ser consumido se encontra<br />
à disposição do cliente ou consumidor; o segundo diz respeito à <strong>de</strong>cisão<br />
do turista, que está influencia<strong>da</strong> pela informação <strong>de</strong> que dispõe.<br />
Como a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística está diretamente relaciona<strong>da</strong> à prestação <strong>de</strong> um<br />
serviço, torna–se muito difícil separar a fase <strong>de</strong> distribuição do produto turístico<br />
<strong>da</strong> fase <strong>de</strong> comunicação. Assim, é comum que as duas fases estejam<br />
uni<strong>da</strong>s sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> comercialização turística.<br />
Habitualmente, essa comercialização do produto turístico se realiza mediante<br />
a ação dos intermediários turísticos ou canais <strong>de</strong> distribuição. Estes não<br />
são os produtores originais dos bens e serviços (hotéis, restaurantes, empresas<br />
<strong>de</strong> transporte), mas os encarregados <strong>de</strong> combinar as diferentes opções e<br />
atrativos que um <strong>de</strong>stino ou roteiro turístico po<strong>de</strong> oferecer, elaborando um<br />
produto próprio que é ofertado aos turistas a um <strong>de</strong>terminado preço.<br />
De acordo com a OMT (2001), “a natureza <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística é um<br />
conjunto complexo <strong>de</strong> inter-relações <strong>de</strong> diferentes fatores que <strong>de</strong>vem ser<br />
consi<strong>de</strong>rados conjuntamente sob uma ótica sistemática, ou seja, um conjunto<br />
<strong>de</strong> elementos inter-relacionados que evoluem <strong>de</strong> forma dinâmica”.<br />
Efetivamente, se distinguem quatro elementos básicos nesse conceito <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística:<br />
••<br />
<strong>de</strong>man<strong>da</strong> – forma<strong>da</strong> por um conjunto <strong>de</strong> consumidores, ou possíveis<br />
consumidores, <strong>de</strong> bens e serviços turísticos;<br />
••<br />
oferta – composta pelo conjunto <strong>de</strong> produtos, serviços e organizações<br />
envolvi<strong>da</strong>s ativamente na experiência turística;<br />
66<br />
••<br />
espaço geográfico – base física na qual tem lugar a conjunção ou o<br />
encontro entre a oferta e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, em que se situa a população<br />
resi<strong>de</strong>nte (que, se não é em si mesma um elemento turístico, é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong><br />
um importante fator <strong>de</strong> coesão ou <strong>de</strong>sagregação no planejamento<br />
turístico);