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MAPEAMENTO NACIONAL DA PRODUçãO ... - Itaú Cultural

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<strong>MAPEAMENTO</strong><br />

<strong>NACIONAL</strong><br />

<strong>DA</strong> PRODUÇÃO<br />

EMERGENTE<br />

O programa Rumos Itaú <strong>Cultural</strong> Artes Visuais,<br />

desenvolvido pelo Instituto Itaú <strong>Cultural</strong>, por<br />

intermédio do Núcleo de Artes Visuais, é uma<br />

atividade de incentivo a jovens artistas. Os participantes<br />

iniciaram sua trajetória profissional na<br />

década de 1990 e trabalham com fotografia,<br />

instalação, videoinstalação, escultura, objeto, pintura,<br />

gravura, desenho, site specific (obras cujo<br />

formato varia de acordo com o local em que são<br />

montadas), intervenções urbanas ou no espaço<br />

expositivo e novas tecnologias.<br />

O programa tem como principal objetivo colaborar<br />

no processo de formação dos artistas e curadores<br />

participantes, recém-surgidos no circuito artístico.<br />

Também proporciona ao público referenciais para<br />

a leitura da obra contemporânea, por meio de<br />

exposições e de textos críticos-curatoriais publicados<br />

em materiais gráficos que acompanham cada<br />

mostra. Contribui desta maneira para o aprofundamento<br />

de conceitos artísticos e significados<br />

estéticos, atuando como um instrumento para a<br />

educação do olhar e do pensamento crítico sobre<br />

a cultura do país.<br />

Com base no conceito de que o confronto das<br />

produções regionais reforça a multiplicidade e a<br />

riqueza da arte brasileira, a cada edição do programa<br />

são selecionados artistas e indicados curadores de<br />

várias partes do país. Ganha destaque assim a arte<br />

feita além do tradicional circuito representado pelas<br />

cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.<br />

Na edição 2001/2003 do programa, a abrangência<br />

nacional foi reforçada ainda em seu cronograma<br />

de mostras, que, além de terem sido apresentadas<br />

nas unidades da rede fixa Itaú <strong>Cultural</strong>, tiveram<br />

lugar, por intermédio de parcerias, em instituições<br />

culturais escolhidas por sua reconhecida atuação<br />

como centros difusores de cultura nas localidades<br />

em que estão sediadas e em suas regiões. Dessa<br />

forma, o público pôde tomar contato com a cultura<br />

e a arte de lugares diferentes e estabelecer<br />

contrapontos e semelhanças.<br />

As instituições culturais regionais, além de locais<br />

privilegiados para a exibição das mostras, assumiram<br />

outro papel de relevada importância na<br />

dinâmica do programa. Atuaram como parceiras<br />

do Instituto na complexa logística de recebimento<br />

dos portfólios de artistas, disponibilizando sua<br />

infra-estrutura física e operacional para que o<br />

material fosse adequadamente armazenado e<br />

pudesse ser pesquisado pela equipe curatorial.<br />

Foi composta equipe curatorial com coordenação<br />

geral de Fernando Cocchiarale, curador do Museu<br />

de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participam da<br />

equipe três curadores-coordenadores – Cristina<br />

Freire, integrante do corpo curatorial do Museu<br />

de Arte Contemporânea da Universidade de São<br />

Paulo; Moacir dos Anjos, curador do Museu de<br />

Arte Moderna Aloísio Magalhães, do Recife; e<br />

Jailton Moreira, criador do Torreão, espaço independente<br />

voltado para a arte contemporânea,<br />

em Porto Alegre – e nove curadores adjuntos<br />

– Cleomar Rocha [BA], Cristóvão Coutinho [AM],<br />

Eduardo Frota [CE], Juliana Monachesi [SP], Maria<br />

do Carmo de Siqueira Nino [PE], Marília Panitz<br />

[DF], Marisa Flórido Cesar [RJ], Paulo Reis [PR] e<br />

Paulo Schmidt [MG].<br />

A edição iniciou-se com a publicação de edital e<br />

regulamento, em março de 2001, e com a realização<br />

de uma ampla pesquisa, denominada Mapeamento<br />

Nacional da Produção Emergente. Dividiuse<br />

o país em nove regiões, que foram visitadas<br />

pelos curadores adjuntos. Nessas visitas, foram<br />

levantados dados sobre cidades que são pólo de<br />

atração cultural e as condições em que ocorre o<br />

ensino formal e informal da arte nesses locais; os<br />

espaços expositivos, o mercado, o circuito artístico<br />

e a escoagem da produção; a circulação e a troca<br />

da informação artística; as aparelhagens e a infraestrutura<br />

cultural; a presença ou ausência de<br />

atividade crítica e curatorial; as características da<br />

produção; e as expectativas dos artistas em relação<br />

ao programa. As informações do mapeamento<br />

geraram diagnósticos que, sintetizados, estão<br />

presentes nos textos analíticos dos curadores-coordenadores<br />

e do coordenador da equipe curatorial,<br />

que seguem este prefácio.<br />

Além da indicação, com base no mapeamento,<br />

de artistas para integrar esta edição, o elenco<br />

formou-se com o recebimento de 1.495 inscrições<br />

espontâneas de todo o Brasil. Após análise dos<br />

portfólios, a equipe curatorial selecionou 69 artistas,<br />

residentes e atuantes em 16 Estados e no<br />

Distrito Federal, para participar do cronograma de<br />

exposições. Outros 292 artistas mapeados farão<br />

parte de um banco de dados e imagens, que será<br />

disponibilizado no site www.itaucultural.org.br.<br />

Os critérios adotados na seleção final foram a<br />

qualidade das obras de cada inscrito; a coerência<br />

entre o resultado visual e o conceito proposto; o<br />

grau de experimentação do discurso e da poética;<br />

o uso de novas mídias; a permeabilidade da<br />

obra, sua contaminação ou resistência a outras<br />

linguagens; a adequação da mídia ao discurso;<br />

a consistência da pesquisa empreendida para a<br />

concepção dos trabalhos; e o estágio de formação<br />

específica dos artistas.<br />

Um workshop organizado para apresentar a<br />

dinâmica de atuação do programa reuniu, durante<br />

uma semana, em fevereiro de 2002, os 69 artistas<br />

e a equipe curatorial, na sede do Itaú <strong>Cultural</strong>.<br />

Esse evento proporcionou a troca de experiências<br />

artísticas entre os participantes e o aprofundamento<br />

de temas da arte contemporânea, apresentados<br />

em palestras por filósofos, sociólogos,<br />

artistas, curadores e representantes de instituições<br />

culturais.<br />

De fevereiro a abril de 2002, foi realizada,<br />

em parceria com a Fundação Clóvis Salgado<br />

– Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a exposição<br />

Rumos da Nova Arte Contemporânea<br />

Brasileira, que abriu o cronograma de mostras e<br />

reuniu todos os artistas desta edição, sob curadoria<br />

de Fernando Cocchiarale. No decorrer do

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