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proposta de educação ambiental em resíduos sólidos para ... - Unesc

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1 Introdução<br />

Os resíduos sólidos são constituídos por um conjunto amplo <strong>de</strong> resíduos gerados no dia-adia<br />

dos seres humanos D’ALMEIDA, (2002), BIDONE, (2001), FUNASA, (2004) e cuja geração está<br />

condicionada a um conjunto <strong>de</strong> fatores como a cultura <strong>de</strong> um povo, a classe social, a localização<br />

geográfica, o grau <strong>de</strong> informação veiculada, <strong>de</strong>ntre outros fatores. Até mesmo o status <strong>em</strong>ocional do<br />

indivíduo exerce forte influência na geração <strong>de</strong> resíduos, pois aos objetos são atribuídos valores<br />

<strong>em</strong>ocionais os quais, a medida <strong>em</strong> que se transformam <strong>em</strong> sentimentos negativos, aquele objeto não<br />

mais passa a fazer parte da vida do indivíduo e vai <strong>para</strong> a lixeira. Por outro lado, n<strong>em</strong> tudo o que é<br />

<strong>de</strong>scartado po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado lixo VILHENA,(1999), GRIMBERG e BLAUTH, (1998), pois o que é<br />

lixo <strong>para</strong> um indivíduo po<strong>de</strong> não ser <strong>para</strong> outro e este conceito t<strong>em</strong> passado por algumas<br />

transformações nos últimos t<strong>em</strong>pos.<br />

Lixo, do ponto <strong>de</strong> vista científico, é <strong>de</strong>finido como resíduos sólidos, gerados pelos seres<br />

humanos, como mostra a NBR 10.004 e BRANCO (1989 apud DAGOSTIM, 1999, p.21). Para a<br />

população, <strong>de</strong> modo geral, lixo é tudo o que não serve mais <strong>para</strong> o indivíduo ou que não se quer por<br />

perto.<br />

Com o surgimento <strong>de</strong> outras práticas como a reciclag<strong>em</strong> e a reutilização, o conceito <strong>de</strong> lixo<br />

t<strong>em</strong> mudado, pois n<strong>em</strong> tudo o que é lixo <strong>para</strong> um indivíduo o é <strong>para</strong> outro. Assim, <strong>em</strong> um conceito<br />

mais mo<strong>de</strong>rno e atual, “lixo” passa a ser consi<strong>de</strong>rado apenas aqueles resíduos que realmente não<br />

têm condições <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> reutilizados ou reciclados, ou ainda todos aqueles resíduos que no processo<br />

<strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong> geram um componente perigoso do ponto <strong>de</strong> vista sanitário e <strong>ambiental</strong>.<br />

Apesar <strong>de</strong>ssa mudança <strong>de</strong> conceito que v<strong>em</strong> se processando, o modo <strong>de</strong> vida da socieda<strong>de</strong><br />

atual ainda t<strong>em</strong> condicionado a uma produção exagerada <strong>de</strong> resíduos, que aliada a falta <strong>de</strong> cuidados<br />

no seu processo <strong>de</strong> gestão por muitas municipalida<strong>de</strong>s, t<strong>em</strong> contribuído <strong>para</strong> agravar os probl<strong>em</strong>as<br />

sanitários e ambientais nos municípios OLIVEIRA,(2002), DEUS, et.al(2004), AZEVEDO e<br />

AZEVEDO, (2003), ROMANCINI, (2005).<br />

É tanto “lixo” sendo gerado que não se sabe mais on<strong>de</strong> colocar tantos resíduos. Os centros<br />

urbanos, principalmente os <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, estão entrando <strong>em</strong> colapso, porque não se t<strong>em</strong> mais<br />

áreas a<strong>de</strong>quadas <strong>para</strong> aterrar todo esse “lixo” próximo as áreas urbanas. Por outro lado, áreas muito<br />

distantes po<strong>de</strong>m inviabilizar o transporte dos resíduos pelo alto custo representado.<br />

Porém, algumas medidas po<strong>de</strong>m ser muito eficazes <strong>para</strong> diminuir tamanha quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

resíduos sólidos que vão <strong>para</strong> os métodos <strong>de</strong> disposição, como a prática dos 3R’s, ou seja, a<br />

redução, reuso e reciclag<strong>em</strong>. Isto porque, dos resíduos gerados pelo hom<strong>em</strong>, uma elevada<br />

quantida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong> aos resíduos domiciliares, constituídos na sua maioria por recicláveis<br />

(CORRÊA e FINKLER 2002 p.168). A se<strong>para</strong>ção e <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>stes recicláveis <strong>para</strong> o processo<br />

produtivo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, por sua vez, da coleta seletiva.<br />

Segundo SILVA (2004, p.2), a coleta seletiva mostra-se, quando aliada a educação<br />

<strong>ambiental</strong>, como um dos caminhos viáveis à consecução dos quatro “Rs”: reduzir, reutilizar, reciclar e<br />

repensar. Este processo <strong>de</strong>ve ter início na escola <strong>para</strong>, <strong>em</strong> seguida, atingir os <strong>de</strong>mais segmentos da<br />

socieda<strong>de</strong>, uma vez que a escola, como centro <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> cidadãos, colabora <strong>para</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> agentes multiplicadores <strong>de</strong> novas concepções, pensamentos, <strong>para</strong>digmas e<br />

mudanças sociais. Enfim, a implantação da coleta seletiva na escola, integrada à educação<br />

<strong>ambiental</strong>, representa importante contribuição <strong>para</strong> amenizar os impactos ambientais, incentivar<br />

mudanças <strong>de</strong> percepção, inserir a dimensão <strong>ambiental</strong> no currículo escolar, motivar o exercício da<br />

cidadania, possibilitar mudanças na postura pedagógica, fomentar atitu<strong>de</strong>s <strong>ambiental</strong>mente<br />

sustentáveis e promover a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no ambiente, escolar, além <strong>de</strong> difundir<br />

novos pensamentos novos olhares, novos hábitos.<br />

Segundo JUNKES, (2002, p.40) a compostag<strong>em</strong> t<strong>em</strong> como função eliminar 50% dos<br />

resíduos sólidos urbanos, dando um <strong>de</strong>stino útil aos resíduos orgânicos e com isso evitando a sua<br />

acumulação <strong>em</strong> aterro sanitário, ou melhor, aumentando o seu t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida útil e produzindo um<br />

composto que melhora a estrutura do solo, <strong>de</strong>volve à terra os nutrientes <strong>de</strong> que necessita, aumenta a<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água, permite o controle da erosão e ainda reduz o uso <strong>de</strong><br />

fertilizantes sintéticos. Este processo permite tratar os resíduos orgânicos domésticos (restos <strong>de</strong><br />

comida e resíduos <strong>de</strong> jardim) b<strong>em</strong> como resíduos provenientes da limpeza <strong>de</strong> jardins e parques<br />

públicos.<br />

Por outro lado, como mencionado, todo o contexto <strong>de</strong> redução, reuso e reciclag<strong>em</strong>,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> intrinsicamente, da educação <strong>ambiental</strong>, que é um instrumento que facilita e contribui à<br />

mudança <strong>de</strong> <strong>para</strong>digmas da socieda<strong>de</strong> atual, envolvendo todos os entes relacionados ao meio<br />

ambiente mas principalmente alunos e professores, no sentido <strong>de</strong> proteger e melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida do ser humano.<br />

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