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Anexos Completo - Fundação Florestal - Governo do Estado de São ...

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Os cafeicultores usavam a mão-<strong>de</strong>-obra servil, mas em 1850, com a <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> Imperial <strong>de</strong><br />

proibir o tráfico negreiro, os paulistas substituem em suas fazendas, o escravo pelo imigrante europeu<br />

assalaria<strong>do</strong>, que uma vez cumpridas suas obrigações contratuais, estavam livres ou não para<br />

permanecer no campo.<br />

Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>ste contingente <strong>de</strong>slocou-se para a capital, atraí<strong>do</strong> pela fama <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> em rápida<br />

expansão, que oferecia melhores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ocupação no comércio, na indústria e nas funções<br />

burocráticas.<br />

Soman<strong>do</strong>-se as imigrações com as migrações em número sempre crescente, a população paulistana<br />

que em 1872 era <strong>de</strong> 23.243 habitantes, passa para 44.030 em 1886, quatro anos <strong>de</strong>pois, atinge 64.934<br />

e após três anos, em 1893, a incrível marca <strong>de</strong> 192.40912, ou seja, em 7 anos há um aumento <strong>de</strong><br />

aproximadamente 150.000 habitantes.<br />

Esse incalculável crescimento gerou uma ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>do</strong> espaço urbano. Por outro la<strong>do</strong>, o<br />

aumento <strong>de</strong>mográfico <strong>de</strong>senvolveu os setores <strong>de</strong> serviços e comércio, incentivan<strong>do</strong> a implantação <strong>de</strong><br />

novas fábricas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, e <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r em<br />

potencial.<br />

O final <strong>do</strong> século XIX assiste a uma cida<strong>de</strong> em fluxo, em busca <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>; substituía-se por<br />

tijolos, o que era antes tradição na técnica construtiva: a taipa <strong>de</strong> pilão; os chafarizes, com aquedutos<br />

rudimentares, são agora abasteci<strong>do</strong>s com encanamentos <strong>de</strong> ferro fundi<strong>do</strong>, e o ecletismo europeu,<br />

suce<strong>de</strong> nas portas e janelas à moda mourisca, os beirais e as rótulas.<br />

Figura 4 - Desenho <strong>de</strong> Debret 1827, em que o pintor volta-se para o rumo oeste. Acima da ponte vemos a rua <strong>de</strong><br />

São João, e <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> <strong>do</strong> quadro, aparece o Morro <strong>do</strong> Chá.<br />

8 Anexo 15 – Cenários Históricos

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