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Anexos Completo - Fundação Florestal - Governo do Estado de São ...

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As pressões <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong>stas águas, varian<strong>do</strong> entre 5 e 10 metros <strong>de</strong> coluna d’água, suficientes na<br />

época da construção da adutora, foram pouco a pouco se tornan<strong>do</strong> precárias, à medida que o bairro<br />

<strong>do</strong> Braz foi se <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong>, e por via <strong>de</strong> conseqüência, a ampliação <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong> distribui<strong>do</strong>ra<br />

ocasionou uma perda <strong>de</strong> carga consi<strong>de</strong>rável, diminuin<strong>do</strong> as pressões da distribuição.<br />

Como não existissem zonas, em que as águas <strong>do</strong> Cabuçu pu<strong>de</strong>ssem ser aduzidas por gravida<strong>de</strong>, para a<br />

distribuição com pressões disponíveis, foi feito um estu<strong>do</strong> para o abastecimento <strong>do</strong> Alto <strong>de</strong> Santana,<br />

sem tratamento químico, aprova<strong>do</strong> pelas vantagens então apresentadas, principalmente no que dizia<br />

respeito à proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas águas com a área a ser abastecida. .<br />

Ao ser inaugurada, solenemente, a 1º <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1907, por Carlos Botelho, Secretário da<br />

Agricultura, a linha adutora <strong>do</strong> Cabuçu, pela qual fluíam 400 litros <strong>de</strong> água por segun<strong>do</strong>, representou<br />

um reforço que melhorou a taxa <strong>de</strong> distribuição per capita, julgan<strong>do</strong>-se a população, por alguns poucos<br />

anos, bem abastecida. Essas águas foram, nesse mesmo dia, distribuídas somente ao bairro <strong>do</strong> Braz.<br />

Tinham si<strong>do</strong> concluídas, na mesma ocasião, as obras referentes à pequena barragem, areja<strong>do</strong>r, trechos<br />

<strong>de</strong> aquedutos e sifões <strong>de</strong> cimento arma<strong>do</strong>, o sifão metálico, a torre, as principais linhas <strong>de</strong> distribuição,<br />

e a parte interna <strong>do</strong> reservatório da Mooca.<br />

Quan<strong>do</strong> a Comissão <strong>de</strong> Obras Novas, aproveitou o reibeirão <strong>do</strong> Cabuçu para alimentar a zona<br />

baixa da cida<strong>de</strong>, teve o intuito <strong>de</strong> captar também as águas <strong>do</strong> Barrocada, razão pela qual construiu<br />

a linha adutora, com capacida<strong>de</strong> suficiente para transportar os <strong>do</strong>is volumes reuni<strong>do</strong>s, a partir <strong>de</strong><br />

um ponto que seria escolhi<strong>do</strong> para a junção <strong>do</strong>s respectivos aquedutos. À montante <strong>de</strong>sse ponto,<br />

uma seção da linha adutora foi reduzida, para comportar somente o volume <strong>do</strong> Cabuçu, e a<br />

jusante, ampliada, para receber as águas <strong>do</strong> Barrocada que eram avaliadas em 100 litros por<br />

segun<strong>do</strong>, ou 8.640.000 em 24 horas. 111<br />

Represa <strong>do</strong> Barrocada<br />

Segun<strong>do</strong> os relatórios da R.A.E., o <strong>Governo</strong> julgou que <strong>de</strong>veria postergar o aproveitamento <strong>do</strong><br />

Barrocada, não apenas como medida <strong>de</strong> economia, como também para evitar que houvesse<br />

<strong>de</strong>sperdício, julgan<strong>do</strong> que naquele momento, (1907), não era tão necessário esse volume<br />

suplementar. Assim, a partir <strong>do</strong> quilometro 14, ficou o aqueduto <strong>do</strong> Cabuçu, com a seção da<br />

vazão suficiente para receber lateralmente as águas <strong>do</strong> Barrocada, cujo projeto <strong>de</strong> adução estava<br />

sen<strong>do</strong> prepara<strong>do</strong>.<br />

Passa<strong>do</strong> pouco tempo, após a inauguração <strong>do</strong> novo abastecimento, foi notada escassez <strong>de</strong> água na<br />

zona baixa, que pouco se beneficiou com o novo plano posto em prática, não só <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />

extraordinário crescimento <strong>de</strong>ssa parte da cida<strong>de</strong>, com o aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> prédios liga<strong>do</strong>s<br />

à re<strong>de</strong>, como também porque parte <strong>de</strong>sse volume foi eleva<strong>do</strong> para socorrer as zonas média e alta.<br />

Em 1911, novamente uma grave estiagem assolou São Paulo <strong>de</strong> Julho a Dezembro, ten<strong>do</strong> havi<strong>do</strong><br />

por várias vezes enfraquecimento na distribuição <strong>do</strong> líqui<strong>do</strong>, ao andar inferior da cida<strong>de</strong>, levan<strong>do</strong><br />

as autorida<strong>de</strong>s a suspen<strong>de</strong>r o funcionamento <strong>de</strong> uma bomba elevatória, colocada na rua das<br />

Palmeiras, a fim <strong>de</strong> socorrer o reservatório <strong>de</strong> compensação da Mooca, que vazio, diminuia a<br />

carga piezométrica da re<strong>de</strong> distribui<strong>do</strong>ra.<br />

111 ARTHUR, Motta. Estu<strong>do</strong>s Preliminares para o Reforço <strong>do</strong> Abastecimento D’Agua da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Typographia<br />

Brazil – Rothschild & Co., São Paulo, 1911.pp 104 a 106.<br />

66 Anexo 15 – Cenários Históricos

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