Anexos Completo - Fundação Florestal - Governo do Estado de São ...

A única documentação que restou do equipamento é a planta da "James Simpson" de Londres, firma
que também não mais existe, e foi a autora do projeto de engenharia da bomba, e dos acionadores a
vapor.
Figura 17 - Bomba do Engordador detalhe do importador 2007
O maquinário foi trazido ao Brasil pela "Cia. Mechanica de São Paulo E Importadora", que tem seu
nome afixado em uma placa de bronze, rebitada na estrutura original da bomba, e seu preço foi
orçado em 115:000$000. Vindo de Santos, foi descarregado na Estação Pari, e colocado nos vagões do
Tramway da Cantareira, que seguiu até a Estação do Reservatório de Acumulação, para finalmente
chegar a seu destino em carros de boi.
A instalação do equipamento levou aproximadamente seis meses, devido às condições precárias do
transporte, ao período de muita chuva, e à dificuldade de acesso pelas estradas carroçáveis, tendo
sido inaugurado apenas em 1904, bombeando as sobras do córrego Engordador. Funcionava 24 horas
após a inauguração da barragem, porém, somente quando as águas da represa foram consideradas
adequadas ao consumo.
Tão logo foi possível ativar seu funcionamento total, um volume de 7 milhões de litros diários, eram
enviados pela bomba do Engordador.
Segundo depoimento oral, colhido com o S. Deolindo, nascido no local, e tal como seu pai,
funcionário da Repartição de Águas e Esgotos no Engordador, a caldeira do complexo de
bombeamento de água da represa, foi durante algum tempo abastecida com madeira do parque, e teria
acarretado parte da devastação da mata nessa área.
Ainda, de acordo com a mesma fonte, o forno consumia diariamente em média 8 m³ de carvão
importado; porém, durante a Primeira Guerra Mundial, quando esse fornecimento foi interrompido, o
consumo era de 12 m³ de madeira verde, cortada na mata ao redor da Casa da Bomba, e
posteriormente retirada de local mais distante.
Anexo 15 - Cenários Históricos 45