DONATELLO GRIECOBrennan e H. Curran, texto de R. Wright e C. Forrest. Primeira audição emLos Angeles, em 26 de julho de 1948, Regente A. Kay, direção geral deJules Dassin. Duas suítes para solo, coro e orquestra. Primeira Suíte: Maybus and I, também para canto e piano; Scene of Paris, também para cantoe piano; Food for thought, também para canto e piano. Segunda Suíte: Thesinging tree, The Emerald Song (também para canto e piano) e Valsed’Espagne. A mediocridade do libreto prejudicaria o sucesso da opereta.Eurico Nogueira França diz ter dificuldade em classificar a peça “pois seencontra em uma região intermédia entre ópera-cômica e a opereta... músicageralmente alegre, graciosa, rica de verve... substancia musical bastantecomplexa, riqueza polifônica de tratamento de coro, dos solistas e daorquestra, resultando de perfeita clareza de linhas”. A trajetória da ópera éassim resumida por Vasco Mariz: estreia em Los Angeles, em que logo sepatenteou a pobreza do enredo; êxito relativo em São Francisco, insucessoem Nova York. No Rio, no Festival Villa-Lobos organizado pelos ConcertosViggiani, 1948 Magdalena é representada em forma de suíte de concerto,com nove números, Aires de Andrade identifica o “colorido bebido em fontespopulares”, material em que se refletem “a força de imaginação e aoriginalidade de processos de construção musical peculiares” a Villa-Lobos.Os coros são sempre “tratados com individualismo e liberdade de concepçãoe dão lugar por vezes a efeitos grandiosos”.1 9 4 8Nova temporada em Paris, concertos na Salle Gaveau. Mas o segundosemestre de 1948 trará a Villa-Lobos graves problemas de saúde, que deverãoexigir cirurgias delicadas. Ele as realizará nos Estados Unidos, no MemorialHospital, onde, já em processo de recuperação não deixará de compor. Naemergência, na virtual emergência em que viverá o resto de seus dias, duranteuma longa década, Arminda estará sempre vigilante a seu lado, assistindo-ocomo companheira e como assessora, além dos cuidados permanentes deverdadeira enfermagem, em que foi inexcedível.De volta ao Rio, após concerto no Teatro Municipal, Villa-Lobos recebeuma batuta de marfim, homenagem de amigos, professores e alunos, por suafeliz volta dos Estados Unidos, onde, diz Andrade Muricy, após perigosajornada, “afrontou o destino e o venceu”, devendo-o tanto a ciência quanto“à sua força de vontade e ao seu ânimo de luta invencível”.118
<strong>ROTEIRO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VILLA</strong>-<strong>LOBOS</strong>Em Paris, em 5 de maio de 1948, a Academia das Belas Artes (doInstituto de França) elege Villa-Lobos correspondente da seção deComposição Musical, na vaga de Manuel Falla.Conselhos, para canto e piano, pseudônimo de E. Villalba Filho, ouseja, o próprio Villa-Lobos.Coração Inquieto, para canto e piano,Concerto n o 2 para piano e orquestra, dedicado a João de SouzaLima. Primeira audição em 21 de abril de 1950, Teatro Municipal do Rio deJaneiro, Souza Lima ao piano, Villa-Lobos na regência da Orquestra do Teatro.Quatro movimentos: Vivo, Lento, Cadência (Quasi Allegro) e Allegro. SouzaLima, analisando os diversos movimentos, vê “cantilena lamentosa” no Lento,além de “um grande bom humor” no Allegro, concluindo: “Nunca o pianoassumiu tanta potência sonora”.Big Ben, para canto e orquestra, também para canto e piano. Primeiraaudição em Nova York, 1948. Letra: palavras sem nexo da gíria inglesa.Fantasia, para saxofone, soprano ou tenor solista, cordas e duas trompas.Primeira audição em 17 de novembro de 1951, Orquestra de Câmara do riode Janeiro, solista Waldemar Szpilman, regência de Villa-Lobos. Trêsmovimentos: Animé, Lent e Très animé.1 9 4 9Ano de intensa tornée pelo exterior: Estados Unidos, Europa, Israel.Em meados de março, René Dumesnil escreve em Le Monde: “Heitor Villa-Lobos desempenhou esta semana papel de primeiro plano na vida musicalparisiense”. Em Nova York, Marcos Romero anota os grandes nomes queocorrem ao Hotel New Weston: Jennie Tourl, Bidu Sayão, Lily Pons, MaryMartin, Segóvia, Zabaleta, Rubinstein, Brailowsky, Miécio Horzowsky, JoséLimón, Leonid Massine, André Kostelanetz, Charles Munch, Edgard Varèse,Howard Taubman, Marian Anderson.Dinga Donga, poema realista, para canto e piano. Música e poesiaescritas em Barcelona, em casa do soprano Conchita Badia. Primeiraaudição em 14 de junho de 1955, Magdalena Lébeis solista, Fritz Jank aopiano.Ave Maria, coro misto a sei vozes. Composta no Memorial Hospital.119
- Page 1:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOS
- Page 4 and 5:
Copyright ©, Fundação Alexandre
- Page 7 and 8:
ApresentaçãoVilla-Lobos é uma pe
- Page 9:
APRESENTAÇÃOruas, praças, edifí
- Page 12 and 13:
DONATELLO GRIECOQuanto à rua, há
- Page 14 and 15:
DONATELLO GRIECOHeitor Villa-Lobos
- Page 18 and 19:
DONATELLO GRIECO1 9 0 1A música le
- Page 20:
DONATELLO GRIECO*Catulo da Paixão
- Page 23 and 24:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOSVilla-Lobos a
- Page 25:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOSpara coro e o
- Page 28 and 29:
DONATELLO GRIECOO “Curso de Vince
- Page 30 and 31:
DONATELLO GRIECOe Elisa (1910). Pri
- Page 33 and 34:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOSDiante das cr
- Page 35 and 36:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOSregência de
- Page 38:
DONATELLO GRIECO1 o Quarteto de Cor
- Page 43:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOSpoeta dos Epi
- Page 46:
DONATELLO GRIECOmeio resistentes. E
- Page 50 and 51:
DONATELLO GRIECO“uma das peças d
- Page 52 and 53:
DONATELLO GRIECOpiano... obra de um
- Page 54 and 55:
DONATELLO GRIECO“insuportavelment
- Page 56 and 57:
DONATELLO GRIECOe Guiomar Novais, a
- Page 58 and 59:
DONATELLO GRIECOdo mundo, nenhum de
- Page 60 and 61:
DONATELLO GRIECORubinstein e Vera,
- Page 62 and 63:
DONATELLO GRIECOO panorama de Paris
- Page 64 and 65:
DONATELLO GRIECOséculo, data de 19
- Page 66 and 67:
DONATELLO GRIECOOs concertistas inc
- Page 68 and 69: DONATELLO GRIECOrelativamente peque
- Page 70 and 71: DONATELLO GRIECOArnaldo Estrella, a
- Page 72 and 73: DONATELLO GRIECO1 9 2 7De novo em P
- Page 74 and 75: DONATELLO GRIECOcarimbós escavados
- Page 76 and 77: DONATELLO GRIECO21 de outubro de 19
- Page 78 and 79: DONATELLO GRIECOa seu desejo, mesmo
- Page 80 and 81: DONATELLO GRIECOVilla-Lobos, “vem
- Page 82 and 83: DONATELLO GRIECOO Canto da Nossa Te
- Page 84 and 85: DONATELLO GRIECOfatos concretos. Na
- Page 86 and 87: DONATELLO GRIECOcomposições, ocas
- Page 88 and 89: DONATELLO GRIECOCanção Marcial, c
- Page 90 and 91: DONATELLO GRIECOGuia Prático (Álb
- Page 92 and 93: DONATELLO GRIECOMoteto, arranjo de
- Page 94 and 95: DONATELLO GRIECOO Canto do Pajé, m
- Page 96 and 97: DONATELLO GRIECOCanção de José d
- Page 98 and 99: DONATELLO GRIECO1 9 3 5Viagem de Vi
- Page 100 and 101: DONATELLO GRIECOprincipal de sua at
- Page 102 and 103: DONATELLO GRIECO1937, com coro de m
- Page 104 and 105: DONATELLO GRIECO1947, solista Hilda
- Page 106 and 107: DONATELLO GRIECOcom um brilho diver
- Page 108 and 109: DONATELLO GRIECOCanção da Imprens
- Page 110 and 111: DONATELLO GRIECONossa América, cor
- Page 112 and 113: DONATELLO GRIECOa Segunda Sinfonia,
- Page 114 and 115: DONATELLO GRIECOQuadrilha das Estre
- Page 116 and 117: DONATELLO GRIECOMadona (poema sinf
- Page 120 and 121: DONATELLO GRIECOHomenagem a Chopin,
- Page 122 and 123: DONATELLO GRIECOcoração dos homen
- Page 124 and 125: DONATELLO GRIECOao piano, José Bot
- Page 126 and 127: DONATELLO GRIECOVilla-Lobos é semp
- Page 128 and 129: DONATELLO GRIECOWagner assim se ref
- Page 130 and 131: DONATELLO GRIECORoss, regente Villa
- Page 132 and 133: DONATELLO GRIECOAlém de numerosas
- Page 134 and 135: DONATELLO GRIECOTotal dos discos li
- Page 136 and 137: DONATELLO GRIECOAVE MARIA n o 6, ca
- Page 138 and 139: DONATELLO GRIECOCANTO DO NATAL, cor
- Page 140 and 141: DONATELLO GRIECODOBRADO PITORESCO,
- Page 142 and 143: DONATELLO GRIECOHISTÓRIA DE PIERRO
- Page 144 and 145: DONATELLO GRIECOMINHA TERRA, arranj
- Page 146 and 147: DONATELLO GRIECOPRO PACE, para band
- Page 148 and 149: DONATELLO GRIECOSINFONIETA N o 1, o
- Page 150 and 151: DONATELLO GRIECOVIRGEM (À), canto
- Page 152 and 153: DONATELLO GRIECOBÉHAGUE, Gérard -
- Page 156: FormatoMancha gráficaPapelFontes15