DONATELLO GRIECO21 de outubro de 1931, banda da Força Pública de São Paulo, solista SouzaLima, regência de Villa-Lobos. Em Momoprecoce, diz Renato Almeida, Villa-Lobos dá “a impressão de um Carnaval de garotos, folgando nas suasvariegadas e estranhas fantasias, tocando gaitinhas, rufando tambores debrinquedo, batendo em latas ou pandeiros, inventando cordões, tudoimprovisado, mal feito e desengonçado, mas animado duma alegria ingênua etransbordante”. De René Dumesnil: “...pitoresco policromatismo, cintilanteconcerto para piano e orquestra”. De Emile Vuillermoz: “...descrição de umCarnaval de crianças, cuja fantasia e colorido fariam empalidecer o autor doCarnaval romano”. Sucessão das peças: Um pierrozinho com seu ginete,Chicote do Diabinho, Pierrette, Peripécias do trapeirozinho, Astraquinices do mascarado Mignon, Gaita de um pequeno fantasiado eFolia do bloco infantil. Souza Lima, analisando as peças, indica os traçoscaracterísticos do Carnaval, os galopes, as corridinhas, os saltos, os efeitosde muita alegria e peraltagem. Adhemar Nóbrega; assinala que os efeitospianísticos e orquestrais alcançam (em A Folia de um bloco infantil) seumais alto grau e expressividade.Argentina, arranjo para coro a três vozes, sobre tema de dança indígenarecolhido por Isabel Etchensary. Primeira audição em 14 de dezembro de1935, Orfeão de Professores do Rio de Janeiro, regência de Villa-Lobos.Suíte Sugestiva n o 1 (Cinema), para canto e orquestra. Primeira audiçãoem Paris, na residência da Senhora Moreau, regência de Antony Bernard.Poesias de Oswald de Andrade, Renê Chalupt e Manuel Bandeira. Mário deAndrade: “É uma brincadeira, bastante cômica às vezes, com que o grandemúsico se desfatigou dos mundos de exaltação em que vive.”Redução para canto e piano, primeira audição em Paris, Seis peças:Cine Jornal (Ouverture), Croche pied au flic (Comédia), Le récit dupeureux (drama), Charlot Aviateur (cômica), L’enfant et le Youroupary(tragédia) e Surprise de l’opportunité. Vide Jurupari (1934).Fado, tema popular português, canto e piano.Deux Vocalises, estudos, canto e piano.Funil, para orquestra. Divide-se em dois gêneros diferentes, o clássico,que executa o minueto e a gavota, e o popular moderno, em que o autorindica “um surdo murmúrio de efeitos maravilhosos”.Introdução aos Choros, para orquestra e violão, uma espécie de antigaabertura sinfônica. Primeira audição pela Orquestra da Rádio Nacional doRio de Janeiro, regência de Léo Peracchi. Seus temas principais, melódicos,76
<strong>ROTEIRO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VILLA</strong>-<strong>LOBOS</strong>harmônicos, rítmicos ou contrapontísticos derivam dos elementos peculiaresdos Choros n o . 3, 6, 1, 8, 9, 10, 12, 13 e 14.Choros n o 9, para orquestra, com mais outros instrumentos: tamborimde samba, tartaruga, bateria, tambor surdo, comissão e bombo. Primeiraaudição, Teatro Municipal do 10 de Janeiro, 15 de julho de 1942, regênciado autor. Villa-Lobos confessa ter, ao contrário do que ocorrera com o Chorosn o 8 construído este Choros n o 9 “exclusivamente com os recursos dos sonsmusicais para fazer música pura”, mesmo inspirada “nos elementos da naturezado Brasil... nele não há nenhuma preocupação impressionista ouexpressionista apenas ritmo e sons mecânicos físicos e sentidos dentro deuma lógica estrutural e através da fantasia e visão do autor”.Choros n o 12, para grande orquestra, dedicado a Andrade Muricy.Primeira audição em 21 de fevereiro de 1945, Orquestra Sinfônica de Boston,regência de Villa-Lobos. Diz o autor: “É uma obra absolutamente temática ede consciente equilíbrio construtivo. A peça inclui a estilização de umesquinado, a dança de ombros costumeira nos terreiros das fazendas, emdias de festa ou feira, dança dramática antiga, de movimentos moles e rústicosdo corpo, realizados por pares que se chocam bruscamente de lado, à alturados ombros.” Segundo Câmara Cascudo, Villa-Lobos teria recebido o temado esquinado, em 1912, de um músico de Espírito Santo.Choros n o 13, para duas orquestras e banda. Manuscrito extraviado.Com um conjunto de bateria composto de camisão, caxambu, tartaruga,tambu, tambi e pio. Análise do autor: “notável grau de clareza nos episódiosrítmicos, melódicos e harmônicos”.Malazarte, esboço de ópera sobre o drama de Graça Aranha, publicadona Europa em 1911 e representado no Théâtre de L’Oeuvre, em Paris, em19 de fevereiro do mesmo ano.Doze Estudos para violão, dedicados a Andrés Segóvia. Diz EuricoNogueira França: “Esses Estudos transcendem a esfera do violão popular.Mas a esta esfera retorna sempre Villa-Lobos, que, formação, foi desde aadolescência violonista exímio, em contato com os grandes músicos popularesde sua época.” Andrés Segóvia: “Villa-Lobos presenteou à história do violãofrutos do seu talento tão vigorosos e deliciosos como os de Scarlatti e Chopin”.Quanto à forma de execução: “Não quis (fala Segóvia) mudar nenhum dosdedilhados que o próprio Villa-Lobos assinalou para a execução de suasobras. Ele conhece perfeitamente o violão e, se escolheu tal corda e taldigitação para fazer ressaltar determinadas frases, devemos estrita obediência77
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