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ROTEIRO DE VILLA -LOBOS - Funag

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<strong>ROTEIRO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VILLA</strong>-<strong>LOBOS</strong>Choros n o 7 (setembro), para flauta, oboé, clarineta em si bemol, saxofonealto em mi bemol, fagote, violino, violoncelo e tã-tã (invisível). Primeira audiçãono Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1925. Regendo esse Choros emBarcelona, Villa-Lobos aumentaria o numero de violinos e violoncelos. Síntesedo próprio Villa-Lobos: “... de sabor ameríndio... transforma-se à maneiracivilizada, com as características da antiga polquinha da cidade nova, alegree movida”. Mário de Andrade vê aí “a apoteose de mato sombrio”.Diz Renato Almeida: “Por sobre uma massa de sons bizarros, com coloridoestranho de timbres raros, afloram (no Choros n o 7) deliciosas melodias desabor popular e carregadas de poesia”. Adhemar Nóbrega aponta “atransfiguração, para o plano de música erudita, de modalidades populares danossa música, com uma valsinha rural na voz do fagote” e a valorização deuma polca “pela clarineta, em remota evocação da Cidade Nova”.1 9 2 5Ainda em Paris, Tomás Terán disse a Hermínio Bello de Carvalho queera costume dos pianistas espanhóis, para imitar o som do violão, colocaruma tolha de papel entre as cordas do piano. Terán mostra isso a Villa-Lobos que depois usaria esse artifício no Choros n o 8. Terán e Villa-Lobosinseparáveis em Paris, no quarto da Praça Saint Michel, no verão em Lussacle-Château,empinando, papagaios, jogando bilhar. Maria Teresa Terán dáde presente a Villa-Lobos o violão que ele conservaria até o fim da vida.Villa-Lobos volta ao Brasil, dirá Manuel Bandeira, abalado pela Sagraçãoda Primavera de Stravinsky, que confessara ter sido “a maior emoçãomusical” de sua vida. Diz Bandeira: “Villa-Lobos não voltou cheio de Paris,chegou de lá cheio de Villa-Lobos”.Voltando ao Brasil em 1925, e “mais brasileiro, se isso fosse possível,que antes de partir” (disse-o Arnaldo Estrella), escala no Recife, com doisconcertos no Teatro Santa Isabel. No primeiro, Sonata Fantasia para violinoe piano e Trio n o 3, mais Momoprecoce (sem orquestra). Executantes: Villa-Lobos, Souza Lima e o violinista Raskin. Segundo programa: a sonataDésespérance para violino e piano, peças para piano e o Trio n o 1.Era São Paulo, sob o patrocínio de D. Olívia Guedes Penteada, de 8fevereiro, com a orquestra, da Sociedade de Concertos Sinfônicos, umadezena de recitais, inclusive com peças de música francesa em primeira audiçãoe 5º Concerto para piano e orquestra (Imperador) de Beethoven. Êxito67

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