DONATELLO GRIECOrelativamente pequeno. A Sociedade dissolve-se. Villa-Lobos transcreveMomoprecoce para piano e banda.Martírio dos Insetos, para violino e orquestra. Primeira audição integral,Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional do Rio de janeiro, Oscar Borgerthao violino, regência de Léo Peracchi. Três peças: A Cigarra no Inverno, OVagalume na claridade, Mariposa na luz. Também para violino e piano.Choros n o 3 (Picapau), para clarineta, sax-alto, fagote, três trompas,trombone e coro masculino. Dedicado a Tarsila e Oswald de Andrade.Alternativa: coro masculino à capela. Primeira audição em Paris, 5 dedezembro de 1927.Análise de Villa-Lobos: peça consagrada ao ambiente sonoro da músicaprimitiva dos aborígenes dos Estados de Mato Grosso e Goiás. O temaNozani-ná foi recolhido entre os índios Parecis por Roquette-Pinto. AindaVilla-Lobos: “A polifonia desses temas é amalgamada pelos três aspectosetnológicos e sincréticos, ameríndios e negros e mameluco, sem perder aslinhas essenciais de uma estrutura lógica, quer quanto à forma, à técnica e àestética.” O coro é em parte no idioma dos Parecis, parte em português,parte em sílabas onomatopaicas. Do próprio o autor: “a apologia do picapaué um elemento estimulante à persistência da dança.”Coleção Brasileira, São Paulo, para canto e piano. Duas peças: Temposatrás e Tristeza. Também para canto e orquestra.Canção da Terra, para coro feminino e orquestra. Poema de Ronald deCarvalho. Também para coro feminino e piano.Choros nº 5, para piano (Alma Brasileira). Peça favorita do pianistaLuís Heitor Corrêa de Azevedo: “...espécie de retrato psicológico do homembrasileiro, geralmente doce e cordial, mas arrebatado certas horas por umfrenesi dionisíaco”. Renato Almeida diz que a peça é “de uma extraordináriabeleza melódica, dentro de expressões hauridas na matéria-prima da músicapopular e transformadas em forma de poesia pura.”Choros nº 8, para orquestra (incluindo um caracaxá) e dois pianos.Primeira audição, Paris, 24 de outubro de 1927. Orquestra dos ConcertsColanne, solistas Aline Van Bärentzen e Tomás Terán, regente Villa-Lobos.De Villa-Lobos: O Choros da dança ...inspirado na vida folgazã dos cariocas,os bem humorados e alegres filhos da ex-capital do Brasil, através dos seusfestejos carnavalescos, e na recordação das danças pitorescas, bárbaras ereligiosas dos índios do continente americano”. Florent Schmitt descreveu a68
<strong>ROTEIRO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VILLA</strong>-<strong>LOBOS</strong>emoção do público parisiense, dizendo que, “dado o golpe de misericórdia,aquilo se torna demoníaco, ou divino, conforme o modo de pensar de cadaum, porque a gente adora ou abomina, não se fica indiferente, irresistivelmentesente-se que, desta vez, uma grande rajada passou”. Para Mário de Andradeeste Choros é “a apoteose do maxixe”; Renato Almeida: “Uma sinfonia deacentos observaram com razão, mais para surpreender que para seduzir osouvidos.” Koussevtsky: “É uma nova Sagração da Primavera”. OlinDownes: “A partitura revela um extraordinário poder inventivo. Esta músicaé Caliban e a jungle ...É a Sagração da Primavera no Amazonas.”Cantiga de Roda, coro feminino e piano. Tema popular brasileiro.Também para coro feminino e orquestra. Primeira audição em 6 de maio de1933, pela Orquestra Villa-Lobos e Orfeão de Professores do Rio de Janeiro,regência de Villa-Lobos.Marcha Solene n o 8, para orquestra.Sul América, para piano. Peça escrita por encomenda do jornal LaPrensa, de Buenos Aires. Souza Lima: “...peça composta com muitaespontaneidade, e onde os ritmos dos países sul-americanos são convincentee oportunamente aproveitados”.Tristeza, para canto e orquestra. Redução para canto e piano.1 9 2 6Cirandas, para piano. Primeira Audição no Rio de Janeiro, Teatro Lírico,solista: Tomás Terán. Dezesseis temas populares, “ambientados – diz SouzaLima − em atmosfera harmônica do melhor e do mais fino gostou.” As própriascrianças − diz Eurico Nogueira França – “saltam de dentro da música de,Villa-Lobos, tocadas pela aspereza selvagem do meio”. Renato Almeida: “Háuma multiplicidade de ritmos e uma policromia vivíssima, nas quais a fantasiado artista procura, no prodígio da fatura, a caracterização peculiar da suaobra pianística, que renovou, a música moderna para piano, com repercussãointernacional. ...Puras obras-primas, hoje incorporadas à música nacional,miniaturas admiráveis, com uma irrecusável inovação pianística, nas quais osmotivos populares aparecem, para acentuar o ambiente que a música cria, navariedade dos seus coloridos, na graça de suas linhas e na sua força expressiva.”Do crítico A. H.: “O mundo recebeu as Cirandas com a admiração quedespertaram, no século anterior, as Mazurkas de Chopin, a Suíte Ibéria deAlbéniz, as Goyescas de Granados e os Quadros de Mussorgsky.” Para69
- Page 1:
ROTEIRO DE VILLA-LOBOS
- Page 4 and 5:
Copyright ©, Fundação Alexandre
- Page 7 and 8:
ApresentaçãoVilla-Lobos é uma pe
- Page 9:
APRESENTAÇÃOruas, praças, edifí
- Page 12 and 13:
DONATELLO GRIECOQuanto à rua, há
- Page 14 and 15:
DONATELLO GRIECOHeitor Villa-Lobos
- Page 18 and 19: DONATELLO GRIECO1 9 0 1A música le
- Page 20: DONATELLO GRIECO*Catulo da Paixão
- Page 23 and 24: ROTEIRO DE VILLA-LOBOSVilla-Lobos a
- Page 25: ROTEIRO DE VILLA-LOBOSpara coro e o
- Page 28 and 29: DONATELLO GRIECOO “Curso de Vince
- Page 30 and 31: DONATELLO GRIECOe Elisa (1910). Pri
- Page 33 and 34: ROTEIRO DE VILLA-LOBOSDiante das cr
- Page 35 and 36: ROTEIRO DE VILLA-LOBOSregência de
- Page 38: DONATELLO GRIECO1 o Quarteto de Cor
- Page 43: ROTEIRO DE VILLA-LOBOSpoeta dos Epi
- Page 46: DONATELLO GRIECOmeio resistentes. E
- Page 50 and 51: DONATELLO GRIECO“uma das peças d
- Page 52 and 53: DONATELLO GRIECOpiano... obra de um
- Page 54 and 55: DONATELLO GRIECO“insuportavelment
- Page 56 and 57: DONATELLO GRIECOe Guiomar Novais, a
- Page 58 and 59: DONATELLO GRIECOdo mundo, nenhum de
- Page 60 and 61: DONATELLO GRIECORubinstein e Vera,
- Page 62 and 63: DONATELLO GRIECOO panorama de Paris
- Page 64 and 65: DONATELLO GRIECOséculo, data de 19
- Page 66 and 67: DONATELLO GRIECOOs concertistas inc
- Page 70 and 71: DONATELLO GRIECOArnaldo Estrella, a
- Page 72 and 73: DONATELLO GRIECO1 9 2 7De novo em P
- Page 74 and 75: DONATELLO GRIECOcarimbós escavados
- Page 76 and 77: DONATELLO GRIECO21 de outubro de 19
- Page 78 and 79: DONATELLO GRIECOa seu desejo, mesmo
- Page 80 and 81: DONATELLO GRIECOVilla-Lobos, “vem
- Page 82 and 83: DONATELLO GRIECOO Canto da Nossa Te
- Page 84 and 85: DONATELLO GRIECOfatos concretos. Na
- Page 86 and 87: DONATELLO GRIECOcomposições, ocas
- Page 88 and 89: DONATELLO GRIECOCanção Marcial, c
- Page 90 and 91: DONATELLO GRIECOGuia Prático (Álb
- Page 92 and 93: DONATELLO GRIECOMoteto, arranjo de
- Page 94 and 95: DONATELLO GRIECOO Canto do Pajé, m
- Page 96 and 97: DONATELLO GRIECOCanção de José d
- Page 98 and 99: DONATELLO GRIECO1 9 3 5Viagem de Vi
- Page 100 and 101: DONATELLO GRIECOprincipal de sua at
- Page 102 and 103: DONATELLO GRIECO1937, com coro de m
- Page 104 and 105: DONATELLO GRIECO1947, solista Hilda
- Page 106 and 107: DONATELLO GRIECOcom um brilho diver
- Page 108 and 109: DONATELLO GRIECOCanção da Imprens
- Page 110 and 111: DONATELLO GRIECONossa América, cor
- Page 112 and 113: DONATELLO GRIECOa Segunda Sinfonia,
- Page 114 and 115: DONATELLO GRIECOQuadrilha das Estre
- Page 116 and 117: DONATELLO GRIECOMadona (poema sinf
- Page 118 and 119:
DONATELLO GRIECOBrennan e H. Curran
- Page 120 and 121:
DONATELLO GRIECOHomenagem a Chopin,
- Page 122 and 123:
DONATELLO GRIECOcoração dos homen
- Page 124 and 125:
DONATELLO GRIECOao piano, José Bot
- Page 126 and 127:
DONATELLO GRIECOVilla-Lobos é semp
- Page 128 and 129:
DONATELLO GRIECOWagner assim se ref
- Page 130 and 131:
DONATELLO GRIECORoss, regente Villa
- Page 132 and 133:
DONATELLO GRIECOAlém de numerosas
- Page 134 and 135:
DONATELLO GRIECOTotal dos discos li
- Page 136 and 137:
DONATELLO GRIECOAVE MARIA n o 6, ca
- Page 138 and 139:
DONATELLO GRIECOCANTO DO NATAL, cor
- Page 140 and 141:
DONATELLO GRIECODOBRADO PITORESCO,
- Page 142 and 143:
DONATELLO GRIECOHISTÓRIA DE PIERRO
- Page 144 and 145:
DONATELLO GRIECOMINHA TERRA, arranj
- Page 146 and 147:
DONATELLO GRIECOPRO PACE, para band
- Page 148 and 149:
DONATELLO GRIECOSINFONIETA N o 1, o
- Page 150 and 151:
DONATELLO GRIECOVIRGEM (À), canto
- Page 152 and 153:
DONATELLO GRIECOBÉHAGUE, Gérard -
- Page 156:
FormatoMancha gráficaPapelFontes15