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Revista HUGV 2006 - Hospital Universitário Getúlio Vargas - Ufam

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MARCOS GIOVANNI SANTOS CARVALHO, CARLOS FREDERICO COELHO SAMPAIO, CIBELE TAVARES SOUZAdência indicando que o diafragma é o músculomais afetado da caixa torácica, 8 pela piora na relaçãocomprimento-tensão, diminuição na zonade aposição (constituindo apenas 40% da áreatotal do diafragma em pacientes com DPOC) ediminuição da sua curvatura (Equação deLaplace). 8,9 Outros fatores como: aumento no consumode oxigênio pelos músculos respiratórios,perda de massa muscular, fadiga muscular respiratória,fatores morfológicos e bioquímicos, usode esteróides e anormalidades na troca gasosa sãocondições que reduzem a eficiência e a forçamuscular inspiratória contribuindo para adispnéia e limitação ao exercício. 9Suporte Teórico para o Uso do TreinamentoMuscular Inspiratório na DPOCUma queixa comum dos pacientes comDPOC é a limitação à atividade física gerada peladispnéia, 2 definida como uma sensação subjetivade desconforto respiratório, que varia em intensidade,cuja origem é determinada por umaintegração complexa de múltiplos sinais aferentese eferentes, 10 refletindo um desequilíbrio entre acapacidade e a demanda ventilatória. Essadissociação neuromecânica pode explicar a contribuiçãoda disfunção muscular respiratória nagênese da dispnéia, que aumenta quando ofeedback aferente relatando mudanças na pressãointra-torácica, comprimento muscular respiratórioe movimento da parede torácica é interpretadocomo insuficiente para o correspondente comandomotor. 11A diminuição de atividades como uma estratégiade limitar a experiência de dispnéia, resultanteprimariamente da disfunção respiratória,leva a um estilo de vida sedentário, 9,11 comconseqüente descondicionamento dos músculosda deambulação, piorando a sensação dedispnéia, até que esta se torne um sintoma de incapacidadedos pacientes com DPOC durante asatividades de vida diária. 11 Baseando-se nisto éque o TMR tem ganhado relevância, pois, umavez que o desequilíbrio entre a capacidade e ademanda ventilatória é reduzido, uma melhorana eficiência dos músculos respiratórios produziriauma diminuição na dispnéia melhorando acapacidade de exercícios. 11Treinamento Muscular InspiratórioO conceito de treinar especificamente osmúsculos respiratórios veio a se desenvolver apartir de 1976, quando Leith e Bradley 12 mostraramaumento na força e endurance desses músculosapós o TMI em indivíduos saudáveis. Desdeentão, um número substancial de estudos envolvendoos efeitos de tal treinamento em várias desordens,incluindo a DPOC, tem sido publicado.De acordo com Reid e Samrai, 13 os princípiosgerais do treinamento, a saber: especificidade,sobrecarga e reversibilidade são os mesmos adotadospara a musculatura esquelética e os músculos darespiração podem ser treinados quanto à força,endurance ou ambas. Baseados nesses princípios,os programas de treinamento são designados paramelhorar a função muscular.Tipos de Treinamento Muscular InspiratórioTreinamento com Cargas de Baixa Pressão e Alto FluxoHiperventilação ou Hiperpnéia Normocápnicaou Isocápnica: Esta modalidade de TMR érealizada por meio de altos níveis de ventilaçãovoluntária, sem a adição de carga externa, 14 cujaintensidade do treinamento é marcada com umaporcentagem da Ventilação Voluntária Máxima, 5por um período de 15 minutos. 13 O equipamentoé constituído por uma escala visual (para que opaciente realize um nível adequado de ventilação)e o uso de um sistema de reinalação a fim demanter constante o nível de dióxido de carbonodurante a hiperventilação. 13,15 Em razão dessecomplexo e custoso equipamento, o uso deste treinamentotem sido reservado para estudoslaboratoriais, com poucos trabalhos relatando suautilização na prática clínica. 5,15revistahugvhugv – <strong>Revista</strong> do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v. 5. n. 1-2 jan./dez. – <strong>2006</strong>39

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