A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NA REABILITAÇÃO ESTÉTICA DO SORRISO PELA CIRURGIA PLÁSTICA PERIODONTAL: RELATO DE CASOFigura 3 – Traçado da altura da margem gengivalO seguinte passo do planejamento foi a demarcaçãodos zênites de cada dente para servir debase na confecção do guia cirúrgico (Fig. 4), sendoque os zênites dos elementos dentários 13, 11 e 21foram dispostos para a distal e dos elementos 12 e23 direcionou-se para a eixo axial dos respectivoselementos. Entretanto, é preconizado que o zênitedos CS seja deslocado para a distal, sendo que,neste relato de caso, o zênite do 23 foi deslocadopara sua linha média, pois em razão da ausênciado elemento 22, este se reposicionou no lugar doILS. A alteração do zênite do CS para ILS permitiua transformação do CS em ILS reabilitando apaciente para obtenção de um sorriso harmônicoe esteticamente aceitável.Após a seqüência do planejamento descrito,foi possível a realização da cirurgia plásticaperiodontal, proposta para a correção do sorrisogengival da paciente deste caso clínico.A técnica cirúrgica adotada foi degengivectomia com osteoplastia utilizando o retalhode Widman Modificado, sendo que o guiacirúrgico foi utilizado para a demarcação dospontos sangrantes. Em seguida, foram realizadasas incisões do retalho de Widman Modificadopara a remoção do colarinho gengival (Fig. 6 e 7).Subseqüentemente, o retalho total foi descoladoremovendo o tecido de granulação, o queviabilizou a remodelação do recontorno ósseo coma osteoplastia, a fim de promover o restabelecimentodo espaço biológico e conseqüentemente amelhoria da estética periodontal (Fig. 8).Figura 6 – Incisões do Retalhe de Widman ModificadoFigura 4 – Demarcação dos zênitesConforme as marcações realizadas, o guiacirúrgico foi confeccionado em resina compostafotopolimerizável, a qual foi colocada sobre assuperfícies dos dentes a serem cirurgicamente tratados(Fig. 5).Figura 7 – Remoção do colarinho gengivalFigura 5 – Confecção do guia cirúrgicoFigura 8 – Recontorno ósseo com aparecimento do LAC72revistahugvhugv – <strong>Revista</strong> do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v. 5. n. 1-2 jan./dez. – <strong>2006</strong>
LISSA YUKA M. SATO, NAIR PRISCILLA DA SILVA PAES, MIRIAM RAQUEL A. WESTPHAL, SAMUEL LUNGAREZE, FIKRIYE VIGA YURTSEVERConcluindo a cirurgia periodontal, depoisda devida irrigação com soro fisiológico e limpezada área cirúrgica, reposicionou-se o retalhopara a realização da sutura em colchoeiro verticale ponto simples na região das papilas (Fig. 9).Após 7 dias, foram retiradas as suturas e pôdeobservar-se o aspecto clínico final com areanatomização do CS em ILS (Fig. 10). As recomendaçõespós-operatórias dadas foram que apaciente deveria evitar a escovação na região daárea cirúrgica e somente fazer a higienização comdigluconato de clorexidina 0,12%.Figura 9 – Sutura em colchoeiro verticalFigura 10 – Aspecto clínico final com reanatomização do CS em ILSDISCUSSÃOCom a evolução das técnicas plásticas periodontaise o melhor entendimento dos aspectosligados à estética do sorriso, diversas alternativasestão disponíveis no arsenal terapêutico para contribuirnuma abordagem multidisciplinar do tratamentoodontológico. A obtenção do sucesso estéticorequer um planejamento criterioso que envolvaa avaliação detalhada de todos os fatoresque interfiram na harmonia e simetria dos elementosque compõe o sorriso 1 .Os planejamentos dos procedimentosodontológicos clínicos ou cirúrgicos devem serbaseados em evidências científicas comprovadasque irão promover o sucesso do tratamento 12 . Semantecipar potenciais falhas, qualquer expectativaalmejada e satisfação imediata do paciente sãolimitadas e ignora futuros acidentes que possamvir a ocorrer durante o trans- e pós-operatório dosprocedimentos. Baseado no modelo de gesso paraestudo, pôde fazer-se o criterioso planejamentoestético para a correção do sorriso gengival da paciente,sendo que o excesso gengival não causasomente problemas estéticos, mas também funcionais,como a proteção diminuída ao traumatismoda função mastigatória ou colaborando com adoença periodontal.Certos autores preconizam o planejamentoestético periodontal deve-se avaliar a forma,cor e disposição dos dentes anteriores e o seu relacionamentocom os tecidos moles que determinamo sorriso, conferindo um contexto de harmoniaem relação à face do paciente, além deavaliar a condição periodontal, biótipoperiodontal, linha do sorriso e exposição gengival,contorno e zênite gengival 1,3 . De acordo com apaciente do caso em questão, ela se enquadra nospadrões antiestéticos em relação ao contornogengival, pois, quando sorri, fica evidente maisde 3mm de gengiva caracterizando o sorrisogengival.A erupção passiva alterada é caracterizadapela presença de coroa clínica curta com umexcesso de gengiva que cobre parte da coroaanatômica, sendo que o diagnóstico pode realizar-severificando a distância entre a margemgengival e o limite amelocementário em relação àborda incisal, altura de gengiva queratinizada,localização da crista alveolar, posição dos dentes,situação do freio, nível de inserção clínica egrau de inflamação 5 . As características clínicas doperiodonto e dente da paciente eram condizentescom as características supracitados, o que nossugeriu o diagnóstico de erupção passiva alterada.A linha estética gengival pode ser defini-revistahugvhugv – <strong>Revista</strong> do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v. 5. n. 1-2 jan./dez. – <strong>2006</strong>73
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