16hipóteses ecológicas sobre porque esses organismos são tão diversos.As partículas do solo variam <strong>em</strong> tamanho, natureza e agregação <strong>em</strong>todas as dimensões (horizontal e vertical), fornecendo habitats inumeráveis parauma vasta <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> organismos. Assim, <strong>de</strong> acordo com Bongers e Ferris(1999), os organismos maiores viv<strong>em</strong> naturalmente nos canais do solo ou criamtúneis e câmaras, enquanto os organismos menores, incluindo os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, sãoprincipalmente aquáticos e viv<strong>em</strong> no filme <strong>de</strong> água entre as partículas <strong>de</strong> solo. O seutamanho permite o movimento pelos poros entre partículas ou entre agregados, s<strong>em</strong>ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> túnel.Rossi, Delaville e Quénéhervé, (1996) citam que dois componentessão <strong>de</strong>finidos no padrão <strong>de</strong> distribuição espacial <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s: um macro queocorre <strong>em</strong> escala generalizada <strong>de</strong> campo, afetado por variáveis ambientais e outromicro que ocorre <strong>em</strong> escala menor na forma <strong>de</strong> manchas, sendo relacionado ao ciclo<strong>de</strong> vida e estratégia <strong>de</strong> alimentação. As populações <strong>de</strong>sses organismos no ambientevariam <strong>em</strong> função do potencial biótico <strong>de</strong> cada espécie e das condições adversasfísicas e bióticas que o ambiente impõe (YEATES; BONGERS, 1999).2.1.1 Grupos tróficosOs n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s se estabeleceram próximos a <strong>de</strong>terminados nichosecológicos e se adaptaram aos diversos recursos alimentares do solo (WYSS, 2002)e a morfologia da região anterior e da cavida<strong>de</strong> bucal do n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong> está diretamenterelacionada ao seu hábito alimentar (GOULART, 2007). Assim, Yeates et al. (1993)propuseram a ocorrência <strong>de</strong> oito grupos <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s no solo, que seriam: a.Fitoparasitas ou fitófagos, aqueles que se alimentam <strong>de</strong> plantas vasculares; b.Fungívoros ou micófagos, os que têm como fonte <strong>de</strong> alimento hifas <strong>de</strong> fungossapr<strong>of</strong>íticos, penetrando-as com um pequeno estilete; c. Bacteriófagos, que têmcomo base alimentar qualquer fonte procariótica; d. Ingestores <strong>de</strong> substrato, queutilizam principalmente a ingestão <strong>de</strong> substrato on<strong>de</strong> há crescimento <strong>de</strong> bactérias,geralmente n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s marinhos; e. Carnívoros ou predadores, se alimentam <strong>de</strong>invertebrados do solo (protistas, rotíferos e outros n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s); f. Os que sealimentam <strong>de</strong> eucariotos unicelulares, como algas e diatomáceas; g. N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>sque apresentam estágios infectivos ou <strong>de</strong> dispersão como parasitas <strong>de</strong> animais(vertebrados e invertebrados) e que po<strong>de</strong>m ter um ciclo reprodutivo alimentar
17bacteriano ou fúngico no solo; h. Onívoros (uma combinação <strong>de</strong> a-f acima), masgeralmente aplicado a n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s da or<strong>de</strong>m Dorylaimida.A proposta para utilização <strong>de</strong>sses organismos <strong>em</strong> estudosecológicos no solo (YEATES et al., 1998; CARES, 2006; GOULART, 2007) é umreagrupamento, permanecendo cinco grupos tróficos básicos, a saber: fitófagos,fungívoros, bacteriófagos, predadores e onívoros, sendo os dois grupos maisabundantes os fitófagos e os bacteriófagos. A Tabela 1 apresenta os hábitosalimentares das or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s que ocorr<strong>em</strong> nos solos.N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fitoparasitas apresentam estilete estomatostilio,onquiostilio ou odontostilio. São os mais conhecidos e estudados <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> dosprejuízos que causam à agricultura, sendo também ecologicamente importantes,pois po<strong>de</strong>m consumir, <strong>em</strong> pastagens, <strong>de</strong> 7 a 10% da matéria seca ou 2 a 3% dasraízes (CURRY, 1994). Além da nutrição direta, os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fitoparasitasacarretam prejuízos às <strong>culturas</strong> por alterar<strong>em</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> água enutrientes e por interferir<strong>em</strong> <strong>em</strong> importantes processos biológicos, como aassociação micorrízica (ATILANO; MENGE; VAN GUNDY., 1981) e a nodulação porRhizobium sp. (MATTOS; HUANG; PIMENTEL, 2006).N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fungívoros também po<strong>de</strong>m apresentar estiletesrudimentares, que penetram <strong>em</strong> uma célula ou hifa e injetam enzimas para digestão(GOULART, 2007). Alguns gêneros, como Aphelenchoi<strong>de</strong>s, Ditylenchus e Tylenchusapresentam espécies fitoparasitas ou fungívoras, ficando a classificação relacionadaao hábito alimentar predominante e na ocorrência <strong>de</strong> uma planta hospe<strong>de</strong>ira(NEHER, 2001).Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s bacteriófagos apresentam cavida<strong>de</strong> bucal cilíndrica eestreita e uma forma <strong>de</strong> alimentação mais simples, através da ingestão <strong>de</strong> célulasbacterianas (CARES; HUANG, 2008a). Po<strong>de</strong>m afetar <strong>de</strong> forma indireta aprodutivida<strong>de</strong> das <strong>culturas</strong>, pois são importantes na regulação do nitrogênioinorgânico disponível a essas plantas, alimentando-se da biomassa microbiana combaixa relação C/N e po<strong>de</strong>m também disponibilizar o nitrogênio mineral (FERRIS;BONGERS; DE GOEDE, 2001). Além disso, alimentam-se indistintamente <strong>de</strong>bactérias benéficas, sapr<strong>of</strong>íticas e patogênicas (MATTOS; HUANG; PIMENTEL,2006), po<strong>de</strong>ndo reduzir significativamente populações <strong>de</strong>sses organismos no solo eincr<strong>em</strong>entar a mineralização (COLEMAN et al., 1991).Segundo Mattos et al. (1986) po<strong>de</strong>m, ainda, interferir na nodulação
- Page 2 and 3: GIOVANI DE OLIVEIRA ARIEIRADIVERSID
- Page 4 and 5: GIOVANI DE OLIVEIRA ARIEIRADIVERSID
- Page 6 and 7: AGRADECIMENTOSAgradeço primeiramen
- Page 8 and 9: What gets us into trouble is not wh
- Page 10 and 11: ARIEIRA, Giovani de Oliveira. Nemat
- Page 12 and 13: LISTA DE TABELASTabela 2.1 Hábitos
- Page 14 and 15: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 16 and 17: 14em sistemas agrícolas. São orga
- Page 20 and 21: 18de leguminosas por Rhizobium sp.,
- Page 22 and 23: 20crescimento microbiano; nematoide
- Page 24 and 25: 222.1.4 Nematoides de vida livreOs
- Page 26 and 27: 24b) DiversidadeUma primeira medida
- Page 28 and 29: 26baseado na sua taxa de reproduç
- Page 30 and 31: 28os valores c-p das famílias de n
- Page 32 and 33: 30BONGERS, 1999).Se a primeira etap
- Page 34 and 35: 32representam enriquecimento, estru
- Page 36 and 37: 342.2 MANEJO DOS SOLOSO solo é um
- Page 38 and 39: 36(SILVA et al., 2005).2.3.1 Prepar
- Page 40 and 41: 38crescente, tanto por parte dos pe
- Page 42 and 43: 40Stone e Silveira (2001) também a
- Page 44 and 45: 423. ARTIGO A: DIVERSIDADE TAXONÔM
- Page 46 and 47: 44abundances occurred in the topsoi
- Page 48 and 49: 46rotação de culturas incluindo c
- Page 50 and 51: 48perfil do solo é afetada pelo us
- Page 52 and 53: 50Tabela 3.2. Abundância relativa
- Page 54 and 55: 52Nas áreas de rotação, também
- Page 56 and 57: 54Entre as parcelas agrícolas, hou
- Page 58 and 59: 56no sistems DiCr em rotação de c
- Page 60 and 61: 58sistemas DiCr e Di, ambos em rota
- Page 62 and 63: 60em comparação à utilização d
- Page 64 and 65: 62Em relação aos efeitos dos cult
- Page 66 and 67: 64com baixa ocorrência de nematoid
- Page 68 and 69:
66do solo, assim como a disponibili
- Page 70 and 71:
68Tukey a 5% de significância foi
- Page 72 and 73:
70partir de 10cm. Isso pode ser jus
- Page 74 and 75:
72Considerando-se os índices utili
- Page 76 and 77:
74Tabela 4.4. Índice de Parasitas
- Page 78 and 79:
76Figura 4.2. Perfil faunal (EI X S
- Page 80 and 81:
78Figura 4.3. Análise de Component
- Page 82 and 83:
80Figura 4.4. Análise de Agrupamen
- Page 84 and 85:
825 CONCLUSÕES GERAISOs nematoides
- Page 86 and 87:
84BAUDER, J.W.; RANDAL, G.W.; SWAN,
- Page 88 and 89:
86DE GOEDE, R.G.M.; VAN DIJK, T.S.
- Page 90 and 91:
88GOSECO, C.G.; FERRIS, V.R.; FERRI
- Page 92 and 93:
90MANACHINI, B.; CORSINI, A.; BOCCH
- Page 95 and 96:
93STONE, L.F.; SILVEIRA, P.M. Efeit
- Page 97 and 98:
YEATES, G.W. Effects of plants on n
- Page 99 and 100:
97ANEXO AVegetaçãonativaParcelasa