28os valores c-p das famílias <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fitoparasitas envolvidas nesse cálculo.Bongers et al. (1995) <strong>de</strong>monstraram que sob certas condições o PPIe MI comportam-se <strong>de</strong> maneira oposta, sugerindo que um aumento na relaçãoPPI/MI po<strong>de</strong>ria refletir um enriquecimento do ecossist<strong>em</strong>a. O PPI ten<strong>de</strong> a respon<strong>de</strong>rao enriquecimento ambiental <strong>de</strong> forma inversa ao MI. Um índice agregado que incluios fitoparasitos no cálculo do MI não po<strong>de</strong>ria refletir claramente uma perturbaçãoambiental.Tabela 2.3. Famílias <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s parasitas <strong>de</strong> plantas e valores c-p, usados nocálculo do índice <strong>de</strong> parasitas <strong>de</strong> plantas (PPI).c-p 2 c-p 3 c-p 4 c-p 5Anguinidae Cricon<strong>em</strong>atidae Trichodoridae LongidoridaeEephyadophoridae DolichodoridaePratylenchidae H<strong>em</strong>icycliophoridaePsilenchidae Hetero<strong>de</strong>ridaeTylenchidae HoplolaimidaeTylodoridae ParatylenchidaeAdaptado <strong>de</strong> Bongers (1990) e Goulart (2007).As espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s oportunistas aumentam, <strong>em</strong> número,mais rapidamente que as espécies persistentes <strong>em</strong> resposta ao aumento naativida<strong>de</strong> microbiana causada pela adição <strong>de</strong> matéria orgânica. O aumento nosnúmeros <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s c-p 1 foi evi<strong>de</strong>nte quatro dias <strong>de</strong>pois que esterco foiacrescentado ao solo, tornando-se dominantes na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> duas outrês s<strong>em</strong>anas. Durante as s<strong>em</strong>anas seguintes, n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s c-p 1 diminuíram e asespécies c-p 2 passaram a ser dominantes (ETTEMA; BONGERS, 1993).Em ecossist<strong>em</strong>as agrícolas, o MI é usado para diferenciar manejos<strong>de</strong> lavoura. A frequência <strong>de</strong> perturbação do solo está inversamente relacionada àmagnitu<strong>de</strong> do MI, mas positivamente correlacionada com o PPI (FRECKMAN;ETTEMA, 1993). O enriquecimento do solo estimula a ativida<strong>de</strong> microbiana e suasubsequente sucessão, que é refletida <strong>em</strong> uma redução inicial no MI seguido peloseu aumento gradual. Também aumenta a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> alimentosdas plantas para os fitoparasitas, resultando <strong>em</strong> níveis mais altos do PPI. PPI, MI e a
29proporção dos dois são medidas valiosas para avaliar o estado do ecossist<strong>em</strong>a(PORAZINSKA et al., 1988; FERRIS; VENETTE; LAU, 1996; BONGERS; VAN DERMEULLEN; KORTHALS, 1997).A poluição do solo induz a uma mudança na estrutura <strong>de</strong>comunida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> direção à dominância por espécies oportunistas. Para n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s,o MI diminui <strong>em</strong> consequência do <strong>de</strong>saparecimento dos taxons que são mais altosna escala c-p (KORTHALS et al., 1996a). Esses taxons, compostos principalmente<strong>de</strong> predadores e onívoros, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penham importante papel <strong>de</strong> regulação na ca<strong>de</strong>iaalimentar do solo. Sob condições <strong>de</strong> luz para mo<strong>de</strong>rar a poluição, a abundância <strong>de</strong>espécies sensíveis é reduzida, ao passo que a abundância das espécies tolerantesnão é afetada ou, até mesmo, po<strong>de</strong> aumentar. Contudo, até as espécies tolerantesdiminu<strong>em</strong> <strong>em</strong> condições muito poluídas, por causa <strong>de</strong> efeitos tóxicos ou <strong>de</strong>vido àredução na ativida<strong>de</strong> microbiana (KORTHALS et al., 1996b).Dois tipos <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s oportunistas po<strong>de</strong>m ser distinguidos: osoportunistas <strong>de</strong> enriquecimento e os oportunistas gerais. Os oportunistas <strong>de</strong>enriquecimento colonizam <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> enriquecimento e são classificadoscomo c-p 1, enquanto os oportunistas gerais são classificados como c-p 2 (NEHER;CAMPBELL, 1994). A resposta dos oportunistas ao enriquecimento sugere cálculosalternativos do MI. Uma omissão dos oportunistas <strong>de</strong> enriquecimento (c-p 1), se o MIé uma medida da poluição/estresse induzido <strong>em</strong> condições enriquecidas, apresentasecomo uma medida mais confiável.Há várias explicações possíveis para os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s persistentesser<strong>em</strong> mais sensíveis à poluição que os colonizadores, entre elas: efeitoscumulativos <strong>em</strong> espécies duradouras, alta variabilida<strong>de</strong> genética dos oportunistasque aceleram a seleção <strong>de</strong> genótipos tolerantes e recuperação rápida dosoportunistas durante as flutuações <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> estresse. A toxicida<strong>de</strong> aguda éaltamente correlacionada com a avaliação <strong>de</strong> c-p, sugerindo que o efeito <strong>de</strong>poluentes não afeta apenas o potencial reprodutivo (KOTHALS et al., 1996a).Cada indivíduo <strong>em</strong> uma sucessão vegetal pertence a umacomunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s característica, que reflete as características bióticas eabióticas <strong>de</strong> cada estágio e influi nessa sucessão (VAN DER PUTTEN; VAN DIJK;PETERS, 1993). Se a n<strong>em</strong>at<strong>of</strong>auna <strong>de</strong> duas etapas sucessivas estáveisdiferenciam-se no seu MI, ela é provavelmente um resultado <strong>de</strong> diferenças naecologia da rizosfera, posição dos nutrientes no solo, pH ou poluição (YEATES;
- Page 2 and 3: GIOVANI DE OLIVEIRA ARIEIRADIVERSID
- Page 4 and 5: GIOVANI DE OLIVEIRA ARIEIRADIVERSID
- Page 6 and 7: AGRADECIMENTOSAgradeço primeiramen
- Page 8 and 9: What gets us into trouble is not wh
- Page 10 and 11: ARIEIRA, Giovani de Oliveira. Nemat
- Page 12 and 13: LISTA DE TABELASTabela 2.1 Hábitos
- Page 14 and 15: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 16 and 17: 14em sistemas agrícolas. São orga
- Page 18 and 19: 16hipóteses ecológicas sobre porq
- Page 20 and 21: 18de leguminosas por Rhizobium sp.,
- Page 22 and 23: 20crescimento microbiano; nematoide
- Page 24 and 25: 222.1.4 Nematoides de vida livreOs
- Page 26 and 27: 24b) DiversidadeUma primeira medida
- Page 28 and 29: 26baseado na sua taxa de reproduç
- Page 32 and 33: 30BONGERS, 1999).Se a primeira etap
- Page 34 and 35: 32representam enriquecimento, estru
- Page 36 and 37: 342.2 MANEJO DOS SOLOSO solo é um
- Page 38 and 39: 36(SILVA et al., 2005).2.3.1 Prepar
- Page 40 and 41: 38crescente, tanto por parte dos pe
- Page 42 and 43: 40Stone e Silveira (2001) também a
- Page 44 and 45: 423. ARTIGO A: DIVERSIDADE TAXONÔM
- Page 46 and 47: 44abundances occurred in the topsoi
- Page 48 and 49: 46rotação de culturas incluindo c
- Page 50 and 51: 48perfil do solo é afetada pelo us
- Page 52 and 53: 50Tabela 3.2. Abundância relativa
- Page 54 and 55: 52Nas áreas de rotação, também
- Page 56 and 57: 54Entre as parcelas agrícolas, hou
- Page 58 and 59: 56no sistems DiCr em rotação de c
- Page 60 and 61: 58sistemas DiCr e Di, ambos em rota
- Page 62 and 63: 60em comparação à utilização d
- Page 64 and 65: 62Em relação aos efeitos dos cult
- Page 66 and 67: 64com baixa ocorrência de nematoid
- Page 68 and 69: 66do solo, assim como a disponibili
- Page 70 and 71: 68Tukey a 5% de significância foi
- Page 72 and 73: 70partir de 10cm. Isso pode ser jus
- Page 74 and 75: 72Considerando-se os índices utili
- Page 76 and 77: 74Tabela 4.4. Índice de Parasitas
- Page 78 and 79: 76Figura 4.2. Perfil faunal (EI X S
- Page 80 and 81:
78Figura 4.3. Análise de Component
- Page 82 and 83:
80Figura 4.4. Análise de Agrupamen
- Page 84 and 85:
825 CONCLUSÕES GERAISOs nematoides
- Page 86 and 87:
84BAUDER, J.W.; RANDAL, G.W.; SWAN,
- Page 88 and 89:
86DE GOEDE, R.G.M.; VAN DIJK, T.S.
- Page 90 and 91:
88GOSECO, C.G.; FERRIS, V.R.; FERRI
- Page 92 and 93:
90MANACHINI, B.; CORSINI, A.; BOCCH
- Page 95 and 96:
93STONE, L.F.; SILVEIRA, P.M. Efeit
- Page 97 and 98:
YEATES, G.W. Effects of plants on n
- Page 99 and 100:
97ANEXO AVegetaçãonativaParcelasa