46rotação <strong>de</strong> <strong>culturas</strong> incluindo <strong>culturas</strong> <strong>de</strong> grãos [soja, milho (Zea mays) e trigo] e <strong>de</strong>cobertura e adubação ver<strong>de</strong> [tr<strong>em</strong>oço (Lupinus albus), nabo forrageiro (Raphanussativus) e aveia preta (Avena strigosa)]. Os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> manejo do solo <strong>de</strong> sol<strong>of</strong>oram: (1) sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura direta, (2) sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura direta comutilização <strong>de</strong> cruzador a cada três anos, (3) preparo com cruzador anualmente, (4)preparo convencional do solo com arado <strong>de</strong> discos e (5) preparo convencional comgra<strong>de</strong> pesada. As parcelas eram constituídas <strong>de</strong> 50m <strong>de</strong> comprimento por 8m <strong>de</strong>largura.As amostragens foram realizadas logo após a colheita da soja, <strong>em</strong>março <strong>de</strong> 2011, com base <strong>em</strong> alterações na metodologia proposta por An<strong>de</strong>rson eIngram (1993), coletando-se três subamostras <strong>de</strong> solo para cada condição a cada10cm até a pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30cm, formando uma amostra composta <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong>1500cm 3 <strong>em</strong> cada parcela experimental. As amostragens na área <strong>de</strong> florestaseguiram a mesma metodologia, coletando-se, aleatoriamente, <strong>em</strong> quatro pontosdistantes pelo menos 50m.Durante as amostragens, o solo foi mantido <strong>em</strong> bal<strong>de</strong>s e,posteriormente, transferidos para sacos plásticos i<strong>de</strong>ntificados e enviados aolaboratório <strong>de</strong> Fitopatologia do Departamento <strong>de</strong> Agronomia da Universida<strong>de</strong>Estadual <strong>de</strong> Londrina, on<strong>de</strong> foram mantidas <strong>em</strong> gela<strong>de</strong>ira a 4 o C, até oprocessamento do mesmo.Para extração dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, 100cm 3 <strong>de</strong> solo foram suspensos <strong>em</strong>2L <strong>de</strong> água e homogeneizados, com posterior passag<strong>em</strong> <strong>em</strong> peneiras <strong>de</strong> aberturasconsecutivas <strong>de</strong> 0,84mm, 0,075mm e 0,025 mm, seguida da clarificação por meio dométodo <strong>de</strong> flotação centrífuga <strong>em</strong> solução <strong>de</strong> sacarose (JENKINS, 1964) econservação <strong>em</strong> solução <strong>de</strong> formalina (formal<strong>de</strong>ído a 4%). Para <strong>de</strong>terminar aabundância <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s nas amostras, o número total foi estimado pela contag<strong>em</strong><strong>em</strong> câmara <strong>de</strong> Peters sob microscópio ótico, avaliando-se 1 mL da suspensão comos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s extraídos.Após essa contag<strong>em</strong>, i<strong>de</strong>ntificou-se, aleatoriamente, 200 indivíduosaté o nível <strong>de</strong> gênero, <strong>de</strong> acordo com Goseco, Ferris e Ferris (1974a,b), Bongers(1987), Fortuner et al. (1988) e De Ley e Blaxter (2002). Após a i<strong>de</strong>ntificação econtag<strong>em</strong> dos taxons, as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s foram caracterizadas pelosseguintes parâmetros ecológicos: a. Abundância: abundância total (número total <strong>de</strong>n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>em</strong> 100cm 3 <strong>de</strong> solo) e abundância relativa (percentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> cada gênero
47sobre a abundância total); b. Diversida<strong>de</strong>: número <strong>de</strong> gêneros, índice <strong>de</strong> Shannon-Weaver (H’), índice <strong>de</strong> equitativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Shannon-Weaver (J’), índice <strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong>Margalef (SR) e índice <strong>de</strong> dominância <strong>de</strong> Simpson (Ds), como preconizado porYeates e Bongers (1999).Os dados foram submetidos à análise <strong>de</strong> variância (ANOVA) para<strong>de</strong>tectar diferenças significativas entre os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> manejo do solo, os sist<strong>em</strong>as<strong>de</strong> <strong>culturas</strong> e as interações entre os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>culturas</strong> e manejo do solo. Asmédias foram comparadas pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 5% <strong>de</strong> significância.RESULTADOS E DISCUSSÃOForam i<strong>de</strong>ntificados 33 gêneros distintos <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, n<strong>em</strong> todosocorrendo <strong>em</strong> todas as áreas e pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>s, pertencentes a 16 famílias distintas,a saber: Alaimidae, Aphelenchidae, Aphelenchoididae, Cephalobidae,Cricon<strong>em</strong>atidae, Dorylaimidae, Hoplolaimidae, Ironidae, Monhysteridae,Mononchidae, Nygolaimidae, Panagrolaimidae, Plectidae, Prismatolaimidae,Rhabditidae, Tylenchidae. As tabelas 3.1, 3.2 e 3.3 apresentam as abundânciasrelativas dos gêneros nas áreas agrícolas e <strong>de</strong> floresta.Consi<strong>de</strong>rando-se os quatro gêneros dominantes <strong>em</strong> cada área,estes correspon<strong>de</strong>m a mais <strong>de</strong> 50% da comunida<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>.O gênero Helicotylenchus foi dominante <strong>em</strong> todas as áreas avaliadas, com exceçãoda floresta abaixo <strong>de</strong> 10cm. Altas populações <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s do gêneroHelicotylenchus já foram verificados <strong>em</strong> outros trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos no Brasil(TOMAZINI; FERRAZ; MONTEIRO, 2008a; RODRIGUES et al., 2011), mesmo nascomunida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong> vegetação nativa (SANTIAGO et al., 2012).Houve na floresta altas populações dos gêneros Cricon<strong>em</strong>oi<strong>de</strong>s eDiscocrin<strong>em</strong>ella <strong>em</strong> todas as pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>s, Acrobeles (0-10cm), Acrobeloi<strong>de</strong>s (10-20cm) e Plectus (20-30cm). Já nos sist<strong>em</strong>as agrícolas, foi possível observar umatendência <strong>de</strong> dominância <strong>de</strong> gêneros relacionada ao sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>culturas</strong> <strong>em</strong>pregado,principlamente nas áreas sob rotação. Na maioria <strong>de</strong>ssas áreas, os gênerosAlaimus, Aphelenchus e Prodorylaimus foram dominantes até 10cm, Cephalobus,Mesorhabditis, Panagrolaimus e Rhabditis na camada <strong>de</strong> 10-20cm e Acrobeloi<strong>de</strong>s eChiloplacus abaixo <strong>de</strong> 20cm.A distribuição dos grupos dominantes <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s ao longo do
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- Page 92 and 93: 90MANACHINI, B.; CORSINI, A.; BOCCH
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97ANEXO AVegetaçãonativaParcelasa