70partir <strong>de</strong> 10cm. Isso po<strong>de</strong> ser justificado pelo fato <strong>de</strong> que fragmentos florestaispequenos po<strong>de</strong>m apresentar algumas respostas das comunida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong>elhantes aáreas agrícolas (LOPEZ-FANDO; BELLO, 1995; SANTIAGO et al., 2012). Por outrolado, Pen-Mouratov, He e Steinberger (2004) e Meng et al. (2006) verificaram umaconcentração <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s bacteriófagos até 10cm <strong>de</strong> pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>.N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fungívoros tiveram um peso maior nas comunida<strong>de</strong>s nacamada <strong>de</strong> 0-10cm, principalmente nas áreas sob rotação <strong>de</strong> <strong>culturas</strong>. Este grupo <strong>de</strong>n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s é favorecido <strong>em</strong> áreas que possu<strong>em</strong> resíduos ricos <strong>em</strong> celulose e comuma relação C/N mais elevada (FERRIS; BONGERS; DE GOEDE, 2001;GEORGIEVA et al., 2005), que po<strong>de</strong> ter relação com essa concentração superficial<strong>em</strong> áreas com resíduos dos adubos ver<strong>de</strong>s.Entretanto, mesmo na floresta, on<strong>de</strong> ocorre <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> folhas eoutros resíduos, a população <strong>de</strong> fungívoros se manteve baixa <strong>em</strong> todas aspr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>s, que po<strong>de</strong> ser explicado pelo fato <strong>de</strong> que n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fungívoros ebacteriófagos po<strong>de</strong>m se correlacionar negativamente (WARDLE et al., 1999).Overstreet, Hoyt e Imbriani (2010) também relataram uma baixa ocorrência <strong>de</strong>n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fungívoros <strong>em</strong> diversos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> manejo do solo.Baixas populações <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s carnívoros e onívoros já foramrelatadas <strong>em</strong> diversos trabalhos, principalmente <strong>em</strong> áreas submetidas ao cultivoagrícola (NEHER; CAMPBELL, 1994; GOULART; FERRAZ, 2003; TOMAZINI;FERRAZ; MONTEIRO, 2008 a;b; RODRIGUES et al., 2011), por estar<strong>em</strong>relacionados à intervenção antrópica e pelas práticas agrícolas contínuas (GOMES;HUANG; CARES, 2003). Entretanto, no presente estudo, essas populações s<strong>em</strong>antiveram baixas inclusive na folresta, o que <strong>de</strong>nota um distúrbio mesmo nafloresta, pelo tamanho reduzido do fragmento.Quanto à <strong>diversida<strong>de</strong></strong> trófica (TD, Tabela 4.1), as parcelas agrícolasse ass<strong>em</strong>elharam à floresta <strong>em</strong> todas as pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>s. Em relação às diferençasentre as parcelas agrícolas houve efeito do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>culturas</strong> até 20cm e efeitodos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> manejo e interação entre os fatores <strong>em</strong> todas as pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong>s.Na camada <strong>de</strong> 0-10cm a maior <strong>diversida<strong>de</strong></strong> trófica foi verificada naárea manejada com arado <strong>de</strong> discos <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> sucessão <strong>de</strong> <strong>culturas</strong>. Osmenores valores <strong>de</strong> <strong>diversida<strong>de</strong></strong> trófica foram obtidos na área manejada com gra<strong>de</strong>pesada <strong>em</strong> sucessão soja/trigo e nas áreas <strong>em</strong> rotação manejadas com arado <strong>de</strong>discos, cruzador e sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura direta (isoladamente ou <strong>em</strong> conjunto). Na
71camada <strong>de</strong> 10-20cm os maiores valores foram observados nos manejos <strong>em</strong>sucessão e rotação <strong>em</strong> s<strong>em</strong>adura direta e cruzador. Já <strong>de</strong> 20-30cm os maioresvalores foram observados na sucessão manejada com DiCr e rotação manejadascom Cr ou Di, ao passo que os menores valores foram obtidos na área manejadacom arado <strong>de</strong> discos <strong>em</strong> sucessão. Lenz e Eisenbeis (2000) verificaram que o índice<strong>de</strong> <strong>diversida<strong>de</strong></strong> trófica n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é usual para indicar distúrbios, pois muitas vezesáreas com diferentes níveis <strong>de</strong> distúrbio po<strong>de</strong>m apresentar valores s<strong>em</strong>elhantes.Tabela 4.1. Diversida<strong>de</strong> trófica (TD) <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>em</strong> áreassubmetidas a diferentes sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>culturas</strong> e manejo do solo ou sob floresta.0 - 10 cmCulturaManejoAd Gp Cr DiCr Di MédiaFlorestaSucessão 1,766 Bb 2,248 Aa 2,624 Ab 2,356 Ab 2,544 Ab 2,307 bRotação 3,284 Aa 2,001 Ba 3,368 Aa 3,528 Aa 3,118 Aa 3,059 aMédia 2,525 B 2,124 C 2,996 A 2,942 A 2,831 A2,549Cultura10 - 20 cmManejoAd Gp Cr DiCr Di MédiaFlorestaSucessão 2,752 Aa 2,652 Aa 2,568 Aa 2,356 Aa 2,358 Aa 2,564 aRotação 2,300 ABb 2,346 ABb 2,704 Aa 2,382 ABa 2,170 Ba 2,353 bMédia 2,526 AB 2,499 AB 2,636 A 2,369 AB 2,264 B2,671Cultura20 - 30 cmManejoAd Gp Cr DiCr Di MédiaFlorestaSucessão 1,946 Ca 2,472 ABa 2,572 ABa 2,784 Aa 2,112 BCb 2,377 aRotação 2,002 Ca 2,186 BCa 2,754 Aa 2,566 ABa 3,032 Aa 2,508 a2,113Média 1,974 C 2,329 B 2,663 AB 2,675 A 2,572 ABMédias seguidas da mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não difer<strong>em</strong> entre si peloteste <strong>de</strong> Tukey a 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>. Gp: gra<strong>de</strong> pesada; Ad: arado <strong>de</strong> discos; Cr: cruzador; Di:sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> s<strong>em</strong>eadura direta.
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- Page 92 and 93: 90MANACHINI, B.; CORSINI, A.; BOCCH
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- Page 99 and 100: 97ANEXO AVegetaçãonativaParcelasa