342.2 MANEJO DOS SOLOSO solo é um recurso natural, vital para o funcionamento <strong>de</strong> todo oecossist<strong>em</strong>a terrestre sendo composto por minerais inorgânicos, partículas <strong>de</strong> areia,silte e argila, formas estáveis da matéria orgânica <strong>de</strong>rivadas da <strong>de</strong>composição pelabiota do solo, a própria biota e gases (DORAN; SARRANTONIO; LIEBIG, 1996).Dessa forma, o solo <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado como um ecossist<strong>em</strong>a complexo edinâmico (CASTRO et al., 1993), hábitat <strong>de</strong> diversos organismos.A conversão <strong>de</strong> ecossist<strong>em</strong>as naturais <strong>em</strong> ecossist<strong>em</strong>as agrícolas(agroecossist<strong>em</strong>as), com substituição da vegetação nativa por cultivos agrícolas,leva a diversas alterações. Tal conversão envolve uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s queafetam as taxas <strong>de</strong> adição e <strong>de</strong>composição da matéria orgânica do solo (ZINN; LAL;RESCK, 2005) com redução dos estoques <strong>de</strong> carbono orgânico (RANGEL; SILVA,2007), alterações na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e <strong>diversida<strong>de</strong></strong> dos organismos (LIMA; LIMA,BERBARA, 2006; ARAÚJO; MONTEIRO, 2007), nas características físico-hídricasdo solo e no crescimento <strong>de</strong> raízes (STONE; SILVEIRA, 1999).Assim, a ciclag<strong>em</strong> <strong>de</strong> carbono <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminado ecossist<strong>em</strong>a éalterada <strong>em</strong> função <strong>de</strong>ssa transição. Em ecossist<strong>em</strong>as naturais a ciclag<strong>em</strong> docarbono é <strong>de</strong>terminada pelos fatores <strong>de</strong> formação do solo, influenciando o aporte <strong>de</strong>resíduos e as saídas <strong>de</strong> carbono (STEVENSON, 1994). Já <strong>em</strong> agroecossist<strong>em</strong>as,<strong>em</strong> função da produção diferenciada <strong>de</strong> resíduos, do número <strong>de</strong> cultivos, dasespécies vegetais, da adubação, dos procedimentos <strong>de</strong> colheita, dos métodosadotados <strong>de</strong> preparo do solo e do manejo dos restos culturais essa dinâmica éalterada (LAL; BRUCE, 1999; RANGEL; SILVA, 2007).Além disso, as transformações microbianas, b<strong>em</strong> como suasreações químicas po<strong>de</strong>m ser alteradas s<strong>em</strong>pre que um ecossist<strong>em</strong>a s<strong>of</strong>re algum tipo<strong>de</strong> interferência (CASTRO et al., 1993)Segundo Tavares Filho et al. (2001), a finalida<strong>de</strong> dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong>manejo <strong>de</strong> solos é criar condições favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>culturas</strong>.Entretanto, haverá modificações qualitativas e quantitativas diferenciadas naconstituição do solo (CASTRO et al., 1993), sendo as proprieda<strong>de</strong>s físicas as maisafetadas (CENTURION; CARDOSO; NATALE, 2001).Assim, a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do solo, fort<strong>em</strong>ente relacionada com suascaracterísticas intrínsecas (teor <strong>de</strong> argila e matéria orgânica) e a estrutura do solo
35são altamente afetadas pelo manejo do solo (CORRECHEL; SILVA; TORMENA,1999).O uso intensivo do solo po<strong>de</strong> predispor a formação <strong>de</strong> camadascompactadas, à redução da estabilida<strong>de</strong> dos agregados e ao aparecimento, <strong>em</strong>maior número, <strong>de</strong> microporos, aumentando a propensão à perda <strong>de</strong> solo(CARVALHO et al., 2004).O uso incorreto <strong>de</strong> máquinas e equipamentos agrícolas po<strong>de</strong> levar àformação <strong>de</strong> uma camada subsuperficial compactada, causando <strong>de</strong>gradação daestrutura do solo e <strong>de</strong>créscimo da produtivida<strong>de</strong> das <strong>culturas</strong>. A compactação dosolo está relacionada a reduções da porosida<strong>de</strong> e da infiltração <strong>de</strong> água e aoaumento da resistência à penetração <strong>de</strong> raízes, com efeitos sobre sua distribuição <strong>em</strong>orfologia (SILVA; ROSOLEM, 2002; CARVALHO et al., 2004).Além disso, os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> manejo dos solos, quando mal utilizados,po<strong>de</strong>m agravar as perdas <strong>de</strong> solo, água, nutrientes e matéria orgânica por erosãohídrica, acarretando <strong>em</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> agroecossist<strong>em</strong>as (HERNANI; KURIHARA;SILVA, 1999).2.3 PREPARO DOS SOLOSOs solos agrícolas funcionam como um sist<strong>em</strong>a que retém etransmite água, ar, nutrientes e calor às s<strong>em</strong>entes e plantas, <strong>de</strong> maneira que éfundamental um ambiente físico favorável ao crescimento radicular, para maximizara produção das <strong>culturas</strong> (TORMENA et al., 2002). Dessa forma, o preparo do solot<strong>em</strong> como objetivo principal melhorar as proprieda<strong>de</strong>s químicas, físicas e biológicasdo solo, visando aumentar seu potencial produtivo (CARVALHO et al., 2004).Entretanto, as condições <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> durante o preparo, o teor <strong>de</strong>argila e <strong>de</strong> matéria orgânica do solo, a pr<strong>of</strong>undida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização, a intensida<strong>de</strong><strong>de</strong> revolvimento, o tipo <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>ento utilizado e o manejo dos resíduos vegetaispo<strong>de</strong>m levar a modificações na estrutura do solo, acarretando restrições aocrescimento das raízes (CENTURION; DEMATTE, 1992; DE MARIA; CASTRO;SOUZA DIAS, 1999).O tipo <strong>de</strong> preparo influencia a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do solo (CORRECHEL;SILVA; TORMENA, 1999), sendo esta relacionada negativamente com a porosida<strong>de</strong><strong>de</strong> aeração e positivamente com a resistência do solo à penetração das raízes
- Page 2 and 3: GIOVANI DE OLIVEIRA ARIEIRADIVERSID
- Page 4 and 5: GIOVANI DE OLIVEIRA ARIEIRADIVERSID
- Page 6 and 7: AGRADECIMENTOSAgradeço primeiramen
- Page 8 and 9: What gets us into trouble is not wh
- Page 10 and 11: ARIEIRA, Giovani de Oliveira. Nemat
- Page 12 and 13: LISTA DE TABELASTabela 2.1 Hábitos
- Page 14 and 15: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 16 and 17: 14em sistemas agrícolas. São orga
- Page 18 and 19: 16hipóteses ecológicas sobre porq
- Page 20 and 21: 18de leguminosas por Rhizobium sp.,
- Page 22 and 23: 20crescimento microbiano; nematoide
- Page 24 and 25: 222.1.4 Nematoides de vida livreOs
- Page 26 and 27: 24b) DiversidadeUma primeira medida
- Page 28 and 29: 26baseado na sua taxa de reproduç
- Page 30 and 31: 28os valores c-p das famílias de n
- Page 32 and 33: 30BONGERS, 1999).Se a primeira etap
- Page 34 and 35: 32representam enriquecimento, estru
- Page 38 and 39: 36(SILVA et al., 2005).2.3.1 Prepar
- Page 40 and 41: 38crescente, tanto por parte dos pe
- Page 42 and 43: 40Stone e Silveira (2001) também a
- Page 44 and 45: 423. ARTIGO A: DIVERSIDADE TAXONÔM
- Page 46 and 47: 44abundances occurred in the topsoi
- Page 48 and 49: 46rotação de culturas incluindo c
- Page 50 and 51: 48perfil do solo é afetada pelo us
- Page 52 and 53: 50Tabela 3.2. Abundância relativa
- Page 54 and 55: 52Nas áreas de rotação, também
- Page 56 and 57: 54Entre as parcelas agrícolas, hou
- Page 58 and 59: 56no sistems DiCr em rotação de c
- Page 60 and 61: 58sistemas DiCr e Di, ambos em rota
- Page 62 and 63: 60em comparação à utilização d
- Page 64 and 65: 62Em relação aos efeitos dos cult
- Page 66 and 67: 64com baixa ocorrência de nematoid
- Page 68 and 69: 66do solo, assim como a disponibili
- Page 70 and 71: 68Tukey a 5% de significância foi
- Page 72 and 73: 70partir de 10cm. Isso pode ser jus
- Page 74 and 75: 72Considerando-se os índices utili
- Page 76 and 77: 74Tabela 4.4. Índice de Parasitas
- Page 78 and 79: 76Figura 4.2. Perfil faunal (EI X S
- Page 80 and 81: 78Figura 4.3. Análise de Component
- Page 82 and 83: 80Figura 4.4. Análise de Agrupamen
- Page 84 and 85: 825 CONCLUSÕES GERAISOs nematoides
- Page 86 and 87:
84BAUDER, J.W.; RANDAL, G.W.; SWAN,
- Page 88 and 89:
86DE GOEDE, R.G.M.; VAN DIJK, T.S.
- Page 90 and 91:
88GOSECO, C.G.; FERRIS, V.R.; FERRI
- Page 92 and 93:
90MANACHINI, B.; CORSINI, A.; BOCCH
- Page 95 and 96:
93STONE, L.F.; SILVEIRA, P.M. Efeit
- Page 97 and 98:
YEATES, G.W. Effects of plants on n
- Page 99 and 100:
97ANEXO AVegetaçãonativaParcelasa