12.07.2015 Views

Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...

Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...

Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

98conseqüência <strong>da</strong> primeira) e o surgimento <strong>de</strong> novos sujeitos e espaços educativos, os quaissolicitam uma visão plural <strong>de</strong> educação, a partir <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem interativa. O Curso <strong>de</strong>Pe<strong>da</strong>gogia ofertado pela UNICENTRO, no campus <strong>de</strong> Guarapuava e campi avançados <strong>de</strong>Chopinzinho, Laranjeiras do Sul e Pitanga, aten<strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong>s regiões Centro-Oeste eCentro-Sul do Paraná, com ou sem experiência docente nos diversos níveis <strong>de</strong> ensino.Finalmente, vale mencionar que “Pe<strong>da</strong>gogia e Compromisso Político” foi o tema <strong>da</strong>XI Semana <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia, <strong>da</strong> UNICENTRO, campus <strong>de</strong> Guarapuava em 2003,aprofun<strong>da</strong>ndo as discussões que vinham ocorrendo nos grupos <strong>de</strong> Fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong>Educação, <strong>de</strong> Didática e Prática <strong>de</strong> Ensino, e Habilitações. Portanto, como resultados dosestudos e discussões surgiu a proposta em apreço para o curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia em nossocampus.No que diz respeito à fun<strong>da</strong>mentação teórica, buscou-se na literatura atual,pressupostos que aten<strong>da</strong>m às expectativas nesse período <strong>de</strong> transição que a Educaçãoestá enfrentando, em especial, em relação ao curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICASegundo FULLAT (1994), o campo <strong>da</strong> Educação é marcado pela imprecisãosemântica, o que caracteriza as humani<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma geral. Talvez o termo“competências” seja o que mais suscita discussões entre pe<strong>da</strong>gogos e outros profissionaisque se ocupam <strong>da</strong> pesquisa e <strong>da</strong> crítica em Educação. ROPÉ e TANGUY (1997), aopesquisarem o uso <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> competências na escola e na empresa, afirmam que essanoção “ten<strong>de</strong> a substituir outras noções que prevaleciam anteriormente como as dossaberes e conhecimentos na esfera educativa, ou a <strong>de</strong> qualificação na esfera do trabalho.Essas noções nem por isso <strong>de</strong>sapareceram, mas per<strong>de</strong>ram sua posição central e,associa<strong>da</strong>s a competências, sugerem outras conotações.” (p. 16) Essas pesquisadorasevocam NISBET, para quem “as palavras são testemunhos muitas vezes mais bemcompreendidos do que os documentos, comportam múltiplas implicações e estãoassocia<strong>da</strong>s a escolhas partidárias”. (NISBET apud ROPÉ e TANGUY, 1997, p. 17) Assim,um posicionamento sobre o termo-chave dos objetivos educacionais formalizados pelaquase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições educadoras <strong>de</strong> todos os níveis – no mais <strong>da</strong>s vezes soborientação <strong>de</strong> instâncias mantenedoras e seguindo referencial teórico atual e propalado –não <strong>de</strong>ve ter como critério apenas a conveniência semântica, mas a intenção política(partidária) que esse mesmo termo contém e estimula.Sabe-se que na Europa programas oficiais <strong>de</strong> ensino sofrem <strong>de</strong>masia<strong>da</strong> influência <strong>de</strong>objetivos econômicos e privilegiam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> competência-competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.“Priorizam as teorias do capital humano, sob formas diversas, em que a busca <strong>da</strong> eficáciaeconômica ou, mais precisamente, <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, encontra-se sempre no cerne doquestionamento e em que as competências são fator privilegiado <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>”,comentam ROPÉ e TANGUY. Afirmando que “a noção <strong>de</strong> competência contribui paramo<strong>de</strong>lar uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> social enquanto preten<strong>de</strong> justificá-la”, as autoras lembram que apartir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70 “as preocupações <strong>de</strong> emprego se encontram localiza<strong>da</strong>s no centrodo sistema educativo”, e que “a escola progressivamente se aproximou do mundo <strong>da</strong>sempresas por meio <strong>de</strong> cooperações <strong>de</strong> todos os tipos, e também por revisões na maneira <strong>de</strong>pensar os conteúdos <strong>de</strong> ensino, organizar os modos <strong>de</strong> transmissão dos saberes e <strong>de</strong>avaliá-los”. (p. 18 – 19)As relações entre competências como capacitação a serem <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s na escolae no mercado competitivo são clarea<strong>da</strong>s pelas críticas <strong>de</strong> ARRUDA e BOFF, que <strong>de</strong>stacamtrês postulados do que chamam <strong>de</strong> “concepção dominante <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento”:o <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento como mero crescimento econômico; o <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocraciacomo um conjunto <strong>de</strong> direitos apenas individuais, aos quais têm pleno acessosomente aqueles que vivem do capital, mais que <strong>da</strong> sua força <strong>de</strong> trabalho; e o <strong>da</strong>educação como um processo seletivo e <strong>de</strong> caráter predominantemente

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!