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66 MB - Paulo Egydio

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incremento demografico do Vale se dara nas Sub-regioesmais diretamente influenciadas pela expansao daGrande Sao <strong>Paulo</strong>, isto e, a 1.* e a 4.=. A evolucaodemografica das outras duas dependera de medidasespecificas de realocagao de recursos e atividadesprodutivas que venham a favorece-las. Finalmentecom 73,2% de sua populagao vivendo em areas urbanase 60% em cidades com mais de 20.000 habitantes, oprocesso de urbanizacao e de concentragao urbanaja esta muito avangado. Mantendo e aprofundandoestas caracteristicas, como e provavel, o Vale terncondigoes de se tornar urn polo de atragao defluxos imigratorios, ja que estes se dirigempredominantemente as areas urbanas.INDUSTRIAEntre 1949 e 1967, o pessoal ocupado na industria doVale mais do que dobrou e o Valor da ProdugaoIndustrial aumentou 330%. Subdividindo-se o periodoem dois - 1949/59 e 1959/67 - verificando-se que aindustrializagao do Vale foi mais intensa no segundosubperiodo do que no primeiro. Esta tendencia e opostaa verificada em piano nacional, onde o ritmo daindustrializagao caiu algo nos meados da ultima decada(ate 1968), devido as recessoes sofridas pela economiabrasileira naqueles anos. O comportamento divergenteda industria no Vale se explica, principalmente, pelomovimento centrifugo da industria da GrandeSao <strong>Paulo</strong>, que comegou a atingir o Vale demodo mais intenso nos anos sessenta.E interessante notar que, tanto em 1949 como em 1959,a produtividade do trabalho industrial era cerca de 20%menor no Vale do que no Brasil como um todo,ao passo que em 1967 esta diferenga cai a metade.Como a produtividade do trabalho pode ser encaradacomo um indice da modemizagao tecnica de umaatividade, e possivel concluir que a industria do Vale erarelativamente atrasada, no piano nacional, reduzindo,no entanto, este desnivel nos ultimos anos.O aumento da produtividade do trabalho industrial noVale e o resultado de profundas transformagoes daestrutura industrial da regiao. No inicio do periodo,predominavam no Vale as industrias tradicionais: t£xteise produtos alimentares. Ultimamente, porem, a hegemoniano Vale foi alcangada pelas industrias metalmecanicas(Mecanica, Material de Transporte, Material Eletricoe de Comunicagao), do grupo qufmico (Ouimica, Borrachae Produtos de materia plastica) e diversos (instrumentoscirurgicos, de laboratorio, de medigao, material oticoe fotograTico, de escritorio etc.) Estes ramos industrialsapresentam elevado ni'vel tecnologico, dando a industriado Vale cunho extremamente moderno. Na divisaointer-regional de trabalho industrial, o Vale ocupaposigao de vanguarda, ao reunir industrias de ponta.Com a recuperagao do ritmo de industrializagao doPais, a partir de 1968, grandes empresas, sediadas noVale, entraram em rapida expansao e outras foramformadas, abrindo perspectivas de industrializagaoainda mais intensas para o futureQuanto a distribuig§o da industria, e notoriaa predominancia da 1." Sub-regiao, que respondia porquase 70% do Valor da Produgao Industrial do Valeem 1967. Tal predominio, no entanto, nao e antigo.No inicio do periodo (1949), o VPI da 1. 8 e da 2.«Sub-regiao era quase o mesmo. A 1. a Sub-regiao foifavorecida pela sua maior proximidade da GrandeSao <strong>Paulo</strong>, cuja ponta de langa industrial para o lestepraticamente saltou de Guarulhos a Sao Jose" dosCampos, deixando um vazio atras de si, que agora estasendo preenchido. Este movimento favorece outros20municipios da 1. a Sub-regiao (sobretudo Jacarei) e da 4,".Esta, portanto. em vias de formagao um corredorindustrial, ao longo da Via Dutra, na qual se concentra amaior parte da industria do Vale. A 2." Sub-regiaotambem se industrializou neste periodo, mas emescala bem menor que a 1. a . A 3. a Sub-regiaomanteve-se ate agora, a margem da industrializagao.AGRICULTURAApos ter sido uma das principals zonas cafeeirasdo Estado, o Vale do Paraiba passou por variosestagios agricolas nos ultimos 50 anos. Entre 1920e 1940, o arroz foi o principal produto da regiao,secundado pelo milho, o feijao e a pecuaria. Maisrecentemente a criagao tornou-se sua mais importanteatividade agricola, principalmente a pecudria leiteirae a avicultura. Em 1970, o leite respondeu por 26,6% doValor da Produgao Agricola do Vale, os ovos por 15,7%a came por 14,8% e as aves por 5,5%. Entre osprodutos da lavoura, destacam-se apenas o arroz(8,5%), a cana (7%) e a batata (6,4%).A agricultura do Vale parece estar adquirindo cada vezmais caracteristicas de "cinturao verde", tirandopartido de sua proximidade do grande mercadoconstituido pela Capital para se especializar emprodutos altamente pereciveis, como leite e ovos.Esta hipotese 6 confirmada pelo fato da produgaode ovos e aves provir das suas sub-regioes maisproximas da Capital: a 1.' e a 4. a . A maior partedo arroz e produzida na 2? Sub-regiao e a maiorparte do leite, da carne e da cana (provavelmenteforrageira) e produzida na 3. a Sub-regiSo. £ precisonotar, porem, que a 1." e a 2." Sub-regiao tambemproduzem apreciavel quantidade de leite.As vantagens proporcionadas pela situagao geograficado Vale, com facil acesso aos dois maiores centrosmetropolitanos do pais, Sao <strong>Paulo</strong> e Rio, abremperspectivas favoraveis a uma agricultura intensivana regiao. Possivelmente, a construgao e/ou melhoriadas estradas de acesso podera ter um papelimportante na realizagao de tais objetivos.INFRA-ESTRUTURAO Vale do Paraiba e atravessado por dois eixosprincipals e paralelos de transporte: a E. F. Centraldo Brasil e a Via Dutra. Desde a sua implantagao,a rodovia superou a ferrovia como via de transportee no trecho Sao <strong>Paulo</strong> e Sao Jose dos Campos seumovimento e de tal ordem que ja esta atingindo condigoesde congestionamento. Uma serie de vias transversalsde acesso completam a rede viaria do Vale, sendoalgumas de implantagao recente como a Jacarei-Campinas,ainda em estagio de acabamento e as que ligam Camposdo Jordao a Pindamonhangaba, Taubate e Sao Luis doParaitinga, ainda em construgao. Embora taisestradas pouco prometam como vias de passagem parao desenvolvimento urbano do Vale, pois tendema carrear apenas o trafego originado em Sao <strong>Paulo</strong>ou no proprio Vale ao litoral e estancias da Mantiqueira,seu potencial para a expansao da agricultura ou de novasareas turisticas no Vale pode ser apreciavel.£ preciso mencionar que o possivel desenvolvimentodo porto de Sao Sebastiao nao devera ter grande •repercussao no Vale, pois a ligagao com a Grande Sao<strong>Paulo</strong> se fara via Mogi das Cruzes ou pela regiao do ABC.Quanto a energia eletrica, a oferta no Vale esatisfatdria. A construgao de uma serie de barragensno Alto Paraiba, programada originalmente com finsenergeticos - a Usina de Caraguatatuba - devera

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