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Revista Brasileira de Engenharia de Pesca

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Rev. Bras. Enga. <strong>Pesca</strong> 2[1]<br />

caracterizando-se como uma espécie daninha no ecossistema aquático, causando problemas<br />

operacionais e <strong>de</strong> usos múltiplos em <strong>de</strong>corrência do <strong>de</strong>senvolvimento excessivo, formando verda<strong>de</strong>iros<br />

prados <strong>de</strong> macrófitas nas margens e em profundida<strong>de</strong>s superiores a oito metros.<br />

As plantas aquáticas submersas estão entre os mais sérios problemas dos ecossistemas aquáticos,<br />

tendo em vista que elas não po<strong>de</strong>m ser controladas com uso <strong>de</strong> herbicidas e dificilmente eliminadas via<br />

extração mecânica. Elas inva<strong>de</strong>m rapidamente novos locais <strong>de</strong>vido a sua reprodução vegetativa por<br />

sementes, dispersando-se cada vez mais catastroficamente em vários tipos <strong>de</strong> ecossistemas (LANGE,<br />

1996). Desta forma, este trabalho objetiva <strong>de</strong>screver uma forma <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> E. <strong>de</strong>nsa<br />

(Hydrocharitacea), que hoje se encontra em gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> nas bacias do Complexo Hidrelétrico <strong>de</strong><br />

Paulo Afonso (CHPA), causando gran<strong>de</strong>s prejuízos a este Complexo, inclusive no inverno com<br />

aumento e superpopulação <strong>de</strong>stas plantas, que atingem principalmente as zonas periféricas à montantes<br />

das barragens, comportas e turbinas em <strong>de</strong>trimento da a produção <strong>de</strong> energia elétrica (Figura 1).<br />

Volume em M3<br />

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JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Mês<br />

Figura 1 - Volume <strong>de</strong> macrófitas <strong>de</strong> retiradas no reservatório Delmiro Gouveia,<br />

apresentando pico no período <strong>de</strong> inverno (março a junho) <strong>de</strong> 1996 (Fonte: Lopes, 2002).<br />

A distribuição das espécies no ambiente aquático é variável, e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do grau da adaptação<br />

da espécie, ela habita regiões mais rasas ou mais profundas. Elas estão presentes em todos os<br />

ecossistemas aquáticos, variando somente a composição entre si. Normalmente, as plantas aquáticas<br />

têm uma distribuição mais ampla do que a maioria das plantas terrestres; isto é <strong>de</strong>corrente da pequena<br />

variação sofrida pelos fatores do ambiente aquático, o que confere às macrófitas aquáticas uma ampla<br />

distribuição fitogeográfica, possibilitando o aparecimento <strong>de</strong> muitas espécies cosmopolitas (IRGANG;<br />

GASTAL Jr, 1996).<br />

O controle mecânico utilizando embarcações apropriadas, visando a retirada da biomassa do<br />

corpo hídrico, é uma das alternativas a serem consi<strong>de</strong>radas. Embora este método apresente algumas

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