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Revista Brasileira de Engenharia de Pesca

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LACUNAS<br />

38<br />

Rev. Bras. Enga. <strong>Pesca</strong> 2[1]<br />

Os estoques apontados como promissores <strong>de</strong>mandam a <strong>de</strong>terminação mais precisa <strong>de</strong> seus<br />

potenciais. Para diversos recursos, há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levantamentos mais focados, com a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> agregações reprodutivas, que possam subsidiar a gestão pesqueira e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

áreas <strong>de</strong> restrição ao esforço <strong>de</strong> pesca.<br />

RECOMENDAÇÕES PARA A PESCA MARINHA<br />

Quais as alternativas para o crescimento da produção brasileira <strong>de</strong> pescado?<br />

1) PESCA COSTEIRA E CONTINENTAL (PLATAFORMA E TALUDE)/ARTESANAL<br />

No segmento da pesca costeira e continental, consi<strong>de</strong>rando-se a atual condição <strong>de</strong> esgotamento da<br />

maioria dos estoques, já não há praticamente qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão das capturas. A<br />

recuperação do setor <strong>de</strong>ve ser buscada a partir do aprimoramento dos instrumentos <strong>de</strong> gestão,<br />

or<strong>de</strong>namento e fiscalização, no sentido <strong>de</strong> assegurar a sustentabilida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> iniciativas<br />

que permitam agregação <strong>de</strong> valor ao produto capturado, sem que haja necessariamente uma ampliação<br />

da produção.<br />

Entre as alternativas disponíveis para se estimular a recuperação do setor estão: a)<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da aqüicultura, particularmente em escala familiar; b) organização da base produtiva<br />

(associativismo, cooperativismo e gestão); c) <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> beneficiamento e<br />

conservação do pescado que permitam a agregação <strong>de</strong> valor ao produto capturado; d) <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> captura, que permitam a explotação <strong>de</strong> novos estoques; e) política <strong>de</strong> crédito<br />

a<strong>de</strong>quada à ativida<strong>de</strong> e voltada para a melhoria <strong>de</strong> infra-estrutura, aparelhos <strong>de</strong> pesca e embarcações; f)<br />

capacitação e treinamento nas várias fases da ca<strong>de</strong>ia produtiva, incluindo a alfabetização dos<br />

pescadores e dos seus filhos e g) aprimoramento dos processos <strong>de</strong> comercialização.<br />

2) PESCA OCEÂNICA<br />

Em relação à pesca oceânica, a situação é bastante diversa. No Oceano Atlântico, atualmente, são<br />

capturadas cerca <strong>de</strong> 600.000 t <strong>de</strong> atuns e espécies afins, por ano, correspon<strong>de</strong>ndo a um valor da or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> US$ 4 bilhões. A participação brasileira neste total, contudo, é ainda bastante tímida, com uma<br />

produção próxima a 50.000 t, o que representa cerca <strong>de</strong> apenas 8% do total capturado.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se, porém, que praticamente a meta<strong>de</strong> da produção brasileira é <strong>de</strong> bonito listrado,<br />

uma das espécies <strong>de</strong> atum <strong>de</strong> menor valor comercial, capturada quase que inteiramente <strong>de</strong>ntro da ZEE,<br />

a participação nacional, em termos <strong>de</strong> valor, é ainda muito mais reduzida.<br />

Os recursos pesqueiros oceânicos apresentam uma série <strong>de</strong> vantagens em relação aos recursos<br />

costeiros, <strong>de</strong>ntre as quais po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar: a) gran<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> das principais áreas <strong>de</strong> pesca, no

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