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Revista Brasileira de Engenharia de Pesca

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ALGUNS DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS RELACIONADOS À PESCA<br />

51<br />

Rev. Bras. Enga. <strong>Pesca</strong> 2[1]<br />

Os problemas mais graves na Região são: a) pesca predatória, <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas<br />

pescando com re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> malha fina e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrasto (pesca não seletiva); b) poluição dos rios e<br />

estuários por esgoto doméstico e resíduos industriais (calda <strong>de</strong> usina açucareira, cloro e outros<br />

produtos); c) circulação intensa <strong>de</strong> embarcações motorizadas (lanchas e jet skis) nas bocas Norte e Sul<br />

do Canal <strong>de</strong> Santa Cruz, afugentando os peixes, <strong>de</strong>struindo as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca, pondo em risco a vida<br />

dos pescadores e ameaçando a reprodução das espécies que realizam parte <strong>de</strong> seu ciclo <strong>de</strong> vida nos<br />

estuários (LIMA e QUINAMO, 2000).<br />

Além <strong>de</strong> outros, como a dragagem <strong>de</strong> certas áreas do Canal <strong>de</strong> Santa Cruz, para passagem <strong>de</strong><br />

embarcações maiores, refletindo a influência da exploração turística sem o <strong>de</strong>vido planejamento e sem<br />

levar a cabo o impacto ambiental que essas ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rão causar ao ecossistema.<br />

BENEFICIAMENTO POR SALGA<br />

Durante a coleta <strong>de</strong> dados foram evi<strong>de</strong>nciadas<br />

as condições precárias on<strong>de</strong> é realizado o processo <strong>de</strong><br />

salga, este normalmente realizado por dois homens.<br />

Os peixes ao serem <strong>de</strong>sembarcados, são<br />

lavados com água do próprio estuário, <strong>de</strong>pois<br />

transportados até as “salga<strong>de</strong>iras” (tanques <strong>de</strong> cimento<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1m 3 , revestido com azulejos ou cimento)<br />

(Figura 7), on<strong>de</strong> são <strong>de</strong>positados inteiros e com Figura 7 – Salga<strong>de</strong>iras usadas no<br />

vísceras, <strong>de</strong>pois é adicionado o sal, que posteriormente<br />

beneficiamento por salga do pescado<br />

formará a salmoura, on<strong>de</strong> permanecerão por cerca <strong>de</strong><br />

24 horas.<br />

no canal <strong>de</strong> Santa Cruz, Itapissuma/PE.<br />

Passado este período na salmoura, os<br />

peixes são colocados nos “girais” (Figura 8),<br />

espécie <strong>de</strong> mesa, construída com varas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

possuindo pequenos espaços entre elas e forrada<br />

com re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca, facilitando o escoamento da<br />

água dos peixes e evitando que estes caiam no<br />

chão. Os girais apresentam medidas que variam <strong>de</strong><br />

10 a 15 metros <strong>de</strong> comprimento por 2 metros <strong>de</strong><br />

Figura 8 – “Quarais” utilizados na secagem<br />

<strong>de</strong> peixes na Região <strong>de</strong> Itapissuma.

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